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Ainda a propósito das Eleições Presidenciais

29-01-2016 - Henrique Pratas

Mais uma vez ficou inequivocamente demonstrado o alheamento dos cidadãos eleitores por estas eleições, mais uma vez a abstenção foi superior a 50% o que em meu entender é muito, porque isto significa que existe mais de metade da população com capacidade para exercer o seu direito de voto que não o faz e importa questionar porquê.

Pensando um pouco e não tentando esgotar todos os motivos encontro uma das principais que é deceção que os eleitores criaram quanto aos atos políticos e em particular ao desempenho da função de Presidente da República, que pelos anteriores desempenhos a maioria dos portugueses considera mais uma figura de estilo como a Rainha de Inglaterra, do que um defensor e garante da Constituição da República Portuguesa.

A avaliar pelo desempenho do Presidente da República que agora termina funções e que na minha opinião tenho um desempenho perfeitamente “desgraçado”, enviando documentos para Tribunal Constitucional que não eram passíveis de ser enviados e não enviando outros que deveria ter enviado pois colocavam em causa a liberdade, o direito e as garantias dos trabalhadores, levou a que os eleitores se borrifassem perfeitamente para a eleição da figura, o que é perfeitamente errado, porque deste modo está-se a afastar as pessoas da participação da decisão dos seus destinos e simultaneamente criam anticorpos que criam nas pessoas vontade de não participar no ato eleitoral, isto é muito mau para a democracia portuguesa.

Este é um dos aspetos que pretendia referenciar ou outro é os candidatos que se apresentaram a eleições e analisando ainda a pouca distância do ato eleitoral, nenhum dos candidatos reunia o perfil e requisitos exigidos a um candidato presidencial, que em tempos tive a oportunidade de partilhar convosco.

Dos candidatos que se apresentaram a eleições, alguns deles foi só par rir, outros foram-no por “birras”ou “vinganças” políticas, sem que o Partido que corporiza o atual Governo manifestasse um apoio claro a um dos candidatos, assistimos a um espetáculo lamentável que foi ver vários “notáveis” do PS a apoiar diferentes candidatos, ora isto nem é nem mais nem menos do que dar tiros nos pés e mostrar aos cidadãos eleitores que dentro do Partido Socialista está instalada uma “guerra” das diferentes facões ou interesses particulares que não coincidem com aquilo que o Povo português deseja. Para mim esta atitude é perfeitamente lamentável e transmite uma instabilidade ao eleitorado sem precedentes, deixando estes últimos sem saber em quem confiar, sendo que este valor muito importante para quem vota, ganhar a confiança e acreditar num partido ou ideologia política é muito difícil é um trabalho que leva muito tempo, porque é preciso que exista coerência entre a teoria ou ideologia politica e a prática e não nos podemos esquecer que os cidadãos eleitores vêm os políticos como um exemplo de ser de saber estar, como isto não acontece é descrédito total, porque quem exerce cargos públicos não é exemplo para ninguém, sendo muitos vezes um mau exemplo, isto é são aquilo e praticam atos que não constituem exemplo para ninguém, “alertam” sim os eleitores para práticas pouco éticas incutindo nestes a eterna interrogação se eles fazem porque é que nós não podemos fazer.

A sociedade portuguesa está muito mal servida por pessoas que exercem cargos públicos e que constituem através de comportamentos pouco decentes, exemplos a seguir pelos eleitores.

Não irei comentar algumas declarações públicas que alguns “notáveis” do PS fizeram precisamente pelas razões que invoquei anteriormente se as pessoas que tivessem um pingo de decência, de ética ou de princípios ficavam caladinhos que nem uns ratos, porque infelizmente sou portadores de muitas práticas que não são dignas de qualquer cidadão muito menos de um titular de cargo público, não as menciono porque são práticas que adjetivo como indecentes, indecorosas e de muito bom-tom.

Refiro alguns, Vogais que colocam a mulher em lugar de Diretor de Unidade na mesma Organização ou Entidade, filhos, enteados, motoristas, assistentes técnicas e técnicos que de técnico só têm a designação profissional e que profissionalismo ou conhecimentos técnicos nada têm, isto está a saque e com a falta de trabalho, trabalho não emprego, é que esta gente que gravita em torno desta “cambada” politica não gosta de trabalho gosta é de ter emprego e receber um salário que não merecem, porque nada fazem e nada fazem como eles dizem porque não lhes pagam para isso, só para colocar apenas a frase corrente em pareceres elaborados pelos técnicos à consideração e decisão superior, não acrescentando valor nenhum à informação.

Termino escrevendo que as alterações que a sociedade portuguesa precisa que se verifiquem são tão elementares, como os mais princípios básicos do saber ser, estar que devem servir de exemplo para os restantes cidadãos.

Senhores políticos e pretensos “donos” do País tenham decência.

Henrique Pratas

 

 

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