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HOSPITAIS……(2)

29-01-2016 - Henrique Pratas

Volta a esta história para partilhar convosco a desumanidade com que as pessoas são tratadas.

No meio deste processo descobrimos por mero acaso que medicaram o meu familiar com um antidepressivo forte para que ele estivesse sossegado, ora como ele não precisava de tomar tal medicação em novo telefonema para o Hospital, questionei a enfermeira sobre quem tinha prescrito o medicamento, resposta dela tinha sido o médico.

Fiz-lhe ver que ela era a interlocutora entre o paciente e o médico e que não se podia por de fora deste processo, ela insistiu em que tinha sido o médico. Mais uma vez saí das minhas tamanquinhas, depois de dizer à enfermeira para não dar mais aquele medicamento ao meu familiar, fui falar com o médico e para grande espanto meu quando o confrontei como facto a resposta dele foi que não tinha sido ele, então perguntei-lhe quem foi, resposta não sabia. Indaguei por tudo quanto era sítio no Hospital e não obtive a resposta que pretendia. Liguei para um médico amigo que me informou que o me medicamento que ele tinha tomado deixava de fazer efeito passado 48 horas e que não tinha efeitos secundários.

Fiquei mais tranquilo, mas indignado então ninguém sabe quem prescreveu o quê e porquê, se não tivéssemos reparado íamos à visita e o meu familiar estava sempre a dormir, pois assim não chateava ninguém, estas coisas são estranhas mas o que é facto é que acontecem, eu desconfio que a medicação fosse para outro doente e trocaram as mãos. Para mim isto é grave porque se fosse um medicamento a que uma pessoa fosse alérgica poder-se-ia ter arranjado um problema muito maior.

Não contentes com isto na sexta-feira dia 15 de janeiro do corrente ano, recebemos um telefonema do Hospital por volta das 19h 30m para nos informar que o médico tinha dado alta ao meu familiar, a minha mulher ficou em pânico, eu que já passei por muitas coisas destas de imediato entrei em contato com o Hospital e os informei que só iria buscar o meu familiar no dia seguinte entre as 11h e as 13 horas, ainda questionei se aquilo eram horas para dar alta a um doente. Como sabem estamos no Inverno e normalmente de manhã cedo e ao final do dia as temperaturas estão mais baixas, eram o caso daquele dia corria um vento frio, que nem a uma pessoa com saúde lhe apetecia andar na rua e no meio disto eu pergunto para tomar esta decisão é necessário apenas bom senso será que é tão difícil assim ou que a partir do momento em que entramos num hospital deixamos de ser pessoas para passar a ser euros.

Conforme lhes escrevi no dia seguinte por volta das 10h 30 m, lá estava para o trazer para casa, mas fui protelando o transporte que foi feito pelos bombeiros de forma a que coincidisse com as 12 horas e assim foi apesar de estar um dia frio, na hora em que lhes indico a temperatura estava mais amena e em meu entender reunia as condições para que o transporte se fizesse sem o risco de apanhar uma constipação.

Chegar e não chegar a casa dele eram 12h30m a minha mulher acompanhou-o a casa e eu dirigi-me à farmácia que estava aberta, para comprar os medicamentos que eram necessários para ele tomar em casa como eram muitos, o funcionário da farmácia questionou-me se aquilo eram horas de aparecer para comprar aqueles medicamentos, pois já se estavam a preparar para sair às 13 horas, nem sequer lhe dei resposta, apenas lhe disse que se não fosse necessário não estava ali.

Como podem ver isto é preciso ter sorte em tudo até numa farmácia é necessário apanhar um funcionário que não esteja com o fogo-no-rabo para sair, ao fim e ao cabo nãos se pode incomodar ninguém, nem no Hospital nem na farmácia, deixo aqui uma questão quem são os prestadores de serviço os doentes ou os Hospitais e as farmácias?

Mais uma vez lhes escrevo a sorte de uma pessoa é não ter que passar por estes processos e assim vai o funcionamento dos organismos ligados à Saúde.

Henrique Pratas

 

 

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