Edição online quinzenal
 
Sábado 18 de Maio de 2024  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

A Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim

15-01-2016 - Francisco Pereira

Esta coisa do “politicamente correcto” e do multiculturalismo que nos impingem à força, tem que se lhe diga, e tem também transformando a sociedade ocidental numa espécie de gaiola de doidas onde ninguém se entende, o pior é que esse desnorte está a fazer ressurgir os fantasmas do totalitarismo racista e dos velhos nacionalismos bafientos, onde muitos suspiram pelos ditadores sacripantas de antanho, como se essa ralé fosse detentora da sapiência suprema da salvação.

Daí ser interessante e pertinente, fazer uma sugestão ao senhor Costa, actual detentor do poleiro governativo aqui do paraíso. A sugestão é a de criar uma Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim. Exactamente com esse nome, tal coisa serviria para que todo o cidadão, oriundo de uma qualquer cultura diferente da nossa, pudesse registar e obter autorização para as suas bizarrias culturais, de modo a que as mesmas estivessem dentro da legalidade.

Vamos a exemplos práticos, imagine-se então que um cavalheiro vindo dos confins da Papua, chega cá ao burgo e repara que ninguém corta cabeças, bem de quando em vez sim, mas isso parece que é crime, estupefacto com o inusitado da coisa, o cidadão Papua, agora residente em Portugal, iria junto da “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim”, para registar o corte de cabeças como uma parte importante da sua cultura, podendo de seguida iniciar os seus filhos nessa importante actividade, pilar da sua ancestral cultura, todos ficariam satisfeitos, talvez com excepção de quem visse o seu apêndice cabeçal sonegado, mas também andam por aí tantas cabeças ocas, que provavelmente nem dariam pela falta.

Cogitemos agora na efabulação seguinte, uma senhora oriunda dos desertos da Mongólia Inferior, chega a Portugal e percebe que não a autorizam a espetar alfinetes nos mamilos e muito menos a casar com rapazes de 14 anos, factos que vão contra a sua ancestral cultura e crenças.

Nada mais fácil, a dita senhora recorreria à nossa “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim” e depois de tudo registado e ratificado, lá iria ela, já dentro da legalidade e da norma cultural, casar com todos os putos de 14 anos que quisesse, e comprar caixotes de alfinetes.

Imaginemos ainda um casal de refugiados da Transdnístria, que pede asilo a Portugal, cá chegados Portugal ficam em pânico, porque a sua cultura obriga a meter pepinos crus untados com manteiga de iaque no anûs um do outro, num jardim público às três da manhã, enquanto cantam o hino do seu país acompanhados por bombos e pandeiretas, para comemorar a independência da sua pátria, coisa que parece não ser legal, daí o pânico do casal.

E tal seria a chinfrineira que estou em crer que o Agente Principal Silva e o seu colega Agente Chicharro, dignos agentes da Autoridade da Esquadra número 4 do Alto do Cacete, num repente arrancados ao benéfico ambiente tépido da esquadra, não ficariam nada satisfeitos, depois de receberem várias queixas da vizinhança por barulho nocturno, para além do frio, terem de ver, dois patetas com pepinos no rabo a tocar bombo às três da matina num jardim.

Tudo isto seria evitado se o casal da Transdnístria, assim que pudesse, fosse junto da “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim”, e registasse essa particularidade cultural, para que os agentes Silva e Chicharro já não tivessem de abandonar a cálida segurança da esquadra e serem chamados a uma ocorrência que se podia evitar, acaso a diligente “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim”, já existisse para colmatar estas assimetrias culturais perfeitamente evitáveis.

Note o leitor que estes são apenas três exemplos, do muito trabalho que teria a “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim”, por exemplo depois de devidamente registas as particularidades culturais, como casamentos com raparigas menores de idade, abandono escolar de raparigas porque tem a primeira menstruação, excisão feminina, tiroteios em plena rua, não trabalhar e viver de esquemas mais ou menos criminosos ou de subsídios parasitas, poder dizer que não quer que, por razões de tradição cultural importante, a sua filha case com um determinado individuo porque é de outra raça, como se os homens não fossem todos os mesmos, e poder espanca-lo a ele e à família se o rapaz insistir nessa veleidade, entre outras pertinentes e importantíssimas questões culturais ficariam registadas em pé de lei, aperfeiçoando assim este país e dando azo a uma plena e saudável integração de todas as minorias étnicas e culturais que quisessem poisar cá na terrinha, existe todo um enorme potencial a explorar acaso o senhor Costa siga esta sugestão e crie a “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim”.

Com a existência de um tal organismo, seremos finalmente um país acolhedor, integrador e que respeita a diversidade cultural dos povos, Deus nos livre de impor a nossa cultura medíocre e as nossas leis descabidas a quem aqui chega e ou já cá está, dotado de culturas e conceitos tão melhores que os nossos, senhor Costa rogo-lhe que me oiça e crie para bem de todos a “Secretaria de Estado das Coisas Culturais e assim”.

Francisco Pereira

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome