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Campanha Presidencial

15-01-2016 - Henrique Pratas

Na sequência do meu texto já publicado sobre este assunto eu esperava que as coisas não corressem bem, mas tão mal como começou não podia ser.

Na abertura da campanha ouvi e vi um agora ministro e militante do PS, apelar ao apoio da candidata Maria de Belém, invocando como razão principal para o seu apoio e cito “ tenho a certeza que se a minha mãe fosse viva decerto apoiaria a candidata Maria de Belém….).

Fiquei completamente estarrecido e não queria acreditar no que estava a ouvir e a ver, fiquei colocado ao sofá onde estava sentado, fiquei incrédulo e achei de uma falta de senso, de tudo afinal de contas fazer campanha invocando esta razão.

Para ganhar as eleições não vale tudo, em meu entender, se eu fosse candidato não gostaria que me fizessem tal alusão, mas como sou um mero cidadão, fiquei chocado, incomodado, com a forma que o apoiante deu a entender as razões porque apoiava a candidatura de Maria Belém.

Passados quase 42 anos de democracia ainda estamos na fase do vale tudo, lamento mas só posso escrever isto é absurdo que se promova uma candidata desta forma, na eleição para Presidente da República e em outras eleições, entendo que não vale tudo, acho que descemos a um nível muito baixo, apenas praticado no regime antes do 25 de abril de 1974, não queremos a democracia para a prática de tais atos, meus senhores parem com estes processos indignos e tratem as campanhas com elevação, de peito aberto, sem tocarem nos afetos, ou falarem daqueles que já não estão entre nós. É bom que nos recordemos do que fizeram de bom e de mal, escrevo mesmo que se recordo o bem que algumas delas praticaram e desenvolveram pelo País, mas que se utilize esse facto para promover uma candidata a Belém parece-me fracamente mal e de uma falta de gosto inqualificável.

Bom seria que as campanhas dos diferentes candidatos fosse conduzida com elevação, sem golpes baixos ou manobras de bastidores, entendo que chegou o momento dos candidatos terem uma postura diferente apresentarem-se tal e qual, como são, o que pretendem e o que têm para nos “oferecer”.

Um deles já conhecemos de ginjeira, Marcelo Rebelo de Sousa, este já anda a “trabalhar” para ser Presidente da República desde o tempo de Marcelo Caetano, até existe coincidência no nome “Marcelo”, o agora candidato a Belém afilhado deste último e filho de um ministro do Ultramar e de outras pastas, não nos trás nada de novo, antes pelo contrário quem quiser continuar a ter um Presidente igual a Cavaco Silva é nele que deverá votar, mas convém recordar que depois não se queixem ou digam que não sabiam, porque quem vos avisa vosso amigo é. Marcelo é bafiento produz uma afirmação hoje e amanhã é capaz de afirmar o contrário que disse, ele é um candidato ligado completamente ao antigo regime, a ser eleito que eu espero e desejo que não o seja iria por em causa as recuperações dos direitos e dos atos de governação produzidos por este Governo eleitos democraticamente pelo Povo. Nós já fomos espoliados em muitos direitos que nos foram retirados durante o objetivo pretendido pelo anterior Presidente da República, Cavaco Silva, que ninguém mais ouvirá falar depois de 24 de janeiro. Ele teve o que queria um Presidente e uma maioria no Governo e viu-se o que aconteceu aos nossos direitos e ao estado em que colocaram o nosso País. Agora que a recuperação dos nossos direitos está a ser feita de uma forma paulatina e provavelmente à velocidade que nós não gostamos, mas como se costuma afirmar, não se pode fazer tudo de um momento para o outro. Para além deste facto não gostava de ter um Presidente da República que avalisasse a política de terra queimada como o que ainda se encontra em funções fez e permitisse a aplicação de medidas consideradas inconstitucionais face ao conteúdo da nossa Constituição da República.

Henrique Pratas

 

 

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