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SAÚDE

01-01-2016 - Henrique Pratas

Idoso em coma em Coimbra depois de alegadamente ter sido recusado em Lisboa

Homem de 74 anos sofreu um acidente vascular cerebral quando se encontrava na urgência do hospital de Faro.O S. José terá recusado recebê-lo. Vai ser aberto inquérito para averiguar o caso.

O Centro Hospitalar do Algarve garante que foram cumpridas todas as normas de transferência de doentes no caso de um idoso que está em coma, em Coimbra, depois de sido transportado de Faro com problemas vasculares cerebrais.

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e Pedro Nunes anunciaram que, na segunda-feira, vai ser aberto um inquérito para averiguar o caso, apesar de ainda não ter conhecimento formal de qualquer queixa apresentada pela família do utente, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) quando se encontrava na urgência do hospital de Faro.

O idoso, de 74 anos, está em coma em Coimbra, para onde foi transportado depois de, alegadamente, o hospital de São José, em Lisboa, ter recusado receber o doente de Faro para tratar um AVC isquémico, informação que Pedro Nunes disse não estar em condições de confirmar.

O presidente do Conselho de Administração sublinhou que a transferência de doentes é feita e organizada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e, em condições ideais, de helicóptero, o que não acontece caso haja algum problema clínico que não permita ao utente fazer a viagem neste modo de transporte ou se as condições climatéricas forem impeditivas de fazer o voo.

"Quando isso acontece, o transporte é feito de ambulância e o hospital de Faro assegurou, como lhe compete, que o doente era transferido com o acompanhamento de um médico e de um enfermeiro especializados em cuidados intensivos", contrapôs o administrador do CHA.

Pedro Nunes disse também que o utente necessitava de ser atendido pela neurorradiologia e, como em Faro não há esse serviço, o hospital avançou para a sua transferência para uma unidade de referência prevista para o efeito e que "não tem de ser obrigatoriamente São José, pode ser, por exemplo, Santa Maria", também em Lisboa, sublinhou.

Por isso, o administrador do CHA qualificou como "excessiva" a exposição mediática que está a ser dada ao hospital de São José pela alegada falta de assistência a doentes com problemas vasculares cerebrais.

Esta é uma das situações que não deveria de ocorrer os investimentos de um País fazem-se na Saúde e na Educação, para que tenhamos uma população saudável e mais culta, não foram estas as opções dos últimos Governos e agora vem a pública um caso que não deveria ter acontecido, mas que ocorreu devido única e exclusivamente ao facto de se ter enveredado pelo lado economicista, na Saúde não se pode fazer isso, ou por lado impor esta prática devia ser considerado crime.

Neste fim-de-semana ouvi um dos candidatos à Presidência da República, pronunciar-se sobre este assunto afirmando que quando surge um doente no Hospital nas condições em que este apareceu, tem que ser tratado e não se pode estar a ver se existe cabimento orçamental e muito bem, com a saúde ou falta dela não se brinca.

Este é o que estado a que chegámos e já agora para os senhores que gostam de fazer dinheiro quanto é que se gastou para transportar o doente para Coimbra e quanto é que custaria ter esta valências no Hospital.

Este é um excelente exemplo onde não se deve poupar a saúde das pessoas valem mais do que qualquer política de implementação de cortes na Saúde, se as pessoas não existirem não faz sentido haver Governo, Presidente da República ou uma outra série de Instituições.

Com isto tudo não quero dizer que os Hospitais e Centros de Saúde tenham que ser deficitários, mas sim têm que ser equilibrados, porque se não se despender dinheiro noutras coisas que não fazem falta, temos disponibilidades financeiras libertas para outras atividades, caso dos carros e vencimentos atribuídos aos gestores dos Hospitais, caso de pessoas que fazem exames complementares de diagnóstico quando entram num Hospital e quando são enviados para outro Unidade Hospitalar, os exames realizados no primeiro, não acompanham, o doente, chegados ao Hospital de destino têm que repetir os exames que já foram feitos, mas existem mais exemplos onde se pode não gastar mal o dinheiro que é importante para outras coisas, por exemplo o que é que faz um segurança no SO de um Hospital, que eu saiba quem se encontra lá não tem intenções de fugir ou de maltratar alguém, a maior parte deles nem se podem mexer.

O dinheiro é um bem escasso e deve ser aplicado criteriosamente e a Saúde e a Educação, são áreas onde se deve investir fortemente.

Entretanto ao acabar de escrever este texto, vi a noticia de que a pessoa tinha falecido, provavelmente mais uma pessoa que faleceu desnecessariamente entre muitas, que nem sequer temos conhecimento.

Tudo isto é muito triste……..

Henrique Pratas

 

 

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