Activistas poderão ir para casa esta sexta-feira
18-12-2015 - N.A.
O Ministério Público apresentou a solicitação da prisão domiciliária. A defesa é contra a medida.
O Ministério Público apresentou um requerimento a solicitar o fim da prisão preventiva dos activistas substituindo-a com a prisão domiciliária. A solicitação baseia-se na Lei de Medidas Cautelares que, no caso do Julgamento dos 15+2, entra em vigor na sexta-feira, dia 18 de Dezembro, aprovada no dia 18 de Setembro deste ano.
Segundo o documento apresentado pelo Ministério Público (MP), os 15 “estão proibidos de manter contacto uns com os outros e também proibidos de manter contacto com os membros do Governo de Salvação Nacional”.
Por sua vez, o juiz Januário Domingos aceitou a solicitação dizendo que no dia 18 todos os réus devem estar presentes no Tribunal Provincial de Luanda.
De acordo com o advogado de defesa David Mendes, a lei ainda não entrou em vigor e, por conta disso, o MP não poderia ter apresentado a solicitação agora. O advogado suspeita da intenção do Ministério Público, chegando inclusive a usar o termo “quando a esmola é muita, o pobre desconfia”.
A situação chegou inclusive a gerar um desconforto no tribunal entre os advogados e o Ministério Público, porque o juiz não queria escrever essa preocupação da defesa na acta.
Durante esse desconforto no tribunal, o MP ameaçou o advogado Walter Tondela, dizendo que o mesmo devia ser julgado por desobediência ao tribunal, uma vez que não aceitava calar-se quando solicitado.
N.A.
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