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Crónicas da terra do faz de conta – A Justiça!

18-12-2015 - Francisco Pereira

Portugal continua refém de um inexplicável complexo, que faz com as instituições nacionais tenham a pujança e a verticalidade de um verme sem espinha e a virilidade de um idoso com problemas de próstata, esse interessante complexo é deveras observável na Justiça, pobre idosa, cega, surda e muda que as mais das vezes se comporta como uma qualquer adolescente troca tintas, apaixona-se em demasia pelos tipos errados, uso demasiado as redes sociais e tem uma queda para os “bad boys”.

Ser criminoso em Portugal é muito fácil, primeiro porque quase tudo lhes é garantido, tanto é fácil, que bandidos de outras Nações onde a Lei não brinca em serviço, vêm a Portugal fazer férias, descontrair-se com o Sol e o peixinho grelhado, praticando uns crimezitos, pondo-se de seguida ao fresco sem mais delongas, regressando aos seus países revigorados por uma estadia em segurança num pais onde a Justiça é mesmo cega, ceguinha e sobretudo lorpa, muito lorpa.

Nos tribunais, os senhores procuradores, as mais das vezes vão apenas exercitar a capacidade inata do ser humano de respirar e pouco mais, a condição de criminoso é antes de mais garantia de ter uma defesa diligente e intelectualmente capaz, coisa que as vítimas não desconfiam o que seja, – ah exagera o meu amigo – dirão os caros leitores!

Olhe que não camarada, olhe que não – digo eu. Aliás basta ver os acórdãos que os senhores doutos, meritíssimos e sapientíssimos Juízes dimanam para se perceber que vivemos num país assolado por uma espécie de alucinação colectiva, servidos por uma espécie de Justiça à qual há muito que sobreveio a negra ceifeira, ficando apenas o pobre esqueleto.

À Justiça portuguesa falta o viagra primordial e benéfico que a faça entumescer e ganhar ânimo, porque por enquanto e há muitos anos que a nossa Justiça é aquilo a que jocosamente chamamos uma “piça murcha”!

Descontando claro está que apesar de mortiça e alquebrada a verga da Justiça, fecunda literalmente todos os pobres que apanha, ou quase todos, é muito triste verificar factualmente a existência de uma Justiça de pobre e outra de rico, é ainda mais triste verificar que se dá mais valor aos crimes económicos que à vida e ao ser humano, e que ao contrário daquilo que as doutas e sapientes luminárias do Direito gostam de alardear, a nossa Justiça não é nada humanista, ou se o é, considera humanos apenas os criminosos e relega para o oblívio as vitimas, facto mais uma vez perfeitamente verificável através dos acórdãos hilariantes que dão à costa neste paraíso plantado à beira mar, onde pedófilos, violadores e outros estupores são condenados a peninhas levezinhas, coitadinhos dos pobres criminosos, isto tudo claro está a bem do Humanismo!

Vamos ser honestos, a nossa Justiça perdeu a pujança, não consegue já levantar a verga e içar a vela, coitada arrasta-se por aí a fazer de conta, ou não fôramos nós um país de faz-de-conta, com estabelecimentos prisionais do faz de conta, onde os detidos se quiserem fogem, porque não existem guardas suficientes para os deter, com forças policiais em completo desânimo que apesar de horas gastas a prender delinquentes os vêem sair mais depressa dos tribunais que os próprios agentes, fazendo disto tudo um circo da terra do faz-de-conta que somos.

Francisco Pereira

 

 

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