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Má publicidade

18-12-2015 - Henrique Pratas

Mark Oberholtzer vendeu a sua carrinha de caixa aberta a um stand nos EUA. Mais tarde, viu-a na internet, equipada com arma antiaérea do Estado Islâmico, agora quer uma indemnização de um milhão de dólares.

Carrinha do Estado Islâmico com nome e marca de canalizador do Texas.

Diz-se muitas vezes que não existe má publicidade: mesmo um anúncio mal feito pode gerar controvérsia, pode mesmo promover uma marca. Mas Mark Oberholtzer, um canalizador residente no Texas, descobriu da pior maneira que as coisas não são bem assim e da pior maneira.

Quando vendeu a sua carrinha de caixa-aberta a um stand, em 2013, Oberholtzer começou a retirar os decalques que assinalavam o seu nome e número de telefone de forma bem visível. Mas o vendedor disse para ele não se preocupar, os profissionais do stand tratariam do assunto.

Foi por isso com surpresa que Oberholtzer começou a receber chamadas em Dezembro de 2014 de pessoas enfurecidas por ele ser apoiante do autodenominado Estado Islâmico.

Confuso, apenas compreendeu o que se estava a passar quando viu o vídeo de propaganda do grupo jihadista em que a sua carrinha aparecia, ainda com o seu nome e número de telefone, agora equipada com uma arma antiaérea que disparava contra um avião, na Síria.

Agora, o canalizador quer que o "stand" lhe pague um milhão de dólares, cerca de 900 mil euros, não por ter permitido que o veículo chegasse às mãos de um grupo terrorista, mas por não ter cumprido com a sua obrigação de retirar os decalques, como se tinha comprometido.

Segundo a agência Religion News Service, dos Estados Unidos, foi possível determinar que a carrinha tinha sido vendida para a Turquia em Dezembro de 2013, um ano antes de aparecer no vídeo de propaganda do Estado Islâmico. O que aconteceu depois e a forma como entrou na Síria são um mistério.

A conclusão que podemos tirar deste caso é que cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém ou que todos os cuidados são poucos porque nos podemos ver envolvidos em situações para as quais não contribuímos ou discordamos totalmente só que o nosso nome poderá estar associado da pior maneira.

Curioso não é?

Henrique Pratas

 

 

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