Jantar de apoio a Sampaio da Nóvoa em Santarém
11-12-2015 - Eduardo Milheiro
Foi no passado sábado, dia 5 de Dezembro, que fui ao jantar de apoio a Sampaio da Nóvoa para Presidente da República, em Santarém.
Para mim, começa a ser fastidioso participar em actos destes e principalmente onde as gentes do Partido Socialista participam e controlam, o que acontece neste caso.
A tralha Socrática em força, os rapazitos da juventude socialista que já são deputados, com ar de importantes e com arrufos de políticos profissionais, deputadas que tiraram o lugar a outras que já tinham sido confirmadas como candidatas, enfim, o PS no seu melhor.
Este é um desabafo de alguém que se sentiu mal no cheiro a naftalina e com os superiores interesses dos políticos que nunca fizeram mais nada na vida, do que politicar, fazer intrigas e enfiar facas nas costas dos seus correligionários, além de arranjarem empregos para a família.
Sampaio da Nóvoa merece mais. A sua condição de cidadão exemplar, de académico e de independente, leva-me a acreditar que fará a diferença perante o candidato de Direita, Marcelo Rebelo de Sousa.
Maria de Belém, outra reputada socialista que agora a maioria dos socialistas renega, surge como surgiu Mário Soares para derrotar Manuel Alegre em 2006 e 2011. Na primeira vez, candidatando-se com o apoio de Sócrates e da tralha Socrática e em 2011 empurrando Fernando Nobre que foi a machadada definitiva no sonho de Manuel Alegre ser Presidente da República, porém, pior do que tudo isto foi entregar a Presidência da Republica deste País a um homem chamado Cavaco Silva.
Na intervenção efectuada por Sampaio da Nóvoa, gostei principalmente da parte em que ele falou da corrupção, da promiscuidade entre a política e os negócios, sendo que não pude deixar de correr a sala com os meus olhos como se de uma câmara de filmar se tratasse. Tal o panorama - pois estava numa das pontas, o que me facilitava a obtenção de uma visão geral da sala e da audiência - bati muitos palmas e perguntei a mim mesmo o que estava eu a fazer ali, pois aquele era um dos quadros que Sampaio da Nóvoa acabava de dizer que não queria, mas por ironia ou não, estavam presentes naquela sala muitos dos especímenes desta classe ruim, que é como a grama: que se não for morta, nasce por todo o lado, dando cabo das boas colheitas.
É óbvio que a minha escolha está feita e é em Sampaio da Nóvoa que vou votar, fundamentalmente por duas: é independente e é de esquerda. Para além disto, é um catedrático e queiram vocês ou não, gosto muito de gente da cultura, do estudo e da ciência. Certamente, este não será mais um que vai estar a mastigar à frente das pessoas e a mandar-lhe perdigotos para cima.
Pode ter um acordo já firmado com o PS, prefiro ficar na dúvida.
Eduardo Milheiro.
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