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NUVENS NEGRAS ADENSAM-SE NO HORIZONTE GLOBAL

11-12-2015 - Pedro Manuel Pereira

A partir do ano de 2007 começou a desenhar-se no horizonte, sobretudo no mundo ocidental, uma ofensiva global sem precedentes sobre a economia e os cidadãos em geral, correspondendo à redução dramática dos seus rendimentos (esbulho dos salários e aumento de impostos) desemprego em massa, supressão de direitos fundamentais e, de um modo geral, passagem da paulatina limitação das liberdades cívicas individuais e coletivas que já vinha acontecendo, ao ataque e supressão de muitas delas, a pretexto da segurança coletiva.

Este ataque, proveniente de um governo sombra global é claro para os cidadãos mais atentos de todos os estados membros da União Europeia e outras nações mundiais, sentindo-o os indivíduos no quotidiano com manifesta preocupação e angústia, dado que o desemprego cresce exponencialmente, a insegurança laboral assume contornos fantasmagóricos, as pensões de invalidez e de reforma são progressiva e brutalmente reduzidas e os rendimentos do trabalho cada vez menores, massacrados que são os trabalhadores pelos cortes salariais e pela pesada carga fiscal.

A fome, a miséria, as doenças, os suicídios e a criminalidade, alastram velozmente como fogo em seara seca.

Convém salientar, por exemplo, que os dirigentes da União Europeia, os chefes de governos e presidentes dos Estados que a compõem, limitam-se subservientemente a cumprir ordens em cadeia emanadas do topo de uma pirâmide, cujo vértice sinistro o comum dos cidadãos não consegue vislumbrar, mas que muitos dos referidos dirigentes políticos «conhecem de ginjeira», porque são seus subservientes lacaios.  

Vivemos tempos de trevas, de ignorância, de opróbrio, de preconceitos, em que os putativos tiranos (mesmo os mais cobardolas) se põem em bicos de pés à compita entre eles para dominarem território.

Neste sentido, é dever de todos os cidadãos lutarem contra esta verdadeira peste negra, de gentalha «fora-da-lei» por todos os meios possíveis, provendo à sua autodefesa (e sobrevivência), das suas famílias e dos seus concidadãos.

Os movimentos de contestação são cada vez mais frequentes nas ruas um pouco por toda a Europa, em defesa da Justiça, da Verdade, da Equidade, da Solidariedade e da justa repartição da riqueza, princípios que estão a ser espezinhados pelos governos da Comunidade Europeia, prenhes de políticos cinzentões a condizer com as fardas/fatos que trajam no dia-a-dia, funcionários submissos de tiranos de rosto oculto por máscaras de genocidas sociais.

Mas é também dever de todos os cidadãos, combater a opressão, a limitação das liberdades fundamentais em nome de uma pretensa e falaciosa segurança(?) e de uma modernização dos Estados (alienando muitas das suas funções a conglomerados privados) de feição claramente duvidosa, assim como o autoritarismo, a corrupção, o saque, os desmandos e o roubo dos rendimentos do trabalho, dos bens e do património dos cidadãos em geral.

No caso europeu, quanto às ideologias políticas da maior parte dos partidos que entrouxam os governos das nações comunitárias, estamos conversados. Fizeram-lhes o funeral e enterraram-nas bem fundo. Independentemente do rótulo político e emblema que cada um deles ostenta, governam todos da mesma maneira, leem pela mesma cartilha ou seja, de acordo com as ordens que recebem de Bruxelas e de Berlim e que estes, por sua vez, recebem do governo sombra global.

Para controlar os trabalhadores nos vários sectores das grandes empresas, sobretudo multinacionais, e do Estado, vem sendo reforçado o número de informadores (bufos) dentro destes, em moldes das polícias secretas fascistoides.

Novas formas de organização laboral encontram-se permanentemente a ser geradas, dando lugar a novos conluios de exploração dos trabalhadores a custos muito mais baixos que dos que estão atualmente em vigor, abrangendo todos quantos labutam, reduzindo os seus salários reais através dos cortes nos mesmos ou do aumentando da coleta sobre os rendimentos do trabalho, provendo a uma crescente acumulação e concentração do capital nos oligopólios, controlados por plutocratas.

No caso da produção, incluindo a do setor primário, os preços finais para o comprador acompanham em parte a descida real dos salários, formula expedita encontrada pelos genocidas sociais para que o consumo e os seus lucros não definhem, uma vez que os preços poderão, a partir de então, competir com os praticados pelos dos produtos provindos das sociedades industriais emergentes, casos da China e da Índia, por exemplo.

Por outro lado todos sabemos que a ultrapassagem da profunda depressão económica iniciada em Wall Street, em 1929 só foi superada por via da economia de guerra gerada pela entrada dos EUA na 2ª Grande Guerra Mundial. Por isso o «fantasma» da derrocada da Bolsa de Nova Iorque que arrastou boa parte do mundo atrás de si paira de novo sobre o mundo ocidental, com receio de um novo conflito bélico de grandes proporções.

Relembre-se que a atual crise teve início nos EUA.

Assim, a questão crucial que se coloca no presente está em saber que convulsões sociais e políticas se sucederão no intermezzo do patamar de fratura entre o atual modelo económico que se esboroa rapidamente, e um novo modelo económico assente noutro paradigma que se nos afigura feroz, desumano e sem rosto.

Quanto às fortunas dos grandes capitalistas, dos milionários de topo a nível mundial, essas, encontram-se asseguradas. Aliás, continuam a engrossar em cada dia que passa à custa do empobrecimento generalizado de milhões (biliões…) de seres humanos, pouco lhes preocupando o futuro destes.

Desumanos, desalmados no verdadeiro sentido do termo, são detentores de vastos patrimónios e os seus pecúlios encontram-se bem entesourados.

Pensamos que, pelo andamento que leva a conjuntura económica e social que vivemos, que nos avassala, a breve trecho não serão de excluir previsíveis guerras civis e/ou globais, o que – por razões óbvias - convém aos diversos bandos – e outros genocidas sociais - das mais diversas, tanto mais que os recursos naturais, sobretudo a água potável a nível mundial, a médio prazo tornar-se-ão escassos caso a evolução demográfica continue a evoluir exponencialmente.

As guerras, as fomes, as epidemias, a miséria, deliberadamente provocadas e em curso, constituem detonadores de gigantescos explosivos regionais e continentais com fins imprevisíveis para a Humanidade da Aldeia Global em que vivemos.

Nuvens negras adensam-se no horizonte de todos nós…

Pedro Pereira

 

 

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