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O Estado Social

24-01-2014 - Francisco Pereira

Vamos dispensar as grandes tiradas ideológicas, as citações mais ou menos labregas de economistas, essa corja de criminosos, ou de pensadores políticos, outra caterva de meliantes, para divagar sobre o estado social as suas origens e o seu futuro, negro!

O nosso exercício será bem mais simples, será o do mero cidadão, que paga os seus impostos, que se esforça para sobreviver neste mundinho atapetado de estultices que a cada passo tolhem a paciência e pior comprometem a sobrevivência das pessoas.

Ora partindo de um pressuposto muito simples e genericamente aceite, o Estado somos nós, as pessoas, daí ser um Estado social e que se deve preocupar essencialmente com as pessoas e o seu bem estar, pela lógica, pessoas felizes, produzem mas e melhor, pessoas felizes estudam mais, consomem mais e regra geral, como se verifica nos países que verdadeiramente se preocupam com as suas gentes, infelizmente bem poucos, produzem sociedades, civilizadas, integras, assentes em valores humanistas e democráticas não isentas de problemas claro está. Ora olhando para Portugal não existe nada disso.

Agora muito se fala de Estado Social, da sua modificação, não sabendo para quê, da sua pretensa ineficácia, foi o mais eficaz dos sistemas, prova-o a história. O mais curioso ainda é verificar que muitos, que atacam o Estado social, vivem à sua conta, vivem de expedientes desse mesmo Estado, vivem da burocracia desse Estado e das instituições desse mesmo Estado social, ora atentando contra quem lhes garante o sustento, são tolos ou não têm arte como diz o adágio.

E sem um Estado que acarinhe, proteja, efectiva e eficazmente, as pessoas, para que precisamos nós de Estado? Para que precisamos nós de torrar os nossos cabedais em impostos, taxas, licenças e demais subterfúgios que mais não são do que roubos institucionais. Sim para que precisamos nós de partidos políticos, de Assembleias da Republica de Presidentes da República e de toda essa cáfila de gentes parasitárias que se queixam do Estado Social e que ao mesmo tempo vivem de o sugar há décadas, sim para que precisamos dessa corja toda?

Refunde-se, calibre-se, modifique-se ou outro qualquer termo labrego que agora está em voga soltar cá para fora, as mais das vezes sem sequer ter noção do verdadeiro valor semântico do vocábulo, numa, mais uma, claríssima demonstração de que somos governados por indigentes intelectuais que nem a sua língua conhecem, façam portanto o que fizerem, se não atenderem às pessoas, deixam de ter Estado, porque as pessoas vão perceber que não necessitam de Estado para coisa nenhuma.

Gostaríamos de ver os nossos, actuais e futuros governantes intuírem que o mundo não pode voltar ao século XIX, e que esse é um risco bem real que corremos neste momento, mas para isso seria preciso que esses governantes fossem intelectualmente capazes, mas está bom de ver que a grande maioria nem consegue articular um silogismo simples quanto mais discorrer com visão sobre os actos governativos, em suma estamos tramados!

Francisco Pereira

 

 

 

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