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A ver se a gente se entende

13-11-2015 - Francisco Pereira

Graças ao analfabetismo político do povinho, permeável que fica então, por esse motivo, a todo o tipo de idiotarias que lhes sejam veiculadas por qualquer galfarro que se ache a soldo da situação e ou da oposição, chegamos a esta estúrdia que assistimos hoje.

A Democracia é uma chatice em especial se vai contra aquilo que achamos ser verdade. O caso actual da queda do governo é disso um exemplo. A situação absolutamente normal, em sistemas políticos de base parlamentar de círculos plurinominais, parece aos olhos do indígena nacional algo fora do normal, pois não é.

O que não faltam são casos da mesma igualha por essa Europa, em especial onde a Democracia está consolidada, que não é o nosso caso, claro que a Democracia é uma chatice para a malta instalada, a Democracia é uma chatice para os poleiros e para a ralé que vive do esburgo do erário público.

As eleições legislativas, destinam-se a eleger a Legislatura, ou seja o plenário dos deputados, não se destinam a eleger o Primeiro-ministro, consultem por favor o Capítulo 1º, Artigo 12 e seguintes da Lei 14/79, está bem explicita a natureza da votação, quaisquer interpretações são meros exercícios assente numa obscena falta de honestidade intelectual, que tem sido promovida pela miseranda classe politiqueira que temos e que agora grita “aqui D’El Rei”.

E se percebo que os politiqueiros se desunhem para estar no poleiro a encher os bolsos, não entendo porém os farroupilhas indigentes, que se digladiam pelas redes sociais, pelos cafés e esquinas deste país a atacar e ou a defender o partido A ou B, e se Costa fez bem e que os Comunistas são assim ou assado, sinceramente que os não entendo, toda esta falta de honestidade intelectual é confrangedora.

Estão pois a perceber o porquê de ser essencial possuirmos uma Educação decente e de possuirmos uma populaça com níveis elevados de literacia, por si essa boa Educação serviria para evitar que qualquer imbecilidade seja tomada como verdade, para sairmos do estrume em que estamos permanentemente atolados, desde 1640, precisamos de um povo educado, percebendo isso os governos fazem de tudo para destruir a Educação.

Veja-se o caso do governo que caiu, ninguém destruiu, até ao momento, tanto a Educação como o governo PSD/CDS e esse facto é criminoso, deveria ser-lhes apontado porque muito para lá de na actualidade espoliarem o povo, o pior é condicionarem os nossos filhos à servidão dos indigentes intelectuais, cerceando o seu acesso a uma Educação digna, criando uma casta de iluminados, endinheirados, sendo que esses e só esses poderão aceder ao patamar, voltámos aos tempos do Zé da Beira, pobretes, alegretes e analfabetos e brutos!

A queda do Governo, não foi golpe de estado, não foi truque de secretaria nem golpe palaciano nem nenhuma das imbecilidades que a Direita imbecil por aí alardeia, foi apenas a Democracia a funcionar, se está ética ou moralmente correcto é outra conversa, realmente a Democracia é uma chatice, mas é assim mesmo.

Pessoalmente discordo da indigitação de Costa, e discordo primeiramente por razões puramente morais e éticas, acredito que se deveria deixar o imprestável governo de Coelho e Portas e a sua corja continuar a cavar a sepultura, em segundo porque ao não incluir as gentes do BE e do PCP, o putativo governo peca por omissão, deixando os dois grupelhos numa confortável posição de Pilatos, onde cada vez que não lhes agradar o guisado, lavam as mãos e vão comer fora.

Mas cabe ao mais alto magistrado da Nação decidir, coisa que parece relutante em fazer, indigitar Costa é a única solução lógica e correcta, mesmo que Sua Excelência deteste o BE e PCP, detestar não faz parte das suas atribuições enquanto Presidente da República, se bem que pessoalmente acho que Sua Excelência não sabe desse detalhe!

Sua Excelência o senhor Presidente da República, que dizia ter estudado todos os cenários e ter todas as soluções previstas, tendo inclusive previsto a solução “governo de esquerda”, como se eu acreditasse nisso, agora parece assaltado de dúvidas e vai andar mais duas semanas a “anhar” e a pavonear-se pela Madeira ao invés de encontrar uma solução, infelizmente Cavaco não soluciona é sim parte do problema.

Se tivesse de apostar na solução que o residente no cadeirão de Belém vai tomar, tendo em conta a sua conhecida falta de coragem, a sua fraca prestação e a sua tendenciosa actuação eu diria, que nos espera um governo de gestão, veremos se acerto!

Francisco Pereira

 

 

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