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A anémona e o Peixe-palhaço

02-10-2015 - Francisco Pereira

A política nacional, está cheia de anémonas, sentido pejorativo para alguém, pouco dotado em termos de carácter e de capacidade de relacionamento pessoal, aquilo a que se chama vulgarmente, “pãozinho sem sal”. Também o peixe-palhaço é uma figura que abunda na política nacional, vive em regra à sombra de uma anémona, numa relação simbiótica interessante, a realidade humana replica na perfeição a relação entre os dois animais na natureza.

O político anémona e o seu assessor peixe-palhaço, foram excelentemente retratados na série britânica “Yes Minister”. A aparente falta de correspondência na realidade portuguesa é apenas aparente, porque na realidade por cá as relações simbióticas entre anémonas e peixes-palhaço, são uma constante.

Ele é ver os peixes-palhaço, por aí a fingirem que dão assessorias e que percebem do que estão a fazer, quando na maior parte do tempo, são verdadeiras galinhas aparvalhadas que não percebem peva do que têm para fazer, que de forma bastarda e pulha se servem do trabalho dos outros para colher grossos ganhos e brilhar junto da anémona.

Por outro lado o político anémona tem medo até da própria sombra, é intrinsecamente cobarde, é velhaco e mal formado, roça o inepto mas tal como a anémona que está no fundo do mar, cobre-se de cores vistosas que ofuscam a realidade, assim travestido de “gajo porreiro” e de “alma benfazeja” o político anémona vai singrando, e num país de parolos abrutalhados que pouco mais vislumbram que o seu umbigo, é fácil ir dividindo para continuar a reinar, basta gastar dinheiro em estapafúrdices “et voilá” a anémona adquire um prestigio campeão.

De poente a nascente, está prenhe este país de anémonas e peixes-palhaço, que destroem o erário público, que criam compadrios e ligações mafiosas, onde o antigo adágio “Tudo como dantes, Quartel em Abrantes” assenta como uma luva, naquilo que se passa. Cá fora no mar tormentoso os peixitos, esforçam-se por não soçobrar, iludidos pela pateta crença dos pobres de espírito nas qualidades destas anémonas que vão sugando tudo e alimentando muitos, e cada vez mais, peixes-palhaço sabujos, e é vê-los pelos corredores do poder a esmolar, uma tristeza só vos digo!

Francisco Pereira

 

 

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