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QUE ESTRANHA FORMA DE ESTAR

02-10-2015 - Henrique Pratas

Durante 4 anos a maior parte dos portugueses foram mal tratados a todos os níveis, viram as suas pensões reduzidas, os salários reduzidos, agravamentos fiscais em barda, o nível diminuído drasticamente, as pessoas não vivem sobrevivem, não têm direito à saúde, à habitação, à educação, à justiça ou seja a nada e será que vamos ter mais 4 anos iguais.

As diferenças entre pobres e muito ricos acentuaram-se, a tão proclamada, igualdade de oportunidades, de género, pela Comissão Europeia e que consta de vários documentos, que obrigam a caminhar nesse sentido tendo sido eleitas como metas para os diferentes Quadros Comunitários e continua a sê-lo para o PORTUGAL 2020, não passam de uma falácia. Isto é tudo mentira as assimetrias estão cada vez mais acentuadas e a tendência, considerando a nossa forma de ser e de estar é para se acentuarem cada vez mais.

Por mim vos digo que a 2 dias de fazer 18 anos, em 1974, mais propiamente em abril deram-me a capacidade de poder sonhar e a possibilidade de construir uma verdadeira sociedade que fosse dona dos seus destinos, hoje lamentavelmente até a capacidade de sonharmos nos tiraram, alguns de nós já têm medo de emitir a sua opinião ou dizerem o que pensam, isto faz-me recordar outros tempos, que fiz por esquecer, mas que agora me voltam a atormentar porque nada disto que se está a passar no nosso País era o que desejava e não vejo maneiras de isto mudar.

Aqui bem perto de nós ocorreram as eleições na Catalunha, eles têm um objetivo querem ser independentes e vejo-os lutar por isso e nós o que é que fazemos encolhemo-nos, agachamo-nos e desde que a nossa vidinha esteja bem os outros que se lixem. Como sabem isto não faz parte integrante de uma sociedade que se pretende desenvolvida, onde as condições de vida e o acesso às necessidades básicas sejam iguais para todos, estamos cada vez mais longe de um caminho que foi violentamente interrompido em 25 de novembro de 1975, voltámos ao velho principio dividir para reinar, quem pensam são apenas uns “eleitos” e o comum do cidadão fica especado à espera dos vómitos e das alarvidades que todos nos dias nos enchem os ouvidos e a cabeça, às vezes muitos de nós até paramos para ouvir melhor, porque à primeira vez parece que não ouvimos bem e há que confirmar o que foi comunicado. Isto não faz sentido nenhum e se não arrepiarmos caminho regressaremos rapidamente aos tempos de outrora, cinzentos, sombrios e de mediocridade.

Esta nossa estranha forma de estar é controvérsia para tomar as rédeas dos nossos destinos não somos capazes de nos movimentar no sentido que isso aconteça, todavia quando existe a necessidade de sermos solidários com os outros povos como ontem aconteceu e bem, mobilizamo-nos e fazemos um trabalho que considero de excelente e de um valor muito nobre, mas quando se trata de resolver os nossos problemas, as nossas aflições, não somos capazes de unirmos em torno de objetivos comuns e lutar por eles, é muito estranho não é? Ou será que quando demonstramos a nossa solidariedade perante outros é uma forma de exteriorizar a nossa vaidade, de nos afirmarmos que somos capazes, somos competentes, a pergunta aqui fica e connosco próprios, portugueses, não somos capazes de fazer o mesmo porquê?

Henrique Pratas

 

 

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