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Educação não é sinónimo de inteligência!

10-01-2014 - Humberto Neves

Não fazendo parte da “nação benfiquista”, foi com tristeza que, no passado domingo, soube do falecimento de Eusébio. Como ficou demonstrado ao longo dos dias de domingo e de segunda-feira com a romaria ao Estádio da Luz, de adeptos dos mais diversos clubes e com a homenagem, através de um minuto de silêncio (ou de aplausos), que dois dos maiores colossos mundiais do futebol (Manchester United e Real de Madrid) lhe dedicaram, Eusébio da Silva Ferreira era muito maior que o SL Benfica; Eusébio era (é) um dos ícones de Portugal.

A quase unanimidade em torno da figura do “Pantera Negra” resultou que, tal como aconteceu após o falecimento de Amália Rodrigues, a discussão da trasladação dos restos mortais para o Panteão Nacional se iniciasse de imediato (inicialmente a lei previa que decorressem cinco anos do óbito para que pudesse estar no Panteão Nacional; com a morte da fadista, a lei foi alterada e o prazo reduzido para um ano). Desta discussão, haverá sempre quem seja a favor e quem seja contra e, não é para isso que escrevo estas linhas.

Todos nós sabemos quem era Eusébio. Era um magnífico jogador de futebol. Um dos melhores de todos os tempos! Um grande ser humano, humilde, simples, bondoso, de trato fácil. Mas, também, todos nós sabemos que não era um intelectual e que gostava dos prazeres da vida (quem não gosta?).Vem isto a propósito das declarações do Dr. Mário Soares que, do alto da sua imensa sabedoria e grande inteligência, afirmou que era “um homem de pouca cultura” e “que bebia muito whisky, de manhã e à tarde”.

Mário Soares é reincidente em declarações no mínimo infelizes. Basta recordar as que proferiu no encontro das esquerdas, por si promovido, e que se realizou na Aula Magna, em Novembro último. Para além de exigir, pela enésima vez, a demissão do Presidente da República e do Governo, apelou a um levantamento popular, afirmando que “é preciso ter a consciência de que a violência está à porta”. Tendo em conta as altas funções que já desempenhou, pedia-se um pouco mais de recato e de juízo. Vejam-se os exemplos de outros ex-chefes de Estado europeus que, depois de terminarem os seus mandatos, as suas aparições são raras e primam, na sua esmagadora maioria, pela elevação.

Depois de mais este triste episódio protagonizado pelo Dr. Mário Soares, só posso concluir que nunca se deve confundir educação com inteligência.

Humberto Neves

 

 

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