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Cavaco marca legislativas para 4 de Outubro e pede Governo com "apoio maioritário"

24-07-2015 - Henrique Pratas

O título deste artigo é muito grande em meu entender, mas não encontrei forma de escrever o que um Presidente da República não deve fazer.

As eleições legislativas estão marcadas para 4 de Outubro, anunciou na passada quarta-feira à noite o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, não aquele Aníbal grande general e comandante do exército romano, o nosso Aníbal não passa de um anibalzinho, medíocre como convém para este pequeno País onde a mediocridade é eleita como principal predicado para o exercício do Poder.

De acordo com as suas palavras, "É extremamente desejável que o próximo Governo disponha de apoio maioritário na Assembleia da República", numa declaração ao país de dez minutos. Depois dos sacrifícios e da austeridade dos últimos anos, os portugueses têm o "direito e o dever de exigir"um "Governo estável e duradouro", defendeu o chefe de Estado.

Cavaco Silva adverte que nas legislativas de 4 de Outubro “não são admissíveis soluções governativas construídas à margem do Parlamento, dos resultados eleitorais e dos partidos políticos”.

O Presidente sublinha que cabe aos partidos a responsabilidade de negociarem uma “solução governativa estável e credível”, com apoio maioritáriono Parlamento.

“Se em 26 países da União Europeia as forças partidárias são capazes de se entender, não éconcebível que os nossos agentes políticos sejam incapazes de alcançar compromissos em torno dos grandes objetivos nacionais”, titubeia.

Aos problemas económicos e sociais, "Portugal não pode dar-se ao luxo de juntar problemas político-partidários", adverte o Presidente da República.

Cavaco Silva recorre à história recente do país, qual país o dele ou aquele onde a maioria dos portugueses vivem, ficou por explicar, para reforçar a necessidade de um Governo maioritário.

Afirma mesmo que “Aexperiência de 40 anos da nossa democraciademonstra que os governos sem apoio parlamentarmaioritário enfrentam sem grandes dificuldades paraaprovar as medidas constantes dos seus programas,foram atingidos por graves crises políticas e, em geral,não conseguiram completar a legislatura”.

As eleições legislativas estão marcadas para 4 de Outubro. Os partidos têm até ao dia 25 de Agosto para apresentar as candidaturas.

Não posso deixar de escrever que mais uma vez o Presidente da República, quebrou todas as regras pelas quais se deve pautar o comportamento de um Presidente eleito para servir todos, mas todos, os portugueses. A sua alocução ao País é o exemplo inacabado do que não se deve fazer numa comunicação ao País, demonstrou não ser isento e mais denegou o juramento que fez quando foi eleito, que faria cumprir a Constituição da República e seria o garante da sua aplicação, para mim esta é uma violação dos princípios democráticos muito grave. É nítido o apoio aos partidos que compõem o atual Governo, como é que a personagem pode afirmar em muitas conferências que era apartidário, nunca o foi e nunca o será, porque nos tempos da outra senhora foi informador da PIDE, enquanto primeiro-ministro foi a desgraça que sabemos agora que felizmente em meu entender vai acabar o seu sacrossanto mandato, demonstra a sua mediocridade como pessoa, alinhando-se de forma declarada ao lado dos partidos que conduziram a uma desgraça total. A personagem nunca me mereceu qualquer respeito, já conheço as suas “habilidades” há muito tempo e é pessoa que não merece nem a minha estima nem consideração, mais ponho mesmo em causa que seja uma pessoa. Nós portugueses costumamos dizer que algarvios e cães de caça é tudo gente da mesma raça, e não nos enganamos, está à vista só não vê quem não quer. No meio disto tudo nunca entendi nem entendo como é que o Povo o elegeu para Primeiro-Ministro deste País e posteriormente para Presidente da República, não entendo ou de facto o Povo português gosta de ser massacrado, achincalhado e maltratado, será que é que se aplica o ditado quanto mais me bates mais gosto de ti?

Termino este meu texto pegando nas palavras que foram proferidas no sentido em que o Presidente da República apela a uma campanha "esclarecedora", que sirva para "informar" os eleitores sobre as propostas dos partidos e que não se transforme num "palco de agressões”. Se fossem, genuínas os conceitos até estariam certos só que estas palavras estão eivadas e envenenadas e o que quis dizer ou votam nos partidos que eu apoio ou estão tramados. Assistimos a mais um vergonhoso discurso de uma personagem que se diz ser Presidente de todos os Portugueses está à provaque nunca o foi nem será até ao resto dos seus “arrastados” e agastados dias de mandato, os portugueses dignos dessa condição dar-lhe-ão a resposta certa no momento certo, esta é minha esperança.

Não queria acabar este texto sem fazer a lusão a um episódio que já hoje, quinta-feira, dia 23 de julho, aconteceu, que foi o facto de o Presidente da República Portuguesa se ter colocado ao lado do Primeiro-Ministro Português, quanto ao desmentido feito por Jean -Claude Juncker, relativamente às atitudes tomadas pelo Primeiro-Ministro deste País, aquando da negociação do acordo com a Grécia, mais uma vez e de forma inequívoca e tendenciosa é manifesto o apoio aos atuais partidos da Governação, mais uma vez estamos perante uma situação ignóbil e perfeitamente inqualificável.

Se não existissem outras razões para não votar nos partidos que compõem o atual Governo, as que vos acabo de mencionar eram suficientes para o não fazer.

Henrique Pratas

 

 

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