Ainda a Menção Honrosa para o Museu Municipal de Almeirim

20-12-2013 - Eduardo Milheiro

Muito se tem dito, principalmente nas redes sociais sobre este prémio conseguido pelo Museu Municipal de Almeirim no concurso promovido pela Associação Portuguesa de Museologia que decorreu na Fundação das Comunicações.

Mas como sempre, existe gente que aproveita para se evidenciar a si e os amigos, o que de maneira nenhuma é correcto. As futilidades aparecem sempre quando se trata de recolher louros que não têm.

Parece que os mais cultos e responsáveis, esqueceram, ou fazem que esqueceram, que esta candidatura se deve a um trabalho científico que foi a tese de Mestrado da Drª. Marta Milheiro, tese que lhe valeu o mestrado em Museologia.

A apresentação à candidatura teve por base o trabalho referenciado e a grande ajuda do Dr. António Nabais, o qual ainda não vi nenhum responsável referir. Esta sim, é a equipa que levou à conquista da Menção Honrosa, pois conquistar o prémio de Museu do Ano seria sempre uma aventura, tendo em conta os museus propostos: o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e o Museu do Ar, em Sintra, com orçamentos e acervos enormes com os quais não nos podemos comparar e que ficaram em ex-aequo na categoria de Melhor Museu Português do Ano.

Na verdade, o museu avançou porque o Eng. João Torres, em 2004, quando foi vereador da Câmara Municipal de Almeirim iniciou este processo que culminou em 2012 com a inauguração do Museu Municipal.

Pelo meio, houve sempre um mar de dificuldades que foram ultrapassadas pelo querer da Drª. Marta Milheiro, que foi desbloqueando todas as situações que foram aparecendo recorrendo ao ex-presidente Sousa Gomes, sendo inclusive necessário deslocações à casa de Sousa Gomes para o informar do andamento das obras e do restauro do acervo, assim como das necessidades financeiras para os fornecedores do Museu. Este método resultou, devagar e devagarinho, mas resultou.

O resto foi tudo acessório, não foi graças a A, B, C, foi graças aos técnicos que implementaram, organizaram e puserem em prática as ideias do Dr. António Nabais e do Pintor António Viana, responsáveis também pelo projecto museológico de Almeirim.

Esta é a verdade, estes são os factos. Mas é ainda mais triste, e eu tenho a sorte de conhecer muita gente, que alguém da oposição política de Almeirim tenha pressionado alguém da Associação Portuguesa de Museologia no sentido de não conceder nem prémio, nem menção honrosa ao Museu Municipal de Almeirim porque o Museu não era mais que uma feira de vaidades (Pulhas e Traidores, digo eu!).

Se eu não fosse um homem de palavra, colocava aqui o nome desta espécie de ser humano, para o conhecimento de todos, mais, pagava um anúncio num jornal de grande circulação no Distrito para num artigo lhe colocar lá o nome em letras bem grandes.

Isto é fazer política de maneira baixa e ordinária e depois queixam-se que temos quase 50 por cento de abstenção!

Esta gente curta de ideias e com a cabeça cheia de princípios revanchistas, nem sequer pensam que a publicidade agora dada ao acontecimento será boa para o Turismo, querendo isto dizer que será bom para o comércio e restauração. É colocar mais um pino no mapa turístico e cultural do Concelho de Almeirim e que aquela postura, por motivos políticos ou por algum retardo mental, não servem para mais nada senão para prejudicam a sua terra.

Esta é a verdade sobre o Museu, a quem servir serve, a quem não servir que deixe de andar a olhar para o umbigo. A classe e o protagonismo conseguem-se com trabalho e combate, é preciso acreditar para se conseguirem resultados. Mas força e determinação para avançar sem medo não está, infelizmente, ao alcance todos.

Eduardo Milheiro

 Voltar