Cadernos da (des) Educação (VI)
20-12-2013 - Francisco Pereira
Terminamos esta nossa incursão superficial ao mundo da educação, ou da falta dela, com três pequenos reparos. O primeiro dos quais para a qualidade de construção das nossas escolas.
Genericamente as nossas escolas são de uma qualidade a roçar o indigente, se atentarmos por exemplo aqui ao nosso concelho veremos que as escolas mais recentes, são disso um bom exemplo, não falo sequer em se estão preparadas para resistir a sismos, dado que pelo aspecto, bastará um temporal mais forte para desabar tudo, esperemos que não e optamos por aquela coisa tão portuguesa de confiar na providência e em caso de desgraça acender velas à santinha.
As escolas deste país são deprimentes, construídas sem gosto, sem noção do que deve ser uma escola, sem brinquedos, sem escorregas, sem árvores, sem relva, um horrível e deprimente espectáculo. Pedia-se apenas que pensem antes de construírem aberrações arquitectónicas que se enchem de água após o primeiro mês, que pensem quando fazem salas de aulas, pensar é grátis e não custa!
Os pais e as suas associações são outro aspecto interessante. Regra geral os pais vão às escolas por motivos fúteis, desnecessários e patéticos. As associações de pais são feiras de vaidade para ascensão política, dominadas que estão também por interesses partidários, onde a futilidade interventora é a regra.
Querem participar, exijam escolas com pessoal docente e não docente suficiente, exijam uma verdadeira Educação especial que apoie todas as crianças que dela necessitam e que parecem não conseguir lugar no ensino privado, exijam escolas com programas coerentes com novas abordagens pedagógicas, exijam escolas com condições, com laboratórios, com música, com teatro, com dança e pintura, exijam escolas com árvores com parques de jogos, reproduzam em casa as boas práticas da escola, sejam educados e corteses, até porque os filhos são vossos, não são da escola.
Francisco Pereira
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