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Angola diz que comprar navios militares a Portugal não seria uma má escolha

05-06-2015 - Lusa

O secretário de Estado da Defesa de Angola não coloca de parte a escolha do modelo português de navio-patrulha para equipar a marinha angolana, admitindo mesmo que optar por estaleiros de Portugal não seria uma má escolha.

Gaspar Santos Rufino falava hoje a bordo do Navio de Patrulha Oceânico (NPO) Figueira da Foz, um dos dois construídos pelo Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), entretanto subconcessionados ao grupo Martifer, no âmbito da visita oficial a Luanda do ministro da Defesa Nacional de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco.

"Se Portugal for escolhido [para o reequipamento da marinha angolana] eu penso que não será má escolha", disse o secretário de Estado, questionado pelos jornalistas a bordo do navio português, que hoje realizou uma missão conjunta de interceção com fuzileiros da marinha de Angola, ao largo de Luanda.

O governante admitiu que na marinha angolana as necessidades são "de toda a natureza", sobretudo face à insuficiência de meios navais para assegurar a fiscalização e proteção costeira.

A opção por estaleiros de Portugal, depois de ter assistido, em conjunto com o ministro da Defesa português, à demonstração das capacidades do NPO Figueira da Foz, é uma possibilidade.

"A nossa cooperação com Portugal é forte e atual. De modo que nunca esteve em causa o que fazermos com Portugal. Verdade se diga que hoje estamos mais voltados para o processo de formação de quadros, quanto ao futuro não sabemos o que nos pode reservar", disse o governante.

O ministro da Defesa Nacional de Angola, João Lourenço, admitiu na segunda-feira que a encomenda de navios militares a Portugal era uma possibilidade "em aberto", apesar de o assunto não ter sido diretamente abordado durante a reunião de trabalho que manteve com o homólogo português.

Em causa estão navios de 83 metros de comprimento, que operam com uma tripulação de 38 elementos, podendo receber um helicóptero Lynx e que estão ainda equipados com duas lanchas que podem transportar 25 pessoas.

Cada navio custa, em média, cerca de 38 milhões de euros e o Estado português já anunciou a encomenda de mais dois à West Sea, empresa do grupo Martifer que assumiu a subconcessão dos estaleiros de Viana, onde os dois primeiros foram construídos.

A possibilidade de exportação deste modelo de navio militar português, inteiramente desenhado nos antigos ENVC e que poderá ser construído agora pela West Sea para outros países, é desde já admitida pelo ministro José Pedro Aguiar-Branco.

No entanto, tratando-se de um projeto de navio que foi comprado pelo Estado português aos ENVC, essa construção para exportação obrigará a uma negociação e acompanhamento por parte da marinha nacional.

"Desejamos que haja muita capacidade de vender este navio para muitos países. Significa que a indústria portuguesa é boa e competente, que o projeto é correto e também muito positivo e que temos uma capacidade de atrair clientela. E já será bom que assim aconteça, quando há bem pouco tempo essa realidade não acontecia", disse o ministro português.

José Pedro Aguiar-Branco classificou como "altamente positiva" a visita oficial de dois a Luanda, durante a qual abordou com as autoridades angolanas o combate à pirataria e narcotráfico no Golfo da Guiné, os serviços disponibilizados pelas indústrias portuguesas de Defesa e o incremento da formação de militares de Angola por Portugal.

Lusa

 

 

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