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SEGURANÇA SOCIAL

05-06-2015 - Henrique Pratas

A propósito deste tão falado tema pelos políticos que nos DESGOVERNAM, oferece-me tecer algumas considerações.

Em primeiro lugar quando questionam e afirmam que o sistema de Segurança Social há que analisar duas situações, a primeira é que os trabalhadores por conta de outrem são obrigados a descontar, atualmente 11% para a Segurança Social, logo os trabalhadores estão a “depositar” numa entidade as suas contribuições para as futuras reformas a pagar pela entidade que foi criada para o efeito. O que eles fazem com o dinheiro não sei, mas na minha opinião devia ser bem aplicado para que com os montantes que entram mensalmente na Segurança Social, pudessem a médio longo prazo ser incrementados por forma a ser restituído, não na sua totalidade aos trabalhadores quando estes atingem a idade de reforma.

A outra componente é da entidade patronal que para a generalidade das empresas é de 23,75%, valores que a serem pagos por estas constituem um montante significativo, que associado ao valor descontado pelos trabalhadores dá e sobra para que se façam aplicações sem risco, por forma a garantir a sustentabilidade da Segurança Social, a mesma só não é sustentável, porque teimosamente os DESGOVERNANTES insistem em aumentar a idade da reforma.

Se reduzissem a idade de reforma, para além de criarem emprego iriam obter a garantia por parte das pessoas que iniciam funções uma maior carreira contributiva, assegurando desta forma a “sustentabilidade da Segurança Social”.

Eu já não posso ouvir os nossos DESGOVERNANTES a falarem e a discutirem esta questão que se me afigurade fácil resolução não queiram estes beneficiar o capital em detrimento do trabalho, reduzindo as contribuições da entidade patronal e aumentando porventura a parte dos trabalhadores, que é o que têm sabido fazer.

De tantas vezes dizerem que em 2030 que os valores das pensões serão menos de metade dos rendimentos do trabalho auferidos, só me dá vontade de não permitir que não me façam descontos para a Segurança Social, que eu pego nesse dinheiro e aplico-o e garanto-lhes que quando chegar a minha idade de reforma se é que lá chego terei dinheiro e necessário e suficiente para viver com o mínimo de condições de vida.

Acabem com esta discussão estéril e utilizem a massa encefálica para aplicarem o dinheiro que entra na Segurança Social todos os meses, de forma segura e sem habilidades para as quais não estão talhados.

A Segurança Social não tem noção da quantidade de dinheiro que entra, porque pagam, pagam sem critérios mínimos de gestão e de controlo financeiro e não fazem uma coisa extremamente simples que é comparar o dinheiro que entra com o que sai e no caso deste último, não questiona para onde vai.

Há ainda a salientar que a Segurança Social recebe dinheiro proveniente da entidade que tutela os jogos de sorte ou azar, euromilhões, totoloto, totobola, raspadinhas and soo n, que ajuda a financiar programas de apoio aos mais desfavorecidos, ora com tanto dinheiro que entra naquela casa, não será possível com uma boa gestão garantir a sustentabilidade da segurança social, é tudo uma questão de método e organização e de verem bem onde é que é aplicado o dinheiro, não o deveriam ter aplicado no BES, escrevo eu que gosto de escrever coisas. Agora não andem a produzir afirmações que não fazem sentido rigorosamente nenhum, porque cada vez as contribuições que entram atingem um volume maior, a não ser que desatem a privatizar tudo a mando do capital e estes gerem desemprego para poder pagar salários de miséria e consequentemente aumentar os proveitos para os seus bolsos, sem que estes façam chegar à Segurança Social o que é devido.

Meus senhores o problema da sustentabilidade da Segurança Social é um problema do Governo e depende muito das decisões que tomem. Se privilegiam o capital, correm o risco de ocorrerem fugas de entrada de contribuições e estas baixarem significativamente, se forem sensatos, que eu acho que não são, o caminho a trilhar é outro, que já anteriormente referi, baixar a idade de reforma, criando desta forma emprego jovem com carreiras contributivas com uma perspetiva de mais anos de contribuição.

Eu não gostava de escrever sobre o passado, mas estes “rapazes” obrigam-me a fazê-lo, como é que no tempo da Primavera do Estado Novo, se alargou o pagamento de reformas aos trabalhadores agrícolas através das designadas Casas Povo, quando a maior parte das pessoas nunca contribuíram com a regularidade que agora ocorre e não tenho memória de que se tenha colocado a questão da Sustentabilidade da Segurança Social, que como já escrevi não se pode ouvir falar.

Resta-me deixar um recado aos “rapazes” que nos DESGOVERNAM, senão são capazes de governarem o País e assegurar o que de mais essencial que temos, que são as reformas e os apoios solidários DEMITAM-SE, vão-se embora e deem o lugar a quem sabe destas coisas, que a vossa incompetência já foi largamente comprovada e suportada por todos nós.

Para terminar, analisem bem onde gastam o dinheiro e façam uma análise de custo beneficio e vejam se não existem carros a mais a serem utilizados indevidamente, se os “comissários” políticos que foram colocados pelo DESGOVERNO, não tem regalias a mais face ao trabalho que desenvolvem, se começarem por cima vão ver que existe muito desperdício e em, tempo de vacas magras há que começar por cima e não pelos menos protegidos, porque nós já estamos cansados de só fazer o caminho casa-emprego-casa, não temos espaço, isto é dinheiro para mais nada, enquanto aos senhores DESGONERNANTES lhes sobra dinheiro, nosso, e tempo, também que deveria, ser dedicado à resolução dos problemas existentes no País e não em grandes almoçaradas, viagens sem proveito nenhum para o País, e outros gastos desnecessários e desprovidos de qualquer sentido a não ser o de favorecer os detentores do capital, cavando mais o fosso entre ricos e pobres, existem cada vez mais ricos e os pobres que não conseguem satisfazer as suas necessidades básicas aumentam em exponencial.

Tenham vergonha o cargo que exercem é para gerir a coisa pública, não para a destruírem.

Henrique Pratas

 

 

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