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A Evolução na Continuidade

29-05-2015 - Henrique Pratas

Em Portugal não se reconhece o mérito

Ontem li este texto e não cedi à tentação de o partilhar convosco porque afinal vem confirmar de uma forma científica aquilo que nós já sabemos.

Colocam-se pessoas no sector público cujo cartão-de-visita é a obediência e não acompetência”.

“Ter o partido ou o amigo “certo" continua a pesar mais que a competência nas nomeações depois das eleições , denuncia João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, no ano em que a universidade comemora 752 anos diz que a prioridade é a aposta na investigação científica.

O que foi cumprido do plano estratégico que apresentou no seu primeiro mandato?

Dois meses depois de ser eleito em 2011, foi assinado o memorando da ‘troika', o que alterou muito as condições. A preocupação principal passou a ser resistir às fortes restrições, que não foram apenas orçamentais. Ficámos com menos dinheiro e muito mais dificuldade em funcionar porque o conjunto de regras e restrições que nos impuseram foi muito pesado e a maioria ainda continua em vigor. Mas o fundamental do programa do primeiro mandato foi cumprido. Quando me candidatei apresentei-me com uma diferença, em relação ao passado. Considero que a investigação deve ser a prioridade número um de uma universidade internacional e concorrencial. Historicamente o ensino tem sido a questão principal. A ligação à comunidade já estava desenvolvida mas havia que colocar a criação de conhecimento como ponto central. Porque quem participa no processo de criação de conhecimento, transmite-o aos seus alunos de uma forma muito diferente. Afirmei ainda que o pilar da transferência desse conhecimento e tecnologia para as empresas e sociedade estava ao nível de todos os outros. 

Estamos a perder talentos com a emigração em massa de jovens qualificados?

É negativo para o país porque é um fluxo muito desequilibrado. Há muito mais portugueses a sair do que talentos a entrar. Precisamos de jovens que conheçam o mundo. Mas temos de ser capazes de atrair pessoas de outras nacionalidades ou garantir o regresso dos talentos. Isso é o mais complicado por causa da crise. Mal as dificuldades financeiras comecem a abrandar, um dos desafios nas universidades é atrair parte daqueles que saíram para trazerem a experiência de fora e ajudar o país a desenvolver-se. Países, como a China e a Índia, exportaram milhares de pessoas que regressam para desenvolver os seus países. Apesar da crise, devemos potenciar toda a rede de contactos e conhecimentos que os portugueses que saíram criaram para desenvolver os negócios.

O que é que Portugal deve fazer para sair da crise?

O principal problema da sociedade portuguesa é que não reconhece o mérito . Há demasiados lugares, decisões e escolhas que são feitas não porque as pessoas são mais competentes, mas porque têm o partido certo, ou os amigos certos ou estavam no lugar certo à hora certa. Temos vindo a melhorar devagar, mas temos de acelerar esse processo. Este espetáculo a que assistimos, sempre que há uma mudança de partido no Governo, à mudança das pessoas de todas as estruturas intermédias do Estado e empresas públicas para lá colocar pessoas cujo cartão-de-visita é obediência, em vez de competência, não nos levará a lado nenhum. Porque depois as decisões são demasiado ineficazes e mal feitas. Não se trata de existir uma má intenção ou desvio de dinheiro ou corrupção. É simplesmente incompetência. Quando fizermos o esforço de escolher as pessoas mais competentes, o país irá dar um salto muito grande.”

O texto que acabo de partilhar convosco não acrescenta nada ao que sabemos e conhecemos, os diagnósticos são muitos falta-nos as ações essas levam tempo a ser tomadas entretanto o farrobadó continua e quem procura emprego e que já está neles assisti às barbaridades que são referidas no texto. Quem não tem emprego se tem “amigos” em lugares certos consegue-o independentemente da sua competência, para quem já tem emprego e demonstra que é competente é preterido nas promoções ou eventuais progressões na carreira profissional pelos “comissários políticos”, pelos “amigos” por aqueles que dizem sim a tudo e que abdicam de ter uma opinião própria, discordar é muito incómodo a maior parte das pessoas que são competentes só por emitirem a sua opinião são voltadas ao ostracismo e desprezados, esta gentalha faz que estas pessoas se sintam a mais nas organizações quando têm muito para dar, o que ocorre nas organizações/empresas é inqualificável, podem não acreditar mas eu garanto-lhes que o que escrevo é verdade e o que não falta é gente incompetente a viver à custa daqueles que de um modo ou de outro são competentes, concordam quando têm que concordar e discordam quando o têm que fazer, mas as organizações e as empresas não querem pessoas assim, querem “cordeiros” que se prestem a todos os serviços.

Outra coisa que não acontece nas organizações é a inovação, quando alguém apresenta ideias próprias as mesmas são preteridas o que está a acontecer é a preferência por pessoas que fazem “cópia e colagem” de ideias de procedimentos que existem e já são prática em outras organizações, não se tem em conta a realidade específica de cada uma delas, copia-se, aplica-se e já está o processo de “inovação” é este.

Assim não vamos a lado nenhum e a degradação das organizações em termos das pessoas é cada vez maior, como sabem estas têm vontade própria e reagem de forma negativa ao atual estado de coisas umas calam-se e vão aguentando porque hoje em dia não é fácil arranjar emprego porque trabalho são pouco aqueles que o querem e desta forma e com estas atitudes não sei se algum dia esta País sairá do marasmo em que nos meteram.

Bem se fala na igualdade de oportunidades, na transparência, na igualdade de género e em mais conceitos que visam promover a o acesso das pessoas em condições de acesso iguais, BALELAS, há sempre uns que são mais iguais do que outros, penso mesmo que vivemos uma época muito semelhante senão igual ao que acontecia no tempo de Salazar e Caetano, é como diria o antigo Presidente da República, Américo Tomás, “a evolução na continuidade”.

Henrique Pratas

 

 

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