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Descobertas

22-05-2015 - Henrique Pratas

Não, não tenho medo não vou escrever nos nossos descobridores, esses merecem o devido descanso, mas vou-vos escrever sobre as minhas “descobertas”.

Então estava eu a consultar o Diário da República de hoje e vejo um procedimento concursal para um Município enquadrado no distrito de Santarém e para grande espanto meu quando vejo o nome ele disse-me qualquer coisa, soou-me a conhecido aprofundei e “descobri” que tinha sido meu companheiro de faculdade e posteriormente trabalhámos na mesma empresa de transportes eu em Lisboa ele em Torres Novas e a minha admiração foi ver que a personagem tinha sido eleito pelo Partido Socialista, admirei-me mas como já vi muita coisa e a vida não está fácil, nem sequer faço qualquer tipo de reparo.

Abrindo mais uma outra página da internet vejo o nome de outro companheiro meu de faculdade como Presidente de uma empresa de mediação e correção de seguros pouco conhecida, com um capital social de 400.000 €, mas com pouco expressão no mercado, mas Presidente é Presidente.

Noutro dia vi um outro companheiro meu de Faculdade, este ao tempo o mais esquerdista possível se a memória não me atraiçoa da Liga dos Comunistas Internacionais mais conhecida por LCI, ser nomeado para um cargo abaixo do Inspetor-Geral de Finanças (IGF), ou seja Subinspetor da IGF, eu constato mas não digo nada, hoje lembrei-me de tudo isto e apeteceu-me escrever sobre estas “brilhantes descobertas”.

Constato que vale tudo até vender a alma ao diabo, não acredito que nenhum não tenha abdicado dos princípios que lhes conheci pois se os tivessem mantido não poderiam estar nos lugares que ocupam e escrevo isto sem qualquer tipo de mácula, porque a um deles até lhe enviei um mail a dar os parabéns, só eu que já tive várias oportunidades para aceder a cargos considerados pela generalidade das pessoas, mantive sempre a minha coerência e os meus princípios e não tenho cartão de nenhum partido, não gosto de pagar faturas já bem me basta pagar a da água, da luz, do gás, do telefone e outras que vão aparecendo sem se fazer anunciar.

Mas tudo visto e analisado eu é que devo estar errado no meio disto tudo a coerência os princípios, o dizer que não quando querem que nós digamos que sim, o pensar pela própria cabeça, ter verticalidade, ter opinião e não andar à boleia dos outros, só nos deixa tranquilo com a nossa consciência não ganhamos nada com o “quiosque” como é hábito dizermos, não interessa ser profissional é preciso fazer mais do que isso há que colocar-se a jeito.

Escrevo sobre estas situações mas a nossa sociedade está cheia de exemplos como estes e eu coloco sempre a mesma questão, o que é que querem, pessoas profissionais que saibam exercer com brio, dedicação, eficiência e eficácia uma função que lhe é atribuída ou espera-se que as pessoas façam “jeitos”.

Dando consistência aos meus textos e mantendo-me fiel aos meus princípios questiono é isto que faz com que uma sociedade evolua? Será que vivemos numa monarquia e não numa república, os filhos sucedem aos pais, os pobres terão que ser toda vida pobres e os ricos serão ricos para sempre, o que é se está a passar na nossa sociedade, para onde caminhamos?

Mais uma vez vos escrevo que não tenho nenhuma espécie de mácula relativamente ao que vos conto, porque como acho que já vos escrevi eu tive oportunidades e rejeitei-as porque elas tinham um preço que nunca estive disposto a pagar. O primeiro foi ter sido convidado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações de um dos países de expressão portuguesa para ser seu assessor, de forma delicada recusei, mais tarde seria convidado para enveredar por carreira internacional numa multinacional de origem alemã, ofereceram-me à escolha ou Roma ou Barcelona, mais uma vez e pelas razões que já vos indiquei rejeitei de forma delicada, e tive mais duas oportunidades que descartei, porque a minha independência intelectuale liberdade enquanto cidadão vale muito mais do que estar preso, a qualquer grupo de pressão ou fazedores de opinião, o poder pensar livremente sem estar condicionado a nada é ótimo, fazer fretes não é comigo e admiro de facto esta gente que está sempre na mó de cima quer o Governo seja do PS, ou do PS mais CDS, ou PSD e ainda do PSD mais o CDS, deve ser pela sua competência escrevo eu, porque por em práticas politicas emanadas dos partidos do arco da governação que nomeei não deve ser fácil ou se calhar é porque não existe diferenças entre eles e estas pessoas conseguem ter um jogo de cintura do tamanho do globo terrestre.

Não defendo que as pessoas devam ter sempre a mesma opinião, agora convicções sempre a mudar já se me afigura como muito estranho.

Esta liberdade de pensamento e de não estar agarrado rigorosamente a nada a não ser áquilo que penso e que acho que seria melhor para o desenvolvimento para a nossa sociedade e para o País onde vivemos, dá-me o à vontade para partilhar convosco os textos que até à presente data vos tenho dado conhecimento e continuarei a fazê-lo sempre com a mesma coerência e sem esperar nada a não ser o influenciar o processo de tomada de decisão e fazer com que “isto” vá mudando um “bocadinho” e se cada um de nós fizermos todos um “pouquinho” isto vai lá, vai levar tempo mas vai.

Henrique Pratas

 

 

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