Edição online quinzenal
 
Sábado 18 de Maio de 2024  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

Eu acuso

22-05-2015 - Henrique Pratas

Eu acuso este Governo e o Presidente da República de semear a miséria e a destruição de muitos portugueses, igualmente são responsáveis pela imigração de muitos de nós que querem condições de trabalho e lhe são negadas no País que os viu nascer.

Acuso também os titulares destas pastas de matarem muitos dos portugueses que infelizmente têm que socorrer dos Hospitais Públicos de onde deviam sair curados saíram na maior parte das vezes mortos.

Acuso igualmente de introduzirem no nosso País a violência que grassa no nosso País, alguma dela gratuita mas a responsabilidade cabe aos órgãos que mencionei pois apostaram na redução das reformas, dos salários, no aumento do desemprego e na venda dos sectores chave para o desenvolvimento de um País.

Acuso de criarem e instalarem um clima de medo onde o Povo tem receio de manifestar as suas opiniões e manifestar os seus desejos, acabrunharam a generalidade dos cidadãos, introduziram o conceito de quem não está connosco, está contra nós.

Acuso-os de reabilitarem o País cinzento do tempo de Salazar e Caetano, ou pior do que isso, a pretexto de uma falsa democracia vão acabando com a classe média através das opções de política económica, privilegiando os rendimentos do capital em detrimento dos rendimentos do trabalho e das pensões.

São responsáveis igualmente pela não dinamização da cultura, acabaram com ela ou reduziram-na à sua expressão mais ínfima, quem é que hoje se pode dar ao luxo de poder comprar um livro, ir ao cinema, ao teatro, assistir a um espetáculo musical ou de outro género, quais as medidas de políticas introduzidas por este Governo? O que é que fizeram para que o Povo ficasse mais culto, pois só com um Povo culto podemos construir uma sociedade mais forte e salutar.

Acuso-os de terem criado a desgraça em muitas famílias, de tornar os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. Igualmente introduziram mecanismos que designam por avanço tecnológico que não estão ao alcance de todos e que geram afastamento dos processos que deviam em meu entender ser abrangentes e não o são.

São igualmente responsáveis pela criação de um “analfabetismo” e desconhecimento da população dos seus direitos, deveres e obrigações, introduziram apenas este último e responsabilizam os cidadãos pelo que não é feito ou em alternativa do que é mal feito a desresponsabilização dos Órgãos de Soberania é total.

Acuso-os igualmente de ter dado a machadada final no Serviço Nacional de Saúde, do sistema de Educação, a todos os níveis do Básico ao Universitário, fechando escolas, hospitais tornando-as na maior parte inacessíveis aos cidadãos.

Acuso-os de regredirem o desenvolvimento ocorrido logo ao 25 de abril de 1974 e de afastarem as pessoas da participação na definição dos seus projetos de vida e de sociedade.

São igualmente responsáveis pela imigração dos jovens que não encontrarem condições de trabalho no País e que tiveram que “optar” pela imigração para que se pudessem realizar, constituir famíliaou desenvolverem-se em termos académicos.

Acuso-os da implementação de medidas de política que deixam os nossos anciãos completamente ao desabandono e em vez de poder gozarem uma reforma merecida após muitos anos de trabalho vêm-se confrontados com cortes nas suas pensões de reforma e ainda por cima com a solidariedade que têm que fazer para acolher os filhos e os netos, ajudando-os a equilibrar avida ou matando-lhes a fome muitas das vezes.

Não deixam de ser responsáveis também de terem hipotecado o futuro deste País, através das opções políticas económica e cariz social que implementaram e levaram a uma regressão significativa das condições de vida, para pior, ao nível nacional de todos os portugueses.

Acuso-os de introduzirem uma política de terra queimada com o intuito de aniquilarem todas as conquistas sociais alcançadas, afastando-nos desta forma cada vez mais das falsas comparações que fazem com a média da União Europeia onde nos colocaram, estamos cada vez mais longe dos níveis de bem-estar social europeu, somos os pobrezinhos da EU, que não tem capacidade negocial e que acata pacatamente e ordeiramente as imposições que nos mandam executar, perdeu-se a soberania nacional, tanto que é invocada mas que na minha opinião em poucas alturas existiu, tornaram-nos no País mais dócil e acantonado da União Europeia.

Acuso-os de terem vendido ao desbarato todos os sectores chave da economia portuguesa ao capital seja ele de que cor seja, sem olhar que os mesmos eram fundamentais para a recuperação do País.

São culpados igualmente de terem criado situações de desigualdade de condições de vida dos portugueses, relativamente a outros povos, através da criação dos vistos Gold, que servem para alguns se instalarem no nosso País a soldo da aquisição de um bem patrimonial, utilizando dinheiro de proveniência duvidosa e confinarem um espaço territorial como que anexo do resto do País onde se criam as coisas ideais de vida para os reformados dos outros Países sejam eles pertencentes à EU ou não, estou-me a referir ao ALLGARVE, iniciada pelo Ministro Pinho e continuada a toda a força pelos seus sucessores, encurtaram-nos o nosso espaço de manobra e nós deixámos.

Acuso-os, de fazerem crescerem os impostos, as taxas, as sobretaxas, os complementos de solidariedade social desmesuradamente e reduzirem drasticamente os rendimentos provenientes do trabalho ou das pensões.

São também responsáveis por terem acabado com a concertação social, em patrões e sindicatos se sentavam à mesma mesa e discutiam cláusulas de expressão pecuniária e não pecuniária. Desrespeitaram os Acordos de Empresa existentes no nosso País e depositados no Ministério do Trabalho, com o aval dos diferentes Governos que assinaram o acordo conseguido em sede de contratação coletiva de trabalho.

Acuso-os igualmente de desrespeitarem os Tribunais e demais Órgãos de Soberaniae não tutelados pelo Governo, não acatando as suas decisões ou não as acolhendo, introduzindo na sociedade portuguesa a noção de que eles são meros instrumentos do Governo ou então na pior das hipóteses, eles existem mas nós não lhes ligamos nada, caso do Tribunal Constitucional, que não acolheu muitas propostas realizadas pelo Governo e que as vetou, mas de nada surtiu efeito por fizeram o que entenderam com a complacência do Presidente da República.

Igualmente são responsáveis por “matarem” o País não permitindo, aos jovens casais que se constituíram, terem filhos, para poderem perpetuar o crescimento e desenvolvimento do País.

Acuso-os igualmente de instrumentalizarem as forças militares e para-militares pondo-as ao seu serviço e não ao serviço do País, colocando o País numa situação de desproteção total, em termos de segurança pessoal, social e nacional.

Acuso-os de terem tornado a vida dos portugueses num Inferno, onde as pessoas se arrastam para um emprego onde não gostam de estar porque lhe são impostas regras que não entendem e lhes é vedado a participação real, pura e não de mera cosmética organizacional, o faz de conta, que está em voga. Assim só resta à generalidade dos trabalhadores irem de casa para o emprego e vice-versa, não têm espaço para maisnada.

Termino acusando os Órgãos de Governação, de representação e de defesa do cumprimento do que se encontra consagrado na Constituição da República Portuguesa, refiro-me ao Presidente da República de terem arrasado completamente a sociedade portuguesa a todos os níveis, criando um divórcio entre o Poder Politico e a Sociedade Civil.

Henrique Pratas

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome