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Regresso ao passado

22-05-2015 - Henrique Pratas

Desde o dia 24 de abril de 2015, até ontem, fui gozar umas miniférias, estava a precisar de respirar, coisa que não conseguia fazer neste País, mas foi pior a emenda que o soneto.

Estive em Barcelona, ima das minhas cidades de eleição, passei lá o 25 de abril e o 1.º de maio provavelmente vou-lhes contar o que já sabem, qualquer semelhança é pura coincidência, as pessoas sabem o que querem, lutam por aquilo que desejam, discutem nas ruas os problemas que os afectam e apresentam soluções para o que querem ver alterado.

Na Catalunha não vi nenhuma bandeira espanhola o que vi foram bandeiras catalãs. O 25 de abril foi festejado com um desfile de jeep willys da 2.ª grande guerra com rapazes, seniores como nós dizemos aqui no burgo, devidamente equipados e felizes que nem umas crianças, o desfile terminou do Arco da Concórdia e aí a manifestação, o convívio foi espectacular no meio de tanta gente nunca tinha assistido a uma convergência de vontades tão grande.

O convívio durante até às tantas da manhã sempres conversando sobre temas que eles querem ver resolvidos e já, dizia um que já tinha decorrido o tempo necessário para a realização das obras de melhoramento da cidade.

Verifiquei que a construção de apartamentos ou de condomínios fechados, como aqui se diz, lá a construção é feita para albergar pessoas mais e menos novas, porque todos são úteis para a sociedade, os seniores podem tomar conta das crianças, que brincam nos jardins devidamente fechados e apenas com acesso às crianças e aos acompanhantes, os espaços verdes são mais do que muitos, a parte velha da cidade está protegida de interesses especulativos. Como devem estar recordados há uns anos atrás realizaram-se os Jogos Olímpicos, todas as infra-estruturas que foram criadas para acolher os atletas dos diferentes Países estão devidamente ocupadas não por atletas mas por uma mescla de pessoas novas e menos novas e os equipamentos destinados à realização dos Jogos, foram devidamente aproveitados em favor e da utilização da população local é isto que designamos por crescimento sustentado e rentabilização do investimento realizado.

Existem restaurantes muito agradáveis onde se pode almoçar ou jantar com vista para o mar na chamada Aldeia Olímpica e os espaços verdes mais uma vez estão presentes pelo espaço todo, com locais para parquear as viaturas.

Andar de bicicleta é o meio de transporte ideal e podemos apanhar uma bicicleta no meio da cidade e deixá-la num outro posto completamente diferente porque a utilização das mesmas são prática comum e todas as pessoas privilegiam este meio de transporte sem quaisquer custos e sem qualquer tipo de preocupação existem ciclovias por toda a cidade para que possam circular em liberdade, como já escrevi as bicicletas são de utilização livre e cada um deixa a bicicleta onde lhe apetece, sendo certo que terá que as deixar nos espaços criados para o efeito, mas nem locais não existem guardas ou alguém que supervisione as mesmas, cada um é responsável pela sua utilização, assim como pela sua utilização e verificamos que existem pessoas de todas as idades a utilizá-las.

Não é a primeira vez que vou a Barcelona esta foi mais uma e espero que não seja a última, mas notei uma coisa estamos cada vez mais afastados da realidade Catalã, tempos houve logo a seguir ao 25 de abril até uma determinada altura, nos aproximámos, as diferenças não eram tão notórias, agora meus caros a diferença é como do dia para a noite, a cidade está limpa, não existem beatas no chão, ninguém cospe para o chão, nem deitam papéis para onde não devem.

Fazem mercados com produtos alimentares, as designadas praças onde há de tudo a preços considerados razoáveis para eles porque o nosso nível de vida está muito cá em baixo, essa é outra das grandes diferenças.

Ainda estou numa fase de ambientação a Lisboa, porque saímos de lugar bem frequentada para uma espelunca onde oiço logo o PR a dizer barbaridades como “Deus queira que os pilotos da TAP não façam greves para seu bem porque em última análise podem ser todos despedidos” e tanto disparate que vi nas jornais portugueses que me apeteceu logo apanhar o avião e regressar a Barcelona.

Para quem está fora, não leia jornais nem tenha noticias de Portugal é um sossego o pior é quando se chega a Lisboa vê-se e sente-se logo que entramos noutro mundo muito pior, vê-se a mesquinhez, a aldrabice, a corrupção que grassa neste País se fizerem este exercício vão sentir o mesmo do que eu.

Constatei que existem mutos portugueses a trabalhar em Barcelona, por razões de ordem económica aqui não arranjavam emprego e vá de partir para outros locais e verifiquei de facto que existem muitos portugueses em Barcelona. As razões foram as que vos indiquei e falando com eles não esperam regressar tão brevemente ao País que os viu nascer, mas senti que eram gente boa de este DESGOVERNO, obrigou a sair de Portugal à procura de melhores condições de vida.

Henrique Pratas

 

 

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