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"Chaves no roteiro da arte"

22-05-2015 - Henrique Pratas

A provar que o País não é só Lisboa um Projeto de Siza Vieira e obras de Nadir Afonso vão colocar Chaves no percurso das artes.

O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso abre este Verão, numa das margens do rio Tâmega, este espaço representa um investimento de cerca de sete milhões deeuros.

O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, umaobra do arquiteto Siza Vieira, vai colocar Chaves no roteiro mundial da arte contemporânea.

Daqui a uns anos, teremos muita gente a vir a Chaves, pessoas ligadas às artes, não só pela arquitetura do arquiteto Álvaro Siza Vieira, mas também pela pintura e pela filosofia de arte do mestre Nadir Afonso.

O museu vai albergar todo o espólio do pintor e servirá para dinamizar culturalmente Chaves e a região do Alto Tâmega, porque a partir daqui múltiplas manifestações de arte podem ser feitas para atrair pessoas.

O potencial do edifício é muito grande e vai colocar Chaves no roteiro mundial da arte contemporânea mundial, o edifício, passa a ser o segundo ícone da cidade, depois da ponte romana construída há cerca de 2.000 anos.

As obras de construção do museu começaram em 2011, e vai estar concluído em breve e deverá abrir nos próximos meses.

O convívio de arte mais recente é perfeitamente compatível, enquadrável e de uma convivência saudável com a arte mais antiga, é uma questão de darmos valor àquilo que temos e dar asas à imaginação.

O edifício do museu

Na segunda-feira foi assinado, entre a autarquia deChaves e a Fundação Nadir Afonso, o protocolo que estabelece os termos e condições para a gestão, conservação e manutenção do conjunto de obras de arte e espólio documental.

O acervo do pintor foi cedido ao Município de Chaves para integrar a exposição do espaço museológico, cuja gestão cabe à Câmara, vão ser centenas de estudos, mais pessoais manuscritos, livros, publicações que são o espelho da vida de Nadir, o museu vai ser "uma grande mais-valia" para Chaves e todo o Alto Tâmega.

Entre os espaços que compõem o edifício do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso destacam-se um auditório com capacidade para 100 pessoas, salas de exposições temporárias e permanentes, arquivo, biblioteca, cafetaria, ateliê do Mestre Nadir Afonso, um outro de artes plásticas e uma loja.

O museu representa um investimento de "cerca de sete milhões de euros", comparticipados em 85% por fundos comunitários, importa ainda acrescer a este investimentoos custos de manutenção do imóvel.

A cultura não se avalia pelo lucro que dá no espaço que está a ser gerido, o espaço vai gerar défice durante alguns anos, no entanto, os proveitos indiretos para Chaves, com o aumento do turismo e do n.º de visitas irão beneficiar a hotelaria, a restauração e o comércio local.

Nadir Afonso, pintor e arquiteto, cuja obra figura entre as grandes referências da história da arte portuguesa do século XX, faleceu aos 93 anos, a 11 de Dezembro de 2013. Nasceu em Chaves, licenciou-se em arquiteturae chegou a trabalhar com os arquitetos Le Corbusier e Óscar Niemeyer.

Resta-me acrescentar que este é um exemplo de desenvolvimento sustentado que Municípios que reúnam condições para o fazerem, para forma a melhorarem a região onde é exequivel que se façam investimento deste cariz, promovendo também o desenvolvimento cultural não só da região mas do País, esta é uma forma de descentralizar a cultura, tão apregoada mas que só amiudadas vezes ocorrem.

 

 

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