Morreu o JORNALISTA Óscar Mascarenhas
08-05-2015 - Henrique Pratas
Esta será provavelmente um dos textos que não gostava de escrever, mas a amizade que tenho com a personagem e com o seu irmão leva-me a escrever estas breves palavras. O seu irmão Rui, foi o meu primeiro “comandante”, na verdadeira acepção da palavra, aprendi muito com ele, quando iniciei as minhas primeiras funções profissionais, tal e qual como o seu irmão Óscar são duas PESSOAS brilhantes, com uma experiência de vida tremenda e de uma inteligência fora do comum, com a perca do Óscar este País fica francamente mais pobre não bastava a pobreza de espirito a que nos conduziu este DESGOVERNO e este PR, só faltava desaparecer uma PESSOA como o ÓSCAR.
Ele iniciou a sua carreira no extinto “A Capital”, foi Provedor do Leitor no “Diário de Notícias” e dava aulas na escola Superior de Comunicação Social e no Cenjor.
O jornalista Óscar Mascarenhas morreu esta quarta-feira, aos 65 anos, vítima de ataque cardíaco. A notícia foi dada pelo “Diário de Notícias” (DN), onde Óscar Mascarenhas foi jornalista e Provedor do Leitor.
O jornalista sentiu-se mal esta quarta-feira de manhã, ainda foi assistido por uma equipa do INEM, mas não resistiu.
Óscar Mascarenhas nasceu a 9 de dezembro de 1949, estudou Direito na Universidade de Lisboa e Jornalismo no ISCTE. Começou a carreira em 1975 no extinto jornal “A Capital” e passou pelo “Página Um”, pelo “Jornal do Fundão”, pela “Agência Lusa” e pelo DN.
Foi no “Diário de Notícias” que passou a maior parte dos seus 40 anos de carreira. Foi jornalista do DN entre 1982 e 2002. Regressou em 2012 como Provedor do Leitor, cujo mandato terminou em final de 2014.
Para ele o jornalismo que era “a profissão mais bela e apaixonante do mundo”. Na última crónica que assinou como Provedor, no final do ano passado, escrevia que não entendia o "jornalismo como um poder mas como um serviço".
Óscar Mascarenhas foi ainda professor na Escola Superior de Comunicação Social e formador no Centro Protocolar de Formação Profissional de Jornalistas (CENJOR). Foi ainda presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
Resta-me acrescentar que perdemos mais uma PESSOA, das poucas que ainda vão existindo, lamento profundamente é aquilo que me apraz escrever porque o que sinto é indescritível.
Lisboa, 06 de maio de 2015
Henrique Pratas
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