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Cadernos da (des) Educação (V)

13-12-2013 - Francisco Pereira

As escolas necessitam de profissionais, motivados, isentos, autónomos e acima de tudo competentes, facto que cada vez menos se verifica, dado que muitos directores de escola pouco mais são que autómatos acríticos e acéfalos que apenas se limitam a reproduzir, e quantas vezes mal, as ordens dimanadas de um ministério igualmente acéfalo e desnorteado.

Os directores dos estabelecimentos e dos agrupamentos são peças chave para uma escola com sucesso que cumpra os objectivos mas que não enverede pelas loucuras pedagógicas e delírios educativos dos governos, cabe a estas peças chave diluir as más orientações e cabe a estes directores perceber uma coisa que infelizmente a grande maioria não conhece que é zelar pelo bem estar dos seus subordinados, tarefa básica que qualquer cabo de esquadra iletrado de antanho sabia desempenhar, pois parece que na actualidade, apesar das licenciaturas, mestrados e doutoramentos, as chefias intermédias se esqueceram desse detalhe, e nas escolas se vivem verdadeiras situações dignas de figurarem nos anais da subserviência e bufaria dos tempos salazarentos, e queremos nós dar exemplos de democracia.

É importante que a escola seja um local seguro, não apenas do ponto de vista de segurança física, mas intelectualmente seguro, capaz de até de ser desafiado, pois só assim pode crescer e transcender as suas reais capacidades, pois nada disso ou muito pouco se faz nesse capítulo nas escolas de Portugal, onde o paradigma é as chefias seguirem religiosamente os ditames dos ministérios por mais absurdos e descabidos que sejam, mais preocupados que estão os senhores directores e respectivos conselhos executivos em manter os seus lugares e continuar com os seus intelectualmente pequeninos joguinhos de interesses políticos e partidários, e enquanto tal persistir teremos esta escola, que soçobra à onda ideológica de um infeliz e desgovernado ministério.

Resta-nos acreditar que tudo isto não passa de um pesadelo e que de futuro o tino e o bom senso vão imperar, para que a Educação possa ocupar o lugar que deve neste pobre infeliz país que soçobra às mãos de si mesmo, para quem nunca assistiu ao suicídio de um país, olhem bem à vossa volta!

Francisco Pereira

 

 

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