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“A descida dos preços do petróleo pode “exacerbar as tensões sociais em Angola”.

03-04-2015 - circuloangolano

A condução dos destinos do País depois da pacificação com o fim da guerra, realização de eleições legislativas e presidenciais , com as autárquicas adiadas mas prometidas e a diminuição do estado policial e repressivo, é complexo com essas duas vertentes primeiro o desenvolvimento económico e depois o desenvolvimento humano, com os grandes obstáculos como a corrupção galopante e institucionalizada, desvio de fundos, branqueamento de capitais, peculato, parcerias e negócios obscuros, todos os dias nos media nacionais e internacionais os nossos governantes, são notícia sempre pelos piores motivos faz com que o desenvolvimento económico que é real pouco ou nada se repercuta no desenvolvimento humano ,segundo as práticas democráticas, que exigem partidos da oposição, eleições ,sociedade civil, Ongs dos direitos humanos, liberdade de expressão e o não se poder reprimir as críticas ao governo, a policia não poder prender nem invadir as casas das pessoas sem mandato judicial, e não controlar os meios de comunicação porque ao modernizar o país o governo actualmente enfrenta uma nova geração instruída e muito mais informada que não conheceu uma Angola colonizada nem os movimento de libertação e que está ligada ao mundo através dos canais de televisão por satélite e da internet.Tudo isso obriga a um contrato social, tratar as pessoas como cidadãos tendo como primeiro objectivo desenvolvimento económico e social, mas assegurar que a medida que a sociedade progrida e como os cidadãos querem que a liberdade económica se faça acompanhar da liberdade política, tem se estruturar hierarquicamente a sociedade de modo a permitir a emergência de classes económicas diferentes e a transição para uma sociedade moderna em que os direitos do cidadão sejam reais e a justiça seja eficaz e independente. (Comentário CAI)

“A dramática queda nos preços do petróleo está a obrigar alguns países exportadores de petróleo com um limitado espaço orçamental a consolidarem [o Orçamento], o que pode exacerbar as tensões sociais”, disse o economista Rabah Arezki em declarações reproduzidas na CNBC.

De acordo com este órgão de comunicação social, “os tumultos económicos e sociais em países como a Venezuela e a Rússia – principalmente por causa da queda dos preços do petróleo – desviaram as atenções de Angola, um país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que é o segundo maior produtor de África”.

O artigo da CNBC com o título Angola junta-se à Venezuela entre os maiores perdedores com a queda do petróleo’, diz que a situação económica angolana “não é tão má como na Venezuela, mas ainda assim é bastante má”.

Para sustentar a afirmação, os autores exemplificam com a queda de 12% nas exportações, no ano passado, para 24 mil milhões dólares, levando Rabah Arezki e notar que o país enfrenta os mesmos problemas de outros países fortemente dependentes da exportação de uma matéria-prima para equilibrarem os orçamentos e garantirem o financiamento para os programas sociais e para os investimentos públicos.

Tal como na Venezuela, a crise do petróleo levou a moeda angolana a sofrer uma forte desvalorização nos últimos meses, perdendo terreno face ao dólar, com implicações significativas ao nível da política orçamental e monetária.

“Outros países exportadores de petróleo com mais folga orçamental podem decidir acondicionar o choque usando ‘almofadas’”, acrescenta o especialista do FMI, notando que o panorama é ainda mais preocupante no caso dos países que são importadores líquidos de petróleo.

Apesar da situação diferente, as escolhas políticas que o governo angolano e venezuelano vão ter de fazer são igualmente difíceis, afirma um professor de Economia e Políticas Públicas na Universidade Claremont McKenna.

“É aqui que as coisas se tornam mesmo difíceis, decidir quais os aspetos do Orçamento que vão ter de ser cortados”, diz William Ascher, notando que é preciso definir quais são as partes do setor público que vão ser cortadas, e quais os segmentos da população que vão ser mais afetados.

“É uma questão de distribuição, logo, é uma questão política”, a que se junta o problema de aumento do custo dos empréstimos, dado que os investidores percecionam o aumento das dificuldades em servir a dívida, e consequentemente aumentam os juros exigidos para emprestar dinheiro.

O dólar norte-americano disparou mais de 10%, face ao kwanza angolano, nos últimos seis meses, acompanhando a escassez de divisas devido à quebra nas receitas petrolíferas e com reflexos no custo de vida.

Segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA) compilados hoje pela agência Lusa, no início de outubro de 2014, antes do agravamento da quebra da cotação internacional do barril de crude, cada dólar norte-americano – moeda utilizada nas transações com o exterior e no mercado interno informal – valia 98,511 kwanzas, o que compara com os atuais 108,513 kwanzas.

Trata-se da taxa oficialmente registada pelo BNA a 27 de março, equivalente a uma subida de 10% em apenas seis meses, mas ainda longe dos valores praticados no mercado informal.

Conforme a Lusa constatou hoje, cada nota de dólar estava a ser transacionada nas ruas de Luanda a mais de 150 kwanzas – recurso devido às limitações no acesso a divisas que continuam a existir nos bancos comerciais -, ainda assim abaixo dos máximos de 200 kwanzas (para comprar cada dólar) de janeiro e fevereiro.

Em 2014, até ao mês de outubro, a venda de cada dólar cifrou-se sempre em menos de 100 kwanzas.

A situação reflete-se, no dia-a-dia, no aumento dos preços (reconhecido pelas autoridades angolanas), com o argumento da grande dependência angolana das importações. Transações que são feitas em dólares e que, por isso, estarão agora mais caras, face ao kwanza, afetando nomeadamente produtos alimentares.

Alguns economistas têm defendido a necessidade de o executivo angolano avançar para uma desvalorização da moeda nacional, para atenuar a subida da moeda estrangeira, medida que já foi reclamada pelos próprios empresários.

O petróleo representou cerca de 70% das receitas fiscais angolanas em 2014, mas a quebra da cotação internacional do barril de crude deverá fazer descer esse peso, segundo o Governo, para 36,5% em 2015 e já obrigou à revisão do Orçamento Geral do Estado para este ano.

Entre 23 e 27 de março, através dos habituais leilões semanais, o BNA vendou aos bancos comerciais 300 milhões de dólares (276,8 milhões de euros) em divisas, montante idêntico ao da semana anterior.

O chefe de departamento de ‘commodities’ (mercadorias) do Fundo Monetário Internacional considerou hoje, em declarações à estação de televisão norte-americana NBC, que a descida dos preços do petróleo pode “exacerbar as tensões sociais em Angola”.

De acordo com este órgão de comunicação social, “os tumultos económicos e sociais em países como a Venezuela e a Rússia – principalmente por causa da …

Trata-se da taxa oficialmente registada pelo BNA a 27 de março, equivalente a uma subida de 10% em apenas seis meses, mas ainda longe dos valores praticados…

 

 

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