Angola: Oceanos são uma das chaves para o desenvolvimento económico do planeta
27-03-2015 - Angop
Luanda - Os oceanos constituem uma das chaves para o desenvolvimento económico do planeta porque constituem 90 porcento do comércio mundial, ligação de pessoas, mercados e recursos marinhos, disse hoje (quarta-feira), em Luanda, a secretária de Estado para as Pescas, Maria Nelumba.
A secretária, que falava na abertura da primeira conferência continental sobre a promoção e desenvolvimento das mulheres marinhas africanas, que decorre sob o lema “ Rumo à economia azul em África, promoção de oportunidade de trabalho no aumento de participações no desenvolvimento do sector marinho”.
Segundo Maria Nelumba, para que os oceanos continuem a contribuir para o desenvolvimento económico mundial, deve-se tornar os mesmos em um lugar de segurança e de sustentabilidade de toda a humanidade principalmente no continente africano.
O empenho das mulheres marítimas no contexto da economia azul em África, prosseguiu a secretaria, tem por objectivo apoiar a longo prazo o crescimento sustentável da indústria pesqueira e marítima, reconhecendo a importância dos mares e dos oceanos enquanto motores da economia africana com grande potencial para a inovação e para o crescimento.
Para permitir o crescimento do sector marinho e marítimo é necessário tomar mediadas específicas em politica marinha integrada, através do conhecimento do meio marinho a fim de garantir uma gestão eficaz e sustentável das actividades no mar e da vigilância marítima integrada para dar aos responsáveis uma melhor imagem do que se passa no mar.
“ A realização de abordagens específicas por bacia marítima permite assegurar a combinação de medidas mais adequadas para promover um crescimento sustentável que tenha em conta os factores climáticos, oceanográficos, económicos, culturais e sociais locais, preservando de forma sustentável os ecossistemas marinhos e os seus recursos vivos”, disse.
Para Maria Nelumba, é urgente promover a formação e capacitação das mulheres marítimas a nível nacional e regional para que progressivamente se possa inserir na economia azul em África.
“Angola é um dos países onde se desenvolve crescente competição para a exploração dos recursos naturais. É um dos países africanos que mais valoriza a participação da mulher na vida pública e na vida das mesmas nos mares não podia ser diferente”, acrescentou a secretária.
A secretária disse que é necessário que as mulheres marítimas mobilizem uma grande campanha e combate à cegueira marítima, visando despertar os poderes públicos e a sociedade africana em geral para as potencialidades que o mar oferece.
A Associação das Mulheres Marítimas, Portuárias e Actividades Conexas (Ammpaca) foi criada em Abril de 2014 e surge em resposta à directiva da Organização Marítima Internacional (IMO) para a promoção e alargamento da participação da mulher na indústria marítima e no sector marítimo global quer no domínio publico como privado.
Fonte: Angop
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