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O Medo de Passos e de Rajoy

06-03-2015 - Eduardo Milheiro

É mais que óbvio que Passos Coelho e Mariano Rajoy são os responsáveis pelo que Tsipras chama de “Eixo Portugal Espanha”, por serem os principais opositores, no seio da União Europeia e do Eurogrupo, às reformas pretendidas pelos Gregos.

E é tão simples quanto isto: não é preciso ser catedrático da ciência política para ver e saber que o que Passos e Rajoy querem é o fracasso da política do Syriza no governo da Grécia, pois seria mais uma forma de atacar nos seus países os partidos da oposição.

Vejamos no caso de Espanha, o PODEMOS, irmão do Syriza Grego, cujo objectivo seria impedir a sua ascensão ao poder e ser Governo em Espanha nas próximas eleições, daí as posições destes dois governos de Direita da Península Ibérica, numa atitude descarada e mais ainda, concertada, tal é o desespero de quem tem os dias contados.

O caso Espanhol é claro como água e em Portugal?

Em Portugal, a confusão é grande, com o maior partido da oposição, o Partido Socialista e o seu secretário-geral, António Costa, todas as semanas a darem tiros nos pés. Não se pode esperar nada de bom, o que é mostrado pelas sondagens coloca o PS e a coligação PPD/CDS praticamente empatados.

Na Esquerda, a confusão cada vez é maior, tendo-se chegado ao ponto de como está a fazer Joana Amaral Dias, de sair do “Junto Podemos” e criar o “Agir”, dividindo a esquerda (?), é isso mesmo que está a acontecer, como se para a esquerda o alvo a abater fosse o Bloco de Esquerda, porque toda esta gente fez parte do Bloco, como o Livre, o Junto Podemos, agora o Agir, o que sem dúvida nenhuma deixa o Passos Coelho e o Paulo Portas a rirem-se desta oposição, em que alguns fazem o trabalho da Direita.

Justifica-se, assim, a posição de Portugal e Espanha contra a Grécia, porque em Espanha já é certo um partido irmão do Syriza, o Podemos, é já uma certeza que vai ser discutida para ser Governo com as restantes forças políticas Espanholas. Em Portugal, será diferente, pois a esquerda irmã do Syriza, ou seja, o Bloco de Esquerda, não me parece que possa desempenhar esse papel.

Tendo em conta o aparecimento do PDR de Marinho Pinto e antevendo um bom resultado eleitoral - ainda que tenhamos que aguardar pelo programa, no sentido de se analisar melhor as suas propostas – este nunca será um partido de Direita, considerando a sua Declaração de Princípios. Excluindo inclusivamente qualquer aliança com o CDS, conforme anunciado pelo seu líder, muita coisa poderá mudar no xadrez político de forma a correr com a coligação PPD/CDS no poder, remetendo-os para os antípodas das forças reaccionárias que nos últimos quatro anos governaram Portugal, ficando deste modo, sem voto na matéria.

Por isso, acerca do que o PPD e o Partido Popular de Mariano Rajoy possam dizer sobre a situação grega, Alex Tsípras afirmou que o que estes últimos querem é o fracasso das negociações gregas com o Eurogrupo e só falta prometerem que se isso acontecer vão a Fátima a pé.

Pobres de espírito e fracos políticos, mas o seu destino está traçado, serem enviados para a oposição, mas coitados, nem isso sabem fazer, podem fazer oposição como já fizeram, mas com aldrabices enganando os povos a que pertencem, vendendo gato por lebre.

Eduardo Milheiro

 

 

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