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“LIVRE” livre para quê?

22-11-2013 - Eduardo Milheiro

Surgiu no último fim-de-semana um novo partido de nome LIVRE, inspirado por Rui Tavares, deputado no Parlamento Europeu, eleito nas listas do Bloco de Esquerda, do qual se desligou ao fim de algum tempo, passando a integrar o grupo do Verdes no dito parlamento. Este partido tem também a colaboração de José Sá Fernandes e Joana Amaral Dias, dissidentes do Bloco de Esquerda.

Na minha opinião vai ser um partido que pelas ideias expressas pelo seu principal fundador não nos traz nada de novo: uma frente progressista que devolva ao país a realidade da Constituição, com um rumo claro, o das convergências abertas e transparentes à esquerda. Disto já ouvi vezes sem conta, para além disso a presença de gente do Partido Socialista, não me deixa pensar que alguma coisa de diferente vá acontecer com esta nova formação partidária. Rui Tavares diz o que centro da esquerda, não está ocupado pelo PS, eu digo que está o centro esquerda e centro direita ocupado pelo PS.

O que esperar de um partido que defende Liberdade, Esquerda, Europa e Ecologia e não defende a saída do euro, é mais um erro de análise aos problemas concretos de Portugal. Este partido está a ser criado para ser a possível muleta do PS, como o CDS é para o PSD. Portanto caros amigos, nada de novo no horizonte, tudo vai ficar na mesma, os Portugueses e Portugal não é disto que precisam, precisam de um partido que rompa com o EURO e que diga que podemos ficar na Europa, mas com as nossas condições de País soberano, e pagarmos o que devemos com tempo e com justiça. Será que só a Alemanha, derrotada na guerra, acabou de pagar a sua dívida em 2010? (Pagou digo eu, porque a Grécia reclama 162 mil milhões de euros que diz nunca terem sido pagos!)

Precisamos sim de um partido que no início do seu manifesto diga logo que a saída do euro é o principal objectivo dessa nova formação, que possa agregar os portugueses descontentes com o Euro e a Europa e que não se revêem nos partidos de esquerda existentes, tem de ser algo de novo que rompa com o status quo existente.

Por isso, não me parece que venha deste novo partido nada de novo para a política, deverá ser mais um lugar para os ressabiados partidários, gente que saiu dos partidos por não terem os lugares e as benesses que queriam, poderem tentar a sua sorte.

Quando vir escrito no manifesto de algum partido, de esquerda, a saída do Euro, esse vai ser o meu partido.

Eduardo Milheiro

 

 

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