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Boas Festas

02-01-2015 - Henrique Pratas

Cumpriu-se mais um ritual patético de apresentação de Boas Festas do Presidente da República ao Governo e à Presidente da Assembleia da República.

Patético porque se tiveram oportunidade de assistir ao discurso ou a parte dele porque já ninguém aguenta ouvir tanta palermice, repararam em duas coisas no discurso do Presidente da República e no da Presidente da Assembleia da República.

No da segunda personalidade ouvimos que há sempre um tempo para o tempo e não passámos disso, pudera a senhora está reformada por invalidez, por razões de ordem psíquica pelo Tribunal Constitucional e olhamos para isto e perguntamos é este o sentido de Estado, fala, fala mas não diz nada, a linguagem utilizada é inatendível, ninguém percebe o que ela quer dizer, nem ela se calhar.

No que concerne ao Presidente da República, ouvimos mais do mesmo e como não sabíamos, manifestou todo o apoio ao Des) Governo na continuação da implementação das medidas que tem vindo a tomar, quer dizer há que matar os pobres de vez e os ricos ficam cada fez mais ricos, o pior vai ser quando estes precisarem de alguém para fazer alguma coisa, atendendo a que os mesmos não sabem fazer rigorosamente nada, não vão encontrar ninguém que lhes faça nada.

Logo inferimos que o ano de 2015 vai ser “brilhante” os pobres vão ficar cada vez mais pobres, se é que isto é possível, o desemprego vai aumentar, a função do Estado vai diminuir ou reduzir-se à sua ínfima expressão como desejam, vai ser o salve-se quem poder, o compadrio vai aumentar e o País vai continuar a afundar-se.

Não bastava isto o Presidente da República que é lesto para umas coisas e para outras não, assinou ontem o diploma que permite a alineação da TAP em 66% numa primeira fase e gradualmente o resto seguirá a sua trajetória até atingir os 100% e lá ficamos nós amputados de mais um sector chave, estratégico que deveria permanecer na alçada do Estado e de venda em venda lá vão cantando e rindo e nós a chorarmos pelos cantos e a pensar o que é vai ser de nós, como isso não bastasse o Presidente da República num outro evento nesta semana afirmou que ainda não chegou o tempo de acabar com as medidas impostas, há que continuar com as politicas de reduzem o poder de compra e consequentemente do rendimento de quem trabalha, pudera ele tem um nível de rendimentos que lhe permite fazer estas afirmações e ninguém lhe pede responsabilidades, ou de uma forma mais violenta lhe dá uma paulada pelas costas a baixo com um pau de marmeleiro para pensar antes de dizer as coisas.

Para mim esta foi mais uma afronta aos trabalhadores portugueses e aos portugueses em geral mas ele foi eleito por alguém, não está no lugar que ocupa por geração espontânea, quem teria sido, socorro-me do livro “ Frei Luis de Sousa” escrito por Almeida Garrett e ouço ao longe a resposta “ ninguém”, como ninguém apesar de a manhã estar enevoada como que à espera de um D. Sebastião que um dia há-de voltar de Alcácer-Quibir, leva tempo mas vai voltar, esperem sentados, alguém elegeu o homem como Presidente da República ou será que foram os mortos que o elegeram.

Não foram certamente, as pessoas têm ilusões ou deixam-se iludir eu não compreendo porquê mas é a única explicação que encontro, só gostaria que doravante quando exercessem o vosso direito de voto pensassem no que é melhor para vocês e para o País, ou em alternativa assumam as vossas responsabilidades de cidadania.

Lisboa, 24 de dezembro de 2014

Henrique Pratas

 

 

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