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NATAL

02-01-2015 - Henrique Pratas

Ontem uma amiga do facebook de nome Luísa Demérito Raposo, escrevia o seguinte a propósito do Natal e passo a transcrever: “ Para mim o Natal é a festa mais hipócrita de todas as que se celebram ao longo do calendário anual, a mensagem é clara, união das famílias, amizade e que deve ser perpetuada ao longo de todos os dias, sempre e não um comércio, uma hipocrisia onde normalmente se tenta a horas o que não se é ao longo do ano inteiro. Abomino.”

Em primeiro lugar apresento, as minhas desculpas à Luisa porque estou a utilizar uma citação dela sem lhe ter solicitado autorização mas julgo que ela não se irá importar se porventura ler este texto.

Quando recebi esta mensagem li-a pelos menos duas vezes não queria acreditar há alguém que pensa como eu, afinal não vou neste barco sozinho, tanta almoço de natal nas empresas, nos organismos, de “amigos” que durante os 364 dias do ano se tratam mal não são solidários e chega um dia e acordam para a realidade falsa de se lembrarem que os amigos existem, que nas empresas existem trabalhadores, que as relações entre as pessoas devem ser diferentes, solidárias, fraternas e presentes quando é necessário, apenas se lembram disto num simples dia do ano.

Como ela escreveu e bem que HIPOCRISIA, tão grande e dimensões enormes, onde o vil metal se sobrepõe aos afetos.

Não posso estar mais de acordo com ela, eu também já tinha pensado em escrever qualquer coisa semelhante porque o Natal, para mim é apenas mais um dia e não este processo de comércio desenfreado e ouço nas notícias que cada português gastou em média mais não sei quantos milhares de euros relativamente ao ano anterior, vejo cabazes de natal que custam 1 milhão de euros e questiono é isto a felicidade, a solidariedade, a fraternidade, o amor ente os HOMENS?

Cada vez entendo menos o que se passa com a sociedade em geral, está tudo abardinado, não sei se palavra existe mas costumo utilizá-la para descrever situações como esta, volto a perguntar onde é que ficam os afetos?

Não tenho nada a ver com isto, entendo que o Natal é quando um homem quiser, por isso e por outras coisas mais não ligo rigorosamente nada a este Natal que inventaram, que em meu entender é mais um produto desta sociedade consumista que impulsionam as pessoas a comprar qualquer bugiganga para oferecer a pessoas que não vêm, não falam, nem querem saber durante o resto dos dias do ano.

Na bastava o Natal vem logo o Ano Novo, onde as pessoas são impelidas a divertirem-se, mais uma vez lá vem o negócio, os Casinos, Hotéis organizam passagens de ano, com mais requinte para quem pode pagar e com menos par quem tem que contrair empréstimo para fazer a passagem do Ano, mas perante a sociedade fica bem e as pessoas lá vão, o que é isto, trata-se apenas de um términos de um ano e do inicio de um novo ano, melhor seria que as pessoas pensassem no que aí vem.

Isto para vos dizer que estes dias são dias como os outros e que o carinho e o afeto que sentimos pelos outros se deve fazer refletir e demonstrar durante os restantes dias do ano, basta de HIPOCISIA e sejamos HONESTOS, SÉRIOS, não nos enganemos durante três ou quatro dias, porque passados esses mesmos dias volta tudo à maldita normalidade democrática como é dito por este maldito Des) Governo.

Abram a pestana e enquanto estão distraídos com a celebração do NATAL e da PASSAGEM DO ANO, se está a vender o património mais importante da sociedade portuguesa, como por exemplo a TAP e outras empresas que deveriam ser a coluna dorsal do Estado como sector estratégico que são para o desenvolvimento do País.

Lisboa, 24 de dezembro de 2014

Henrique Pratas

 

 

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