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TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES – TAP

27-12-2014 - Henrique Pratas

Não podia deixar passar em claro o que está a acontecer na TAP, sem pedir autorização a ninguém, sem ideias pré-concebidas ou obediências partidárias gostaria de partilhar convosco o que está em causa na pretensão de privatizar a TAP.

Para mim a TAP é a imagem de Portugal, para onde quer que voem transportam a imagem de Portugal, por isso na minha opinião é importante que se considere este desígnio na decisão de a privatizar, quem será o empresário ou grupo económico que irá ter esta preocupação? Este papel eu meu entender pretende exclusivamente ao Estado, porque com a boa divulgação da imagem de um País que ninguém é capaz de quantificar, mas que eu arrisco afirmar que são certamente muitos euros e com efeitos em diferentes sectores da Economia Nacional.

Não entendo esta pretensão desenfreada em privatizar a TAP a não ser por interesses particulares.

A TAP ao longo dos diferentes anos tem “vendido” a imagem do País através da sua fiabilidade da competência dos seus colaboradores, desde o pessoal aéreo até ao terrestre, passando pela qualidade da sua manutenção função essencial para a garantia dos seus aviões, todo este trabalho desenvolvido ao longo dos anos culminou que a TAP, fosse a companhia de bandeira do nosso País e simultaneamente a companhia aérea onde quem viaja normalmente e quando disponíveis os locais de voo constitua a primeira opção de escolha.

Nos últimos tempos os diferentes Governos e gestores da TAP tudo têm feito para desacreditar a mesma através de medidas que nada têm de técnico mas sim de interesses político-económicos, desmotivaram os seus trabalhadores, todos sem exceção, dividiram-nos, descuidaram a manutenção dos aviões o que como têm conhecimento provocaram episódios caricatos e impensáveis há uns anos atrás, tudo isto porque as medidas que pretenderam implementar na TAP levaram a que pessoal tripulante, da manutenção e de outras áreas procurem-se outras empresas onde pudessem exercer as suas funções sem estes tumultos, todavia há que dar honra aos que permaneceram na empresa e que lutam para a que a mesma não seja privatizada.

Gostaria de vos alertar para outros exemplos na Lufthansa companhia de bandeira da Alemanha, alguém questiona que a mesma deva ser privatizada, a SAS. Scandinavian Airlines alguém questiona a sua privatização, na VARIG, alguém faz a mesma coisa, na IBERIA, e noutras tantas que me excursarei de numerar, porque certamente as conhecem e nós queremos ser o pioneiro na pior das decisões, mas que raio de Des) Governo é este, isto é perfeitamente inoportuno, inaceitável, indesejável e inqualificável.

Em vez de estarem preocupados com a privatização da TAP deveriam era estar preocupados em desenvolver e manter a empresa, porque como já referi a anteriormente a TAP quando voa para qualquer país de Continente leva consigo o nome de Portugal e dar a conhecer que o País existe e isto em meu entender não tem preço é inquantificável mas é certamente um contributo para Economia portuguesa bastante relevante, importante e com um retorno financeiro bastante significativo. Há que considerar a qualidade dos serviços de manutenção da TAP que foram reconhecidos internacionalmente, como sendo de excelente qualidade, levando até muitas companhias de navegação aérea internacionais a enviarem os seus aviões para que a manutenção dos mesmos seja feita em Portugal e não nos seus países ou noutros, a Boeing reconheceu a excelência dos serviços de manutenção aérea portugueses.

Não entendo por mais que me expliquem, porque é que querem privatizar a TAP, então vamos deixar cair o que temos de bom e da chamada excelência que tantos falam mas pelos vistos poucos desejam, não faz sentido nenhum é uma medida perfeitamente irracional e sem qualquer tipo de sustentação técnica credível, afigura-se-me como mais uma negociata nublosa e tortuosa.

É perfeitamente inadmissível, inoportuno, indesejável, fora de contexto, irracional, diria mesmo um crime de lesa Pátria o que pretendem fazer na TAP.

Termino questionando depois de venderem a TAP o que á que vão privatizar o Palácio de Belém, a residência oficial do Primeiro-Ministro, a Assembleia da República, o Tribunal Constitucional, os diferentes Tribunais de Justiça espalhados pelo País, deixem-se de brincadeiras e preservem para o Estado os sectores chave da economia sem eles um País da nossa dimensão não vai a lado nenhum, ponham os olhos nos Países nórdicos e vejam se o Estado abre mão dos sectores que são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento de um País.

Lisboa, 23 de dezembro de 2014

Henrique Pratas

 

 

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