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Poderes Discricionários

12-12-2014 - Henrique Pratas

Como cidadão isento que tento ser e livre tenho assistido a episódios na nossa sociedade que me fazem olhar para ela com maior desconfiança e escrevo-lhes por exemplo nas situações que envolvem o ex- primeiro-ministro e o caso BES, família Salgado.

Não entendo porque é o que o primeiro está em prisão preventiva e aos outros a mesma medida de coacção não foi aplicada na mesma medida, apenas porque têm dinheiro com fartura e podem pagar cauções e nem sequer lhes foi colocada a hipótese de ficarem em prisão preventiva.

São estas medidas que não entendo na justiça, ao primeiro a medida aplicada foi mal explicada mas alegaram perigo de fuga e aos segundos não há perigo de fuga? Tendo o capital que têm disseminado pelo Mundo inteiro querem melhor justificação para dar à sola, como se diz em português corrente. Não entendo.

Até prova em contrário os actos praticados pelo ex-primeiro-ministro ainda não estão provados e até prova em contrário, permanece inocente a invocação do perigo de fuga, afigura-se-me como uma decisão politica mais do que uma decisão judicial, existem mais contornos que não posso escrever mas os motivos que o levarão a ficar na prisão foram outros que não aqueles que são imputados, mas outros colaterais.

Na minha opinião os actos praticados pela família Salgado são de uma gravidade imensa tanto mais que envolve não só a família, mas também as empresas das quais são detentores e consequentemente os trabalhadores que integram as mesmas, trata-se de um crime económico que põe em risco não só a estabilidade do País, mas também como já mencionei anteriormente os trabalhadores que construíram as empresas agora afectadas, querem pior do que isto.

Volto à mesma, as duas situações são graves, mas a segundo tendo em consideração as consequências para o País e para as famílias que lá trabalham afiguram-se-me como mais graves, logo não entendo as medidas de coacção que foram aplicadas, mas há tanta coisa que não entendo esta é mais uma.

Não pretendo branquear nenhuma delas entendo que se deve apurar a verdade e a culpa não deverá morrer solteira como sempre, mas entendo que as medidas de coacção estão desajustadas pelas razões que já invoquei, a não ser que existam outras intenções por de trás de tudo isto e a existirem então a situação é muito mais grave.

Lisboa, 10 de dezembro de 2014

Henrique Pratas

 

 

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