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VERGONHA/DECÊNCIA

05-12-2014 - Henrique Pratas

Há muito tempo, que no País onde vivemos as palavras que utilizei para dar intitular este texto deixaram de existir nas práticas e desapareceram praticamente do dicionário.

Utilizando uma fonte de definição de conceitos entende-se por vergonha como sendo uma condição psicológica e uma forma de controlo religioso, político, judicial e social, consistindo de ideias, estados emocionais , estados fisiológicos e um conjunto de comportamentos, induzidos pelo conhecimento ou consciência de desonra, desgraça ou condenação .

O terapeuta John Bradshaw conceitua a vergonha como a " emoção que nos deixa saber que somos finitos".

Não gosto muito de definições mas socorri-me de um manual para poder reproduzir o conceito que vos trago à liça, é uma definição muito simples, como eu gosto, poderia ter ido procurar conceitos mais elaborados, mas na minha opinião não vale a pena a solução está nas coisas simples.

O sublinhado é da minha responsabilidade se “descascarem” o que está implícito em cada um dos conceitos enunciados, chegamos a um conceito de postura que se deve ter na vida que praticamente ninguém tem ou pratica. Perdeu-se a honra, a palavra, os Homens, pautam-se agora por outros princípios que outrora, constituíam os princípios básicos de um cidadão livre, honrado e de cara lavada, como aprendi com os meus avós, amigos do meu pai, HOMENS, que tive oportunidade de conhecer e que incutiram os valores referidos.

Aprendi com gente humilde, a maior parte deles cavadores, trabalhadores rurais, lá estou eu a voltar às memórias, mas quando faço alusão a estas pessoas com quem tive o privilégio de crescer e de aprender, gente humilde como lhes escrevo mas ciente e conscientes dos valores que defendiam e faziam gáudio de praticar.

Hoje lamentavelmente as pessoas trocaram estes valores por automóveis, dinheiro, coisas, objetos, trocaram os valores morais por OBJETOS, o ter ou a ostentação não significa rigorosamente nada, o que conta é o que as pessoas são de facto.

A propósito introduzo uma declaração do Presidente da República Portuguesa no Dubai, sendo uma País Islâmico, onde os homens têm um harém, pronuncia-se sobre o que resta para vender em Portugal e acrescenta que também temos mulheres bonitas. Ainda estou revoltado com esta declaração, o que é isto é um homem de Estado que pronuncia estas palavras, ao princípio não queria acreditar, tive que ver a peça jornalística de novo, afinal era verdade tenha percebido bem, fiquei incrédulo e continuo e vou explicitar o que o senhor Presidente da República disse de uma forma perfeitamente inusitada, lá em Portugal temos umas mulheres para vender.

Eu fiquei com vergonha do que o Presidente da República, pensei logo na interpretação que os outros Países iriam pensar sobre as declarações. Portugal é uma casa de passe, voltamos ao tempo do Salazar em que éramos conhecidos pelo País dos 3 P’s, Prostitutas, Padres e Homossexuais (a palavra correta começa por P e acaba em eiros), desculpem não a escrever mas facilmente vão lá chegar e apresento desde já as minhas desculpas por não ter escrito a palavra correta por que a vergonha e a decência impedem-me de a escrever.

Já agora a propósito de decência que é outro valor que perdemos, apresento uma pequena definição para que coletivamente possamos pensar nas palavras que dão o título a este texto.

Se consultarmos um dicionário e procurarmos a palavra decência vamos encontrar o seguinte , respeito aos bons costumes; reserva; honestidade; dignidade nas maneiras, na linhagem. Pundonor.

Associado e como sinónimos encontramos as palavras: decoro , dignidade , honestidade , honradez , integridade , probidade , pudicícia , rectidão , respeitabilidade e seriedade .

Ora meus caros é simples as palavras os conceitos estão plasmados neste texto porque é que não envertemos a tendência e começamos a praticar mais os actos que aqui estão consignados em troca dos bens materiais, da opolência, do abuso, do desrespeito, da prepotência, da importância que muitos dos nossos Des) Governantes, aparentam ter mas não têm isto é tudo mentira andamos a brincar ao faz de conta e isto certamente não vai dar bom resultado, acho que já há muito tempo as PESSOAS, deviam ter tomado em si a mudança das linhas de rumo, mas como não o fizeram, aqui fica o meu desafio e é melhor começarmos já hoje porque ontem já era tarde.

Façam o favor de ser felizes.

Lisboa, 03 de dezembro de 2014

Henrique Pratas

 

 

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