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Políticos, corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal

28-11-2014 - Eduardo Milheiro

Eu gostaria de acreditar que estes tipos de afirmação ou comentários não têm fundamento, seriam mentira, mas não posso e não posso porque cada vez mais acredito nas evidências e em como tais afirmações são verdadeiras.

Poderia aqui elencar uma infindável lista de nomes, de pessoas que eram antes umas “tesas”, sem profissão, outras que nunca trabalharam a não ser na política, sem grandes rendimentos e que hoje, pasmemo-nos, são donos de grandes quantias de dinheiro e de bens imobiliários em todo o Portugal e em muitos offshores.

Construíram casas nas suas terras de origem, compraram habitação nas grandes cidades onde exercem a sua actividade política, montes no Alentejo e no Ribatejo, casas de férias principalmente no Algarve, sendo que os ordenados de político não chegam para isto tudo, já nem sequer contando com os carros de topo de gama que possuem, nem com as despesas de colégios particulares onde a grande maioria tem os filhos a estudar.

A minha grande dúvida é que o que se tem visto nos últimos dias no combate contra a corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, se será o Estado de Direito a funcionar ou se são puras manobras de distracção ou revanches políticas de alguns sectores da sociedade portuguesa, porém, quero acreditar que é o Estado de Direito a funcionar e a justiça a querer limpar o País deste tipo de gente que a confirmarem-se os crimes de que são indiciados serão os principais causadores do estado miserável a que chegou o nosso País.

Todavia, tenho muitas dúvidas quando vejo o circo mediático que foi montado à volta desta detenção e principalmente com uma estação de televisão a filmar em directo a detenção de José Sócrates. Isto não pode, nem deve acontecer. Existiu uma fuga de informação da parte da justiça? Será que o segredo de justiça é só para advogados e cidadãos e que os intérpretes da justiça são imunes à lei? É que uma informação destas só pode ser divulgada por quem está no processo.

Eu quero uma justiça baseada no Estado de Direito e não uma justiça justicialista em que os cidadãos são condenados na praça pública antes do seu julgamento em tribunal.

Exemplos precisam-se, a ver vamos, sendo que o povo diz que “onde há fumo há fogo”, esperemos que não sejam só granadas de fumo.

Eduardo Milheiro

 

 

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