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ADIÇÃO

14-11-2014 - Henrique Pratas

Eu não sou nada contra o desenvolvimento tecnológico, antes pelo contrário acho que o mesmo faz parte integrante de um País, só quanto à sua utilização defendo que o mesmo deve ser feito em momentos adequados e de forma útil e que satisfaças as necessidades das pessoas.

Ontem ao final do dia vi num dos canais da televisão, no jornal das 20 horas uma peça jornalística que me deixou incrédulo.

A peça falava da “intromissão” das novas tecnologias na novas tecnologias na vida das famílias e então numa reportagem vi e ouvi que famílias inteiras que ocupam o mesmo espaço, comunicam através de telemóveis inteligentes, quero dizer o pai está na sala e tem uma telemóvel para comunicar com a mãe que está na cozinha, as filhas que ocupa também o mesmo espaço estando nos quartos comunicam com os pais através da mesma via.

Eu que tenho uma imaginação muito fértil imaginei logo o pai a mandar um SMS para a mãe a perguntar se o almoço já está pronto, os pais a enviarem SMS para as filhas a perguntarem se já estudaram ou se está tudo bem, acho isto perfeitamente ridículo, então as pessoas já começaram a perder a faculdade de poder falar entre elas, oralmente sem apoio das novas tecnologias?

Isto está a ficar tudo doido ou então é a lei do menor esforço, não entendo esta atitude porque entendo que as novas tecnologias devem ser usadas com parcimónia e com a utilidade adequada às necessidades, entendo que estamos a ultrapassar os limites de tudo, do bom senso da razoabilidade e simultaneamente a destruturar famílias e pessoas, para mim é grave o que está a acontecer.

Por este andar podem estar duas pessoas lado a lado na via pública e em vez de comunicarem verbalmente e se olharem olhos nos olhos, fazem-no através do telemóvel, querem situação mais ridícula do que esta, as novas tecnologias devem estar ao serviço de quem as utiliza e não estas dominaram e determinarem avida das pessoas, está a acontecer uma inversão de funções e perca de valores.

O que vi e ouvi para mim soa-me muito mal, não falta motivos para que as famílias se destruturem, quanto mais as inovações tecnológicas introduzidas.

Ao que estamos a chegar, estamos a perder valores, capacidade de comunicar, de interagir, de expressar afetos, entendo que estes se expressam ao vivo, a cores e pessoalmente é isto que nos diferencia dos outros seres irracionais, mas acho que nos estão a conduzir para uma irracionalidade total, será esta uma medida imposta por alguém para nos distrairmos do que é importante para a nossa vida.

Poderão achar que sou conservador não o sou de facto, mas acho que há limites para tudo e entendo que a razoabilidade, o bom senso é necessário em todos os atos da nossa vida, para onde caminhamos ou nos querem enviar?

Em princípio sou contra qualquer tipo de adição ou dependência como queiram, acho que temos vontade própria e que devemos pautar a nossa vida por vontades próprias, sem vícios existe sempre um meio-termo para tudo, não nos podemos deixar arrastar por vícios que nos levam a situações extremistas e perca de qualidade de vida afinal somos PESSOAS.

Lisboa, 02 de novembro de 2014

Henrique Pratas

 

 

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