ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
12-09-2025 - Joaquim Jorge
Em Portugal existem 159 cidades e possui 308 municípios ou concelhos. O número de cidades e municípios é diferente, pois nem todos os municípios têm cidades no seu território. Por exemplo, existem concelhos que não possuem nenhuma cidade, o caso do concelho de Odemira, Alcácer do Sal, Vila Flor, etc.
Por outro lado, alguns concelhos têm toda a sua população residindo em cidades, como é o caso de Porto, Lisboa, Funchal, Porto Santo e São João da Madeira.
Gaia nem toda a população reside na cidade, tem uma população diversificada com áreas rurais.
Nestas eleições é importante, começar a ter um olhar lúcido sobre as nossas cidades, a tirar conclusões lógicas e irrefutáveis. A ecologia tem que se tornar uma preocupação capital. As cidades têm que ter um desenvolvimento sustentável.
Muitos de nós temos que nos tornar homo politicus e nestas eleições autárquicas envolvermo-nos e interessarmos-mos activamente pela nossa terra na busca do bem comum.
Estas eleições autárquicas devem ser contra a nossa idiota ingenuidade, dos engodos disfarçados de iscos e de máscaras.
Uma cidade tem que ser democrática e inteligente, de inovação democrática e construir um modelo de cidadania.
As cidades têm que utilizar -smartcitizens – cidades concebidas para o cidadão como cliente consumidor.
A democracia não se pode reduzir à sua dimensão representativa. É preciso outros pilares: deliberação e participação na tomada de decisões.
Temos que nos libertar de uma sociedade burocrática.
A maior parte das decisões estão tomadas em petit comité.
Propor activar a imaginação política para uma nova concepção e criação das pessoas: pensar e deliberar sobre o significado que outorgamos aos bens que são de todos.
Transparência dos procedimentos assumidos.
Um político tem que ser um funcionário público ao serviço do bem público.
O nosso tempo não se compadece com grandes paixões partidárias.
A democracia está transformada num sistema formal e subsidiário gravemente deteriorado pela acção de um poder não eleito (económico e não só), que é o que realmente toma as decisões de fundo.
Há uma necessidade de decência pública e uma cultura dos limites.
Nunca nos devemos contentar com o que nos dizem. Devemos averiguar se é verdade, saber se é a única verdade e compará-la com a verdade dos outros.
Muitos saíram do poder de uma forma menos boa. Uns, o partido não os quis, outros, por escândalos, outros, por perderem eleições, etc..
A muitos políticos falta humildade e grandeza, envaidecidos por protagonismo e deslumbramento, são incapazes de retirar-se com discrição e para segundo plano.
A política deve impor galhardamente princípios éticos, ódio ao luxo, espectáculos desonestos, excesso de rigidez, teimosia e idealismo importuno.
Joaquim Jorge
Fundador do Clube dos Pensadores
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