IMIGRAÇÃO E MIGRAÇÃO ILEGAL
04-07-2025 - Francisco Garcia dos Santos
Antes de mais há que destrinçar o que é “imigração” e “migração”.<br>
No caso da imigração, supostamente legal, a mesma significa que alguém muda do seu local de nascimento e ou residência para outro, independentemente dos motivos -esta tanto pode ocorrer dentro de um espaço geográfico comum, como por exemplo dentro do mesmo país -caso de muitos alentejanos, beirões do interior e transmontanos que nas décadas de 1950,´60 e´70 do Séc. XX rumaram das suas terras de origem para a hoje Área Metropolitana de Lisboa (que inclui a Península de Setúbal) por motivos económicos; e a emigração de portugueses para, desde o Séc. XV para África, Oriente e Brasil, passando por meados do Séc. XIX e finais do mesmo e início do Séc. XX para o Brasil e América do Norte, até aos dias de hoje de jovens altamente qualificados em termos académicos, ou não, têm vindo a abandonar Portugal, quer para outros da Europa ou das Américas pelos mesmos motivos.
Já no caso da migração (conceito que latu senso intégra a imigração e a emigração), tal como hoje a entendemos strictu senso, é ilegal, ou seja, pessoas que pelos mais diversos motivos, sobretudo oriundos de África, Próximo e Médio Oriente, bem como Industão ou Península/Subcontinente Indiano, e até da China, procuram países do designado Ocidente (América do Norte -neste caso idas das Américas Central e do Sul- e Europa nórdica e ocidental) não cumprindo ou respeitando a legislação migratória dos países de destino.
A maioria dos migrantes são vítimas de grandes redes internacionais de auxílio à imigração ilegal, muitas delas disfarçadas de Organizações não Governamentais (ONG), que até recebem milhões de Euros da União Europeia por cada migrante pseudo refugiado e completamente indocumentado que alegadamente “salvam da morte” no Mar Mediterrâneo. Estas ONG, que até cobram milhares de Euros aos ditos “refugiados” para os transportarem primeiro em pequenas embarcações rumo à Europa, mas que os deixam “à sua sorte” no meio do mar, ou perto das 12 milhas náuticas/22,2 kms terrestres das águas territoriais dos países de destino para depois, mediante embarcações de médio e grande porte os “salvarem” e levarem aos portos de mar dos mesmos -mas tal também sucede por via aérea, sobretudo de países africanos subsaahrianos e Brasil para Portugal. Porém, é bom que se saiba que, na sua esmagadora maioria, tais migrantes não pretendem fixar-se em Portugal, antes aproveitando a até agora laxista legislação portuguesa de “estrangeiros”, ou seja, facilitista de imigração ou migração ilegal para entrarem no Espaço Schengen europeu e se dirigirem para países ricos do mesmo, onde os apoios dos respectivos sistemas de segurança social são bem melhores do que o português -podendo não trabalhar, ter, como soi dizer-se, “cama, mesa e roupa lavada”, para além de uma boa mensalidade para gastos estrictamente pessoais, a qual, dependendo de cada um dos países, é igual ou pouco inferior ao salário mínimo nacional -em Portugal, mais ou menos, ronda os 500,00 €, quando a grande maioria dos nossos velhotes portugueses ou imigrantes legais, que trabalharam uma vida inteira, pagaram impostos e fizeram descontos para a Segurança Social, apenas recebem reformas de entre 331,79 € e 481,08 €.
Uma vergonha!
Por formação pessoal e histórica não sou contra a imigração legal, mas deve ser bem regulamentada e adequada às necessidades do mercado de trabalho português, pois Portugal há séculos é um país de emigrantes. Os primeiros emigrantes portugueses datam da época dos “Descobrimentos”, como hoje sucede com os nossos jovens, sobretudo altamente qualificados academicamente, pois “lá fora” ganham o dobro ou o triplo do que receberiam aqui exercendo iguais profissões, sendo que o seu nível de vida nos países onde vivem e trabalham é muito superior ao que teriam em Portugal (não escrevo isto de “cor”, pois tenho dois filhos emigrados em países do Norte da Europa).
Porém sou absolutamente contra a imigração ilegal ou mera migração, o que “vai dar ao mesmo”, é que depois de legalizada, sendo provinda na sua esmagadora maioria de países islâmicos, não se integra nas sociedades dos países de destino (até porque muitos não querem), antes pretendendo manter a sua cultura, religião, tradições, modo de vida e, maxime, impor tudo isso aos cidadãos originários dos próprios países de acolhimento, o que não raras vezes termina em crimes -e muitos deles graves, como homicídios, violações sexuais, etc.. Aliás, é notável como países europeus que anteriormente tinham políticas de “braços abertos” à imigração e migração ilegal, como a Dinamarca, Suécia e Finlândia, hoje estão a adoptar políticas inversas e até de expulsão dos ditos migrantes.
Posto isto, embora em Portugal ainda não tenhamos chegado ao ponto de ter bairros de grandes cidades ou das suas periferias onde é “proibido” entrar sem obedecer à Sharia (lei islâmica derivada do Corão), e onde as Polícias só entram com contingentes altamente reforçados, quando não acompanhadas do Exército, como por exemplo Londres, Bruxelas, Paris, Amsterdão, Copenhaga, Estocolmo e Helsínquia, entre outras, se não for posto de imediato um “travão legal”, lá chegaremos -veja-se o caso dos bairros da área do Martim Moniz, Castelo, Arroios e Intendente em Lisboa; mas também, sem nada ter a ver com religião e costumes, comunidades de origem brasileira na margem sul do Tejo (Almada, Costa da Caparica, Seixal, Barreiro, Setúbal, mas também Braga, onde, segundo informação pública veiculada pelas entidades competentes, cerca de 800 membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior organização criminosa do Brasil e uma das maiores e poderosas do mundo que se dedica ao grande tráfico de droga e não só, imperam.
Assim, como cidadão normal português de jus sanguinis e jus soli com ancestralidade multissecular, “vejo com bons olhos” o facto de o actual Governo estar a preparar uma nova legislação de estrangeiros muito mais restrictiva do que a vigente, a qual, segundo alguns órgãos de comunicação social, caso seja aprovada e entre em vigor, será uma das mais restrictivas e rigorosas da Europa.
Como diz o Povo, “nada melhor que prevenir do que remediar”, e no presente caso, a dita legislação em preparação já vem em parte “remediar” a “política de portas escancaradas” à imigração e migração ilegal que nos foi legada pelos governos da “geringonça” esquerdista e do PS, todos chefiados por António Costa.
Para terminar afirmo: os Portugueses primeiro!
Francisco Garcia dos Santos
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