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PONTO SEM RETORNO

31-10-2014 - Henrique Pratas

Tenho andado a pensar e observar muito atentamente os episódios que vão acontecendo à nossa volta e acho que estamos a chegar a um ponto sem retorno, ou melhor, chegámos a uma situação em que estamos encurralados só temos apenas uma saída e essa é enfrentar e dizer basta às politicas implementadas até agora e que pretendem que se prolonguem até 2016, coisa nunca vista, não entendo porque é que não estabeleceram ao no de 2060 como meta.

Olho para todos os lados e vejo pessoas presas, nas organizações/instituições, com medo de dizer o que pensa, acomodadas porque precisam do parco salário que lhes é pago, para fazerem face aos seus compromissos. As empresas/organizações tornaram-se prisões onde as pessoas são obrigadas a permanecer 8 horas diárias, onde não querem que pensem, executem, bem ou mal não interessa, nos organismos estatais os Conselhos Diretivos, não exercem as suas funções são meros comissários políticos e reprodutores dos interesses instalados, não decidem, ou decidem mal e tarde, as chefias intermédias que são escolhidas através do compadrio, nada fazem limitam-se a executar o mínimo possível par justificar as despesas de representação que recebem todos os meses, alguns destes assumem o papel de capatazes, que se aproveitam das ideias dos outros para demonstrar que fazem alguma coisa, são como os cucos que nem sequer se dão ao trabalho de construir o seu próprio ninho, procuram um que já esteja feito e são estas pessoas que grassam nas nossas organizações.

Constatado este facto e ressalvando que existem honrosas exceções ao que descrevi anteriormente, não vejo que rumo este País vai levar, como se diz em termos náuticos, vejo o País, assim como vai, direito à casa do Gungunhana.

Mentiras são muitas os empresários vêm do México e da Colômbia com carteiras de encomendas de milhões de euros, sim porque a medida agora é esta é tudo aos milhões e muitos, mas de facto a realidade não demonstra essa realidade, vejo cada vez um País mais pobre em todos os sentidos, profissional, educacional, saúde, segurança social, solidariedade, económico, cultural e civilizacional.

Os valores desapareceram, já não existem HOMENS e MULHERES, na verdadeira aceção da palavra, ressalvo uma vez mais algumas honrosas exceções, que vão fazendo o que podem para não deixar cair o que falta, mas alguns destes já revelam sinais de quererem desistir, porque estão exaustos, porque todos os dias travam “batalhas” violentíssimas e como escreveu alguém viver todos os dias cansa.

Este meu texto é um bocado “negro” mas é assim que estou a ver as coisas as necessidades básicas dos portugueses não são satisfeitas e nada acontece, ninguém se revolta ou revoltam-se interiormente, os detentores do capital já se aperceberam que os Tribunais não funcionam e vá de fazer as maiores atrocidades possíveis quer em relação às pessoas quer em realização do negócio que se propuseram como objeto, vale tudo meus senhores e minhas senhoras, as cautelas têm que ser redobradas.

Existem hoje nas organizações/instituições, o que existia antes do 25 de abril de 1974, os bufos, que a troco de umas migalhas denunciam e exercem a função de delatores junto do poder instalado, isto está muito mau meus amigos, estas personagens vendem a alma ao diabo por um saco de fuba, este clima que se instalou está a dar cabo da saúde mental e física de todos os portugueses os danos causados vão levar anos a ser reparados.

Ao espirito de solidariedade e de entreajuda, instalaram um sistema do deixa andar e há que passar a todo o custo nem que seja por cima daqueles que resistem a este estado de coisas ou que manifestam o seu desagrado ou desacordo a determinadas medidas, mas o que é facto é que chegámos aqui a este ponto e não consigo enxergar a curto prazo um meio para sairmos deste imbróglio onde nos meteram ou nos deixámos empurrar sem resistir.

O que está em prática e servi-me de um provérbio chinês, que o “ex-patrão “ da Comissão Europeia que, coitado vai fazer uma pausa sabática da política com cerca de 11.000,00 €/mês, ainda dizem que as pessoas não fazem sacrifícios, quando o “rapaz” era do MRPP, para quem não se lembra era o Movimento Revolucionário do Proletariado Português, provérbio que dizia um dia a salsa noutro o arroz e assim sucessivamente, os dois ao mesmo tempo é que não, porque as pessoas podem-se habituar.

Lamento não ter soluções para lhes apresentar e apenas ter constatado factos, mas é desta forma que vejo a vida que existe atualmente, casa emprego, emprego casa, pagar contas e impostos e tempo para outras atividades pura e simplesmente não há, fizeram-nos prisioneiros de nós próprios.

Henrique Pratas

 

 

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