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OS “CACHOPOS BIRRENTOS”

02-02-2024 - Francisco Pereira

Há, por cá, uma nova geração que assalta o Poder, uma geração a que dei o nome de “Geração cachopos birrentos”, parecem uma torrente a cair a pique do cimo da montanha, são uma geração que até há pouco, víamos essencialmente ligada aos municípios, às assessorias nos ministérios e eventualmente ao Parlamento. É uma fornada de politiqueiredo, com menos de cinquenta anos, como marca possuem o facto de serem raros os representantes dessa geração, que alguma vez trabalharam fora dos meandros das intrigas políticas, quase todos viveram sempre no “aquário” das “J’s” partidárias, desde cedo fizeram parte das estruturas da administração pública, para onde foram nomeados e ou se fizeram nomear, pelos “padrinhos” políticos, recorrendo ao famoso método da “cunha”, dos concursos “martelados”, à conta dessas pulhices, muitos possuem lugares guardados, em várias instituições públicas, fazem parte dos quadros profissionais de várias instituições na função pública, alguns sem formação académica até conseguiram que os fizessem técnicos superiores, mercê dessa mesma pulhice politiqueira.

A “Geração cachopos birrentos” é a digna sucessora da anterior Geração de mostrengos polítiqueiros, chamei a essa anterior a “Geração Analfabruto”, pois foi uma corrente de ineptos políticos que pontuou por ser composta essencialmente por gente inculta, por verdadeiros analfabrutos, todos conhecemos exemplos dessa gentinha, ocuparam o poder até há uns anos, estão agora na casa do cinquentas e picos, sessenta e tal, são uma verdadeira corja, uma elite mafiosa, alguns oriundos das antigas colónias fizeram inclusivamente uma espécie de grupo de elite da intrujice, havendo no entanto um ponto em comum entre todos, independentemente da cor partidária, uma ambição desmesurada bem como uma generalizada falta de qualidade.

Os mais antigos, lembram-se de uma geração de políticos de altíssima qualidade, gente culta, com sentido de Estado, de com currículos invejáveis, feitos no sector privado nas mais variadas actividades profissionais, gente da elevada qualidade de um Adriano Moreira, Soares, Cunhal ou Freitas, para citar apenas alguns dos mais mediáticos, os últimos herdeiros dessa verdadeira elite de verdadeiros homens políticos, Costa e Rio, vimo-los, infelizmente, sair em desgraça.

A “Geração cachopos birrentos”, deu sinal há já uns tempos, primeiro no CDS, com uns cachopos que deixavam crescer umas barbichas mal semeadas para parecerem mais velhos, depressa essa “moda”, apareceu noutros partidos, excepto no bafiento PCP, culminando actualmente na geração que vai liderar o PS, e as próximas eleições serão então um combate titânico entre os representantes da anterior “Geração Analfabruto” personificada pelo líder do PSD, e os representantes da “Geração cachopos birrentos” personificada pelo actual líder do PS, para além das quase inexistentes diferenças entre as propostas partidárias, o que estará em causa são visões diferentes de percepcionar o Mundo baseadas no facto de efectivamente de um lado e do outro estar gente de gerações diferentes.

A “Geração cachopos birrentos”, traz pouco de novo, aprenderam desde muito cedo, as trapaças e trafulhices politiqueiras que viram os mais velhos fazer, mimetizando os comportamentos pouco democráticos do antanho, são aliás pessoas pouco democráticas, mesmo aqueles que se enrolam em bandeiras e cantam o hino no 25 de Abril, antes pelo contrário são gente, mal formada, prepotente, dada a “vendettas” pessoais, sobre aqueles que com eles não concordam, no fundo não passam de gentalha medíocre, de rebotalho politiqueiro, espelho de uma sociedade cada vez mais medíocre, cada vez mais incapaz e miserável, prenhe de gentalha inepta, bem vindos ao priorado dos intrujões, dos aldrabões e dos indigentes intelectuais, bem vindos à era da mediocridade generalizada e bitola de todo o resto.

A “Geração cachopos birrentos”, irá seguramente dominar doravante o panorama político, se olharem para as extremas políticas, vemos que estão dominadas por representantes dos cachopos birrentos, se bem que, com a nossa bem conhecida propensão para o “sebastianismo” não me espantaria que um destes dias, o grande exemplo vivo da “Geração Analfabruto”, Coelho “O desejado” voltasse envolto na bruma, para assombrar os cachopos birrentos, acolitado pelo espectro de Boliqueime, essa múmia bafienta que insiste em abrir a boca para dizer asneirada.

A “Geração cachopos birrentos” trará para o governo da Nação os mesmos métodos e vícios pulhas, que apanhou nas J’s, nos esconsos, medíocres e miseráveis corredores do Poder Local mais nas vielas parlamentares e nas podres redes sociais, onde muitos deles despontaram para chegarem a ministros, um deles, excelente exemplo dessa geração medíocre, pelos topes procedimentos e comportamentos, pode até ser apontado como causa próxima da queda de um governo, nada de novo, com a “Geração cachopos birrentos” creio que isso será o “prato do dia” como sói dizer-se.

Francisco Pereira

 

 

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