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DOMINGOS DE QUASE CIRCO!

19-01-2024 - Francisco Pereira

Durante dois Domingos seguidos, instalado no relativo conforto do meu lar, fui ao Circo, ou antes assisti pela televisão a um quase circo. Alguém nas televisões portuguesas ainda acredita que as pessoas perdem tempo a ver congressos de partidos políticos, já lá vai o tempo, hoje, apenas um ou outro enfastiado como eu, dedica algum do seu tempo a ver aquele tipo de pantominice, se bem que confesso, ver aquilo é melhor que assistir a um Circo daqueles sérios. Não quero no entanto ofender nem desmerecer os artistas e os Circos verdadeiros, que não devem ser de forma nenhuma confundidos com a gentalha que nestes dois Domingos se viu aparecer ali pelas televisões enquanto pertencentes aos congressos partidários exaustivamente transmitidos pelas televisões, se faço esta analogia, é simplesmente para fazer humor.

Dito isto, os eventos circenses a que assisti, um num Domingo, outro no Domingo seguinte, ao contrário dos Circos sérios e tradicionais, que, por força da legislação deixaram de apresentar números com animais, tiveram ambos como momentos altos a amostragem das capacidades das várias espécies de animais amestrados que frequentam aquele tipo de eventos, pelo monitor da televisão desfilaram em grande número, carneiros, ursos, camelos, porcos, cobras, cães, uns quantos lobos e leões, macacos de várias espécies, um ou outro elefante trombudo, gado vacum com fartura, papagaios, muitos papagaios e uma ou outra arara, aquilo foi um autêntico desfile zoológico, para quem gosta de programas sobre animais, aqueles congressos são uma verdadeira e deslumbrante passadeira de animalejos amestrados, que criam divertidos apontamentos divertindo-nos com as suas macacadas.

A par dos números com as várias espécies de animais, aqueles eventos, produziram também, muitos e variados números de palhaços. Mais uma vez não confundir os honestos e dignos palhaços dos Circos sérios, com aqueles comediantes dos congressos politiqueiros que vimos nas televisões.

Gostei então bastante, dos números dos palhaços, são sempre um sucesso, passaram por aqueles quase circos politiqueiros, várias parelhas de palhaços, palhaços solitários, mais palhaços ricos, palhaços pobres e palhaços assim-assim, foi realmente uma grande palhaçada portanto, foi efectivamente uma palhaçada das boas, daquelas à antiga, com muitas anedotas, uma das mais deliciosas, foi ouvir uns dias depois, os palhaços de um congresso a chamarem palhaços aos palhaços do outro congresso, foram muitas piadas contadas por estes verdadeiros mestres da palhaçada, viram-se muitas tropelias mais as costumeiras trapaças, naquilo que foram excelentes representações da diversidade da palhaçada nacional, até porque em Novembro já tínhamos visto um outro quase um circo politiqueiro no caso o circo politiqueiro laranja, também televisionado para quem o quis ver.

Estas pepineiras, exaustivamente, cobertas pelos vários canais televisivos durante horas a fio, com direito a comentadores e “comentadeiros” que dissecam ao pormenor cada virgula das declarações produzidas, chegando mesmo a fazer futurologia, sobre decisões, lugares e até votações, ou seja todo um circo mediático feito à volta de algo que não tem interesse absolutamente nenhum, um evento espúrio, patético, onde a única coisa de interesse é verificar o nível de pulhice que existe no Mundo politiqueiro.

Assim, durante dois Domingos seguidos, dei atenção a uns eventos politiqueiros que apelido de quase circo, pois apresentam cuidados números quase circenses, além dos muitos animais amestrados, podemos ver palhaços de várias categorias e qualidade, malabaristas versados nas artes da manipulação, mágicos que fazem desaparecer milhões de uma penada, trapezistas que dão saltos mortais e cambalhotas incríveis sendo capazes de na mesma hora dizer algo e o seu oposto, resumindo, este tipo de quase circos, são entretenimento puro, da arte da pulhice politiqueira, um deles confirmou a nova geração, a geração dos “cachopos birrentos”, mas disso falarei outro dia.

Francisco Pereira

 

 

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