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TODO O BURRO COME PALHA…

21-07-2023 - José Janeiro

… é só preciso saber dá-lha e eu tenho tanta palha para dar (operação vórtex –corruptor)

Casos, casinhos e esquecimentos, são parte integrante dos partidos do arco da governação PS e PS2, para ver quem consegue enriquecer mais rápido, no mais curto espaço de tempo com habilidades de diversa ordem, assim tipo competição. Quando são apanhados, a lengalenga é sempre a mesma: Não vi, não sei, não me lembro, não fui eu e a já gasta expressão: á justiça o que é da justiça, á politica o que é da política… e continuamos com processos que se arrastam nos tribunais e com a impunidade inacreditável dos actores políticos.

A justiça é realmente branda e permissiva, porque, lembrem-se, as leis são feitas para que nada aconteça, caso os que as votam na AR, venham a ser apanhados nas vigarices que fazem.

Três casos mereceram a nossa atenção recentemente:

A operação Vórtex, parte evolutiva do processo, onde a promiscuidade dos intervenientes dos dois partidos, que gostam de se chamar a si próprios, arco da governação, tiveram atitudes que demonstram bem o quanto a distribuição de pataca a mim e a pataca a ti, leva a situações de corrupção e de nojo extremo. A imagem que transparece, além do abuso de poder, em detrimento da questão técnica, é a de terem pouco tempo (o tempo que dura um mandato ou os limites deles), para conseguirem enriquecer.

Esta mesma operação, trouxe a lume a questão do compadrio e das amizades para favorecer, via contratos públicos, o actual líder do PSD, ou PS2, com contratos de 679 mil euros, distribuídos por 6 contratos de ajuste directo, mas esse passou entre os pingos da chuva e nada disso é anormal.

Tentei saber o objecto dos contratos e não consegui, mas sendo uma sociedade de advogados, devem ter objectivos inerentes a serviços jurídicos e não a venda de chuchas, assim, questiono-me: que serviços são esses que implicam o recuso a serviços externos tão financeiramente elevados, sabendo-se que há na função publica capacidade de resolução, incluído nas Autarquias? Vá-se lá entender estes mistérios.

Marco Capitão Ferreira, operação Tempestade perfeita, mais um chico esperto bem posicionado para ga(mar)nhar uns cobres coisa pouca 61000 euros, por um contrato fantasma de um trabalho de 60 dias, mas que a eficiência do tipo permitiu terminar numa semana. Fazendo as contas o valor hora e se considerarmos que o bacano trabalhou 8 horas por dia no processo, o energúmeno recebeu 1525 euros por hora, uau, ou seja, mais de 8 vezes o salario hora da Presidente do BCE, é obra sim senhor. Claro que isto tresanda á légua, como se de uma fossa séptica se tratasse e não estamos longe disso onde estes políticos chafurdam.

Mas não foi só isto que trouxe a pocilga deste e de outros tipos á chafurdice. Nada disso, falamos de um bolo de 4,2 milhões de euros, em dinheiro, carros, frigoríficos e até mobiliário de jardim tudo serviu como contrapartidas para beneficiarem empresas, em contratos, numa teia de diversos altos quadro do Ministério da Defesa, nas mais diversas necessidades não necessárias.

Este foi o 13º governante a sair de cena em 15 meses de um governo actual, coitado calhou-lhe o número do azar, acho que seria um bom argumento de defesa, se o juiz for supersticioso, ainda se safava, assim vai-se safar na mesma, só porque sim, pois as leis que se aprovam têm buracos por todo o lado, parecem uma peneira, para gerir estes casos.

O que chamou mais a atenção, no meio disto, foi a leveza e desvalorização do PM a estas atitudes, até deu lugar a um artigo, escrito pelo próprio, a chicotear-se porque diz “que não, não desvaloriza a corrupção”, mas que devemos deixar a justiça funcionar, e que não senhor temos que perceber, que ele, PM, se dedica mais á governação (não se riam) e que o nosso país é afinal um paraíso dentro da europa pelos excelentes resultados que existem, ou seja procurou, como vem sido habito tapar o sol com a peneira e demonstrar que vive em Marte.

Essa coisa, da corrupção, é apenas um fait divers maldoso dos jornalistas, das polícias, da falta de meios e mais umas coisas, ou seja, como já estamos ligeiramente acima de países como Botswana ou Cabo verde, no ranking, já está tudo bem, ou seja nada de preocupante. Mas quando nos deixarmos de comparar com os piores e começamos a compararmo-nos com os melhores? Ah espera isso implica tomar medidas e o PM está muito ocupado a levar o país para o abismo, para depois fugir para um cargo Europeu. Agora vai fazer uma pausa e gastar uns milhares á Nova Zelândia para apoiar a selecção feminina, 50 anos depois subsistem os 3 F: Fátima, com a vergonha de gastos da JMJ, Fado, porque convêm manter o saudosismo e Futebol, porque afinal é dessas palhaçadas que os eleitores gostam

O terceiro caso prende-se com Rui Rio e as suspeitas de peculato e abuso de poder, não faltou o circo mediático dos do costume a condenarem a acção da polícia. Todos já esperávamos isso, por ser o visado o PS2. Mas parece que é uso e costume, pagar com verbas da AR atribuídas aos deputados tachos de acessoria, pelo menos, veio a terreiro o SS, não, não é a polícia Nazi ainda que quase pareça, mas é o tal trauliteiro e o furioso calmo, como se identificava no vídeo, que todos conhecem, veio afirmar, pasme-se, que essas verbas eram da AR e não do governo. Já não é a primeira vez que ouço estes disparates, porque essas tais verbas orçamentadas são pagas pelos impostos dos Portugueses, logo não há verbas da AR ou do governo, mas do Orçamento do Estado, bolas, já chega de estupidez. Este tipo não aprende ou não quer aprender.

Se a atitude do Rui Rio é legal ou não, não faço a mínima ideia, mas tentar o argumentario idiota, deste tipo SS, tira-me do serio.

Uma nota: fico surpreendido com esta gentalha, por duas razões: fazem o que fazem e gostam de deixar um rasto de todo o processo, assim como filme de Bollywood (não me enganei é mesmo a filmologia indiana), pensando estar impunes, o Pessegueiro-curruptor é que tinha razão: são mesmo burros, tal e qual a tal palha que lhes deu, é uma realidade para estes asnos.

Até á próxima,

José Janeiro

 

 

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