Edição online quinzenal
 
Terça-feira 23 de Abril de 2024  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

FALTA DE VERGONHA, UMA DOENÇA NACIONAL

17-03-2023 - Francisco Pereira

Eu ainda fico estupefacto com com a gentalha politiqueira, mais com as suas arengas, em especial quando vão às televisões passar, a si mesmos, atestados de imbecilidade mais de incompetência, como bastas vezes fazem, e fazem-no sem o mais pequeno indício de sentirem vergonha, de sentirem algum pejo pelas abstruzidades que proferem como se fossem a coisa mais normal do Mundo, como se Portugal fosse um sítio normal.

Fico absolutamente estupefacto que sua Excelência o Presidente desta pobre Republica de lorpas, não sinta vergonha de ser “Presidente” disto, deste antro de soezes gentes, desta cloaca de mentecaptos, fico estupefacto que um Primeiro-ministro, o actual tal como os outros anteriores, desta espécie de país, afirme à boca cheia que não tem dinheiro para professores, sabendo nós que também não tem dinheiro para médicos, para enfermeiros ou para polícias, será que o senhor Primeiro-ministro não sente vergonha de ser incapaz de ter um país?

Há muito que afirmo e mantenho, que desde 1986 aquando da entrada de Portugal para a então CEE, quem nos governou, se esqueceu completamente de fazer um país, isto nunca foi pensado para ser um país, escuso-me a alumiar nomes, até porque é longa a lista de infaustas e medíocres personagens, algumas ainda viventes e às quais falta também a vergonha de assumirem que enquanto governantes foram umas nódoas miseráveis, uma gentalha medíocre que fizeram deste país um reino da pedincha, os indigentes da Europa, sempre de mão estendida, essa gentalha tem ainda o desplante de, de quando em vez aparecem na comunicação social a debitar dichotes patéticos e pantominices, como se fossem donos e senhores da sabedoria do Mundo.

Toda esta gentalha, hoje, alcandorada em régias tenças, habituada a mordomias, que os próprios legislam e aprovam, não revela nunca um só pingo de vergonha nas trombas, bem antes pelo contrário, ainda dizia um destes dias Sua Excelência, que Portugal é um país que legisla para não serem cumpridas as leis, será que Sua Excelência não tem vergonha disto, logo ele que é um homem do Direito?

Não vou, por exiguidade de espaço, listar todos os casos vergonhosos desta última década, que são mais que muitos, aparecendo mais a cada semana que passa, são por demais bem conhecidos, no entanto apesar de todas essas manchas exemplificativas da mediocridade desta gentalha, ministros, secretários de Estado, deputados, presidentes de município e de Junta, vereadores, directores gerais disto ou daqueloutro e até generais, nada disso parece afectar o nosso politiquedo ou as suas clientelas subservientes sem vergonha, impávida e serena, toda essa súcia continua agarrada, colada qual lapa, ao Poder, conscientes que estão de quão importante para eles é estar assim defendidos nos corredores do Poder.

Será que o miserável tratamento que é dado às crianças, os abusos e os maus tratos, olhe-se agora para o caso miseravelmente obsceno da Igreja, mais o tratamento que se dás às mulheres e aos pobres dos velhos atirados para verdadeiros depósitos onde se espera que morram, será que nada disso faz corar de vergonha a récua politiqueira, pois parece que não.

Há 40 anos que ouço os politiqueiros encher a boca com a necessidade, cada vez que chegam ao Poder, de transformações, modificações e de reformas. Na verdade o que vi fazer nestas 4 décadas foi apenas faz de conta, uma modificação cosmética ali, outra acolá, mas nada de importante, nada que realmente modifique um Estado falido, um sistema podre e gasto, quanto a isso, todos tem assobiado par o lado, importa sim manter o “status quo” das clientelas politiqueiras, manter as suas mordomias e desmandos e ponto final.

O acumular de casos, de trafulhices, de vigarices e demais trapaças, parece não envergonhar os senhores políticos deste país, que se sentem todos muito bem com o estado absolutamente obsceno a que este país chegou, as estruturas do Estado estão em ruínas, a Saúde está em cacos, a Justiça é uma farsa anedótica, e quanto ao resto é melhor nem falar, Portugal é uma prostituta velha e gasta, que arreia lantejoulas, batom vermelho vivo e muito rouge, mas que usa cuecas rotas e sapatos com as solas gastas, essa é a imagem que tenho deste actual Portugal, um Estado falhado, que presume, onde a presunção é cada vez mais indicadora de um estado de doença colectiva, que é a mais absoluta falta de vergonha não apenas da súcia politiqueira, mas das elites, que se comportam com a sobranceria dos intocáveis, daqueles que sabem que estão acima da Lei, porque eles são a lei.

A falta de vergonha é pois a doença nacional que deu azo a isto que temos hoje, um Estado falhado, retalhado aos terços, vendido ao desbarato, que navega ao sabor dos ventos sem que sequer se vislumbre um farrapo sequer de uma política objectiva supranacional em que o sentido de Estado faça esquecer as agendas pessoais e partidárias, um Estado que soçobra afogado em miserabilismo, em podridão, pasto de negociatas e corrupção, ó gentalha medíocre tenham vergonha.

Francisco Pereira

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome