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Quem é, ou o que é a BlackRock Inc.?

17-02-2023 - Pedro Pereira

Para quem não saiba, é só a maior empresa administradora de activos a nível mundial. Maneja em investimentos a estratosférica quantia de 9 biliões de dólares em fundos provenientes de clientes a nível planetário, que no caso dos países europeus, por exemplo, representa uma quantiaequivalente a mais do que o dobro do PIB anual da República Federal da Alemanha.

Esta é uma empresa de investimentos, virtualmente não regulamentada, que actualmente exerce mais influência política e financeira do que a FED - Reserva Federal Americana, bem assim como a maioria dos governos em todo o mundo.

Este empóriofinanceiro encontra-se no topo da pirâmide das propriedades corporativas a nível mundial, inclusivamenteda China. Desde 1988, que esta empresa controla de facto aReserva Federal, a maioria dos megabancos de Wall Street, incluindo o Goldman Sachs, o Fórum Económico Mundial de Davos, o governo de Biden e, caso não venha a ser controlado, o futuro económico do mundo em que vivemos. BlackRock é o princípio do que Mussolini chamou de corporativismo, onde uma elite corporativa não eleita dita, manda e desmanda tudo de cima para baixo, onde se encontra a população em geral.

Atentemos que a BlackRock serve o mercado ibérico desde 1994. Trabalhando com instituições, profissionais da área financeira e outros, em Portugal. Na sua página na internet ( https://www.blackrock.com/pt/ ), em português, diz que: “(…)é dada primazia à sustentabilidade a longo prazo nos nossos negócios. Desde a integração de práticas ambientais, sociais e de governação nos nossos processos de investimento até à criação de impacto social positivo ao servir as comunidades em Portugal (…)”.

Fundada em 1988 por Larry Fink, desde então, esta conseguiu montar software e ativos financeiros exclusivos que nenhuma outra entidade possui. O sistema de gerenciamento de risco Aladdin da BlackRock, uma ferramenta de software que pode rastrear e analisar negociações, monitoriza mais de 18 biliões de dólares em ativos de 200 empresas financeiras, incluindo a Reserva Federal e os bancos centrais europeus. Quem o “monitoriza” também sabe, pensamos nós....

A BlackRock tem sido chamada de “canivete suíço” financeiro, no sentido de investidor institucional, gestor de dinheiro, empresa de participaçõesprivadas e parceiro governamental global, tudo numa só empresa .Não obstante, os grandes órgãos de comunicação social tratam-na como se fora apenas mais uma empresa financeira da Wall Street.

Existe uma interface perfeita que vincula a Agenda 2030 da ONU com a Grande Reinicialização (Great Reset)do Fórum Económico Mundial de Davos e as políticas económicas nascentes do governo Biden. E essa interface é a BlackRock.

Nunca uma empresa financeira com tanta influência sobre os mercados mundiais esteve brutalmente escondida do escrutínio público. Não é por acaso. Como tecnicamente não se trata de um banco que faz empréstimos bancários ou recebe depósitos, esta empresa foge da supervisão reguladorada Reserva Federal, embora, tal como a maioria dos megabancos como o HSBC ou JP Morgan Chase fazem, compram e vendem títulos com fins lucrativos.

Larry Fink, fundador e CEO da BlackRock, está abertamente interessado em comprar influência a nível global. Assim, nomeou o ex-parlamentar alemão da CDU, Friederich Merz, chefe da BlackRock Germany quando tudo apontava que poderia suceder à chanceler Merkel, e o ex-ministro britânico do Tesouro George Osborne como "consultor político". Do mesmo modo, Fink nomeou a ex-chefe de gabinete de Hillary Clinton, Cheryl Mills, para o conselho da BlackRock quando tudo apontava que Hillary viria a ocupar a Casa Branca.

Nomeou ex-banqueiros de bancos centrais para o seu conselho e garantiu contratos lucrativos com as suas antigas instituições. Stanley Fisher, ex-governador do Banco de Israel e também vice-presidente daReserva Federal americana, é agora consultor sénior da BlackRock. Philipp Hildebrand, ex-presidente do Swiss National Bank, é vice-presidente da BlackRock, onde supervisiona o BlackRock Investment Institute. Jean Boivin, ex-vice-governador do Banco do Canadá, é o chefe global de pesquisa do instituto de investimentos da BlackRock.

Esta foi a equipa do ex-banco central da BlackRock que desenvolveu um plano de resgate de “emergência” para Jerome Powell, o presidente daReserva Federal, em Março de 2019, quando os mercados financeiros aparentavam estar à beira de outro colapso tal como o da “crise do Lehman Brothers” em 2008. Como agradecimento, Powell, nomeou a BlackRock para gerir todos os programas de compra de títulos corporativos da Reserva Federal, incluindo títulos nos quais a própria BlackRock investe. Conflito de interesses? Um grupo de cerca de 30 ONG’s escreveu ao presidente Powell, a dar à BlackRock o controle total desse programa de compra de dívidas. Desta forma Reserva Federal torna a BlackRock sistemicamente ainda mais importante para o sistema financeiro. No entanto, a BlackRock não se encontra sujeita ao escrutínio regulador das instituições financeiras.

Como a maior gestora de activos do mundo, implementou uma estratégia de lobby, contribuições de campanha e contratações de porta giratória para combater a regulamentação dos governos e estabelecer-se como uma das empresas financeiras mais poderosas do mundo.

Em 2019 (em Dezembro tinha início a pandemia da Covid19) LarryFink participou no Conselho do Fórum Económico Mundial de Davos, organização com sede na Suíça que há cerca de 40 anos promove a globalização económica. Fink, que está perto do chefe tecnocrata do WEF (World Economic Forum),Klaus Schwab, ficou a partir de então posicionado para usar o enorme peso da BlackRock para criar o que é potencialmente, se não entrar em colapso antes, o maior golpe Ponzi do mundo, ESG-investimento corporativo. Fink, com 9 triliões de dólares para alavancar, está a promover a maior transferência de capital da história para um golpe conhecido como ESG-Investing.

A agenda de “economia sustentável” da ONU encontra-se a ser realizada discretamente pelos mesmos bancos globais que criaram as crises financeiras em 2008. Desta vez, estão a preparar o Great Reset de Klaus Schwab WEF, direccionando centenas de milhares de milhões e em breve milhões de milhões em investimentos para a suas empresas “woke” escolhidas à mão, e longe das “não woke”, como empresas de petróleo e gás ou carvão. Desde 2018, a BlackRock encontra-se na vanguarda para criar uma infraestrutura de investimento que escolhe “vencedores” ou “perdedores” para investimento de acordo com a seriedade da empresa em ESG – Meio Ambiente, Valores Sociais e Governação.

Por exemplo, uma empresa obtém avaliações positivas pela seriedade de sua contratação de gerentes e funcionários com diversidade de género, ou toma medidas para eliminar a sua “pegada” de carbono tornando as suas fontes de energia verdes ou sustentáveis ​​ para usar o termo da ONU. Como as corporações alegadamente contribuem para uma governação sustentável global, isto pode incluir qualquer coisa, desde doações corporativas ao Black Lives Matter até ao apoio a agências da ONU, como a Organização Mundial de Saúde. Empresas de petróleo como a ExxonMobil ou empresas de carvão, não importa o quanto transparentes sejam, uma vez que Fink e os seus novos amigos, promovem o seu Great Reset financeiro ou Green New Deal. É por essa razão que ele fechou um acordo com a presidência de Biden em 2019.

Siga o dinheiro. E podemos esperar que o New York Times apoie a BlackRock enquanto ela destrói as estruturas financeiras mundiais. Desde 2017, a BlackRock é a maior acionista daquele jornal. O super- milionário mexicano Carlos Slim foi o segundo maior. Até mesmo Carl Icahn, um implacável destruidor de ativos da Wall Street, a uma dada altura disse sobre a BlackRock: “uma empresa extremamente perigosa… Eu costumava dizer, você sabe, a máfia tem um código de ética melhor do que o desta empresa”.

Pedro Pereira

 

 

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