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O paraíso aqui tão perto

20-01-2023 - Francisco Pereira

Um destes dias, um pateta qualquer, de quem esqueci o nome, pertencente à actual geração de enjoados com tudo, que têm tentado à força, “americanizar” a nossa realidade, sugeriu mudar a letra do Hino, claro que zurzi no pateta, no entanto pensando melhor, até vejo ali alguma pertinência, eu sugeria no entanto que mudássemos antes o nome do país, porque Portugal já não existe, há décadas que exalou o seu último suspiro, portanto tendo em conta a realidade actual, sugeria que renomeássemos o país, deixo-vos algumas das minhas sugestões, para que possam reflectir sobre as mesmas e quiça também sugerir as vossas.

Coloco a considerar “Bandalhugal”, manteria o sufixo “gal” para fazer a ligação com o “glorioso” passado, mas mudaria o prefixo, para algo que retrate melhor, com mais acuidade a realidade do país, dado que vivemos num país de bandalhos. Seguindo esta lógica, existem outras sugestões igualmente interessantes, por exemplo “Pulhogal”, “Trafulhogal”, “Vigaristal”, “Aldrabal”, “Porcogal”, “Escumalhogal”, Trasteogal” ficando eu então à espera que os excelsos leitores me enviem as vossas sugestões.

Após este longo intróito, vamos ao que interessa, Portugal passa por mais um desgraçado momento da sua História, temos uma crise nacional, desde 1143 que andamos nisto, encimada por uma crise europeia e mundial, temos um governo atolado no lodo asqueroso, vítima do miserabilismo moral dos seus componentes. O senhor Primeiro-ministro lembra um caçador zarolho, a cada tiro que dá, apenas acerta nos pés, cada nomeação é pior que a anterior.

Há já uns tempos que volta e meia escrevo sobre a falta de ética e decência dos politiqueiros nacionais, que por junto com uma gritante e pavorosa falta de formação e de cultura são uma mistura explosiva capaz de fazer implodir os alicerces trôpegos desta nossa Democracia, infelizmente o tempo tem-me dado razão, ressalve-se porém que esta gentalha politiqueira é tão somente o espelho daquilo que somos enquanto sociedade, uma sociedade apodrecida, que privilegia o miserabilismo, que premeia os madraços e os parasitas, uma sociedade avessa ao cumprimento da Lei, alheia ao respeito e ao civismo, onde o trabalho e o saber pouco valor possuem.

Temos disso mesmo um grande exemplo com a actual “revolta” dos vários profissionais do Ensino, num país onde um qualquer falcato com o ensino secundário ou com uma licenciatura de equivalências “à lá Relvas” vai para politiqueiro, ganhando milhares de euros, cachopos politiqueiros com menos de 50 anos de idade, possuem fortunas colossais que conseguem sendo “assessores”, “lobistas”, “facilitadores”, dado que trabalhar tá quieto, enquanto isso um enfermeiro, um polícia ou um professor por exemplo, à beira da reforma ganham ordenados miseráveis para a formação e responsabilidades que lhes atiram para as costas, uma sociedade assim está claramente podre.

Diz o senhor ministro da Economia que está "muito triste" com "esta cultura de suspeição generalizada". O Senhor ministro anda seguramente distraído, ou então é mais um daqueles que vive na redoma, porque meu caro há décadas que o Poder foi tomado de assalto pelos bandalhos, agora está é um nadita mais visível, ademais com a actual cruzada para “abater” o governo do senhor Costa, o poveco está mais exigente como disse Sua Excelência o senhor Presidente desta República, exigindo portanto decência à súcia politiqueira, que começando nessa verdadeira escola mafiosa que são as autarquias, se vai alcandorando nos degraus do Poder carregando sempre os mesmos vícios pulhas.

E vai daí, para combater isso o que fez o senhor Costa para tentar limpar a imensa onda de lodo com cheiro a esgoto, criou um papelucho patético, que mais valia ser impresso em papel higiénico, chamou-lhe “mecanismo” e pronto está resolvido, é demasiado patético, é demasiado miserável, mas meus caros nós merecemos mesmo isto.

E tanto mais merecemos, que futuramente quando surgir a oportunidade iremos a correr trocar a onda do lodo rosa pela onda de lodo laranja, onde curiosamente também já se adensa o odor pútrido das negociatas, que sempre existiram convém lembrar, recordem-se das negociatas de Cavaco e dos seus apaniguados. Não curiosamente os actuais dirigente laranja já estão alegadamente implicados em trapalhadas semelhantes às que tanto criticam nos do governo, o actual presidente laranja mais o seu vice-presidente e amigo, andam em bolandas com esquemas a roçar o mafioso, naquilo que é mais um excelente exemplo daquilo que chamo a pulhice politiqueira do novo rotativismo, fenómeno esse, o rotativismo, já visto nos finais do século XIX, em que o Partido Regenerador e o Partido Progressista dividiam entre si à vez a cadeira do Poder, nomeando-se entre si, numa descarada roubalheira, que propiciou a queda da Monarquia, mas como é curta a memória dos homens, eis-nos novamente vítimas desse enredo.

Este país está podre, a Democracia em perigo, falido, porque a roubalheira é muito e descarada, que futuro será o nosso, não vos sei responder, mas a continuarmos assim, o nosso futuro nem sequer será. Somos realmente um paraíso.

Francisco Pereira

 

 

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