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Sátira à reunião de Conselhos de Ministros de 11 de outubro de 2014

17-10-2014 - Henrique Pratas

Na qualidade de suposto Primeiro-Ministro deste Des) Governo, venho partilhar convosco os acontecimentos de ontem.

O início do Conselho de Ministros estava marcado para as 9 horas como é do conhecimento público, eu que sou pessoa de chegar a tempo e às horas marcadas, lá estava na Gomes Teixeira a horas marcadas e pronto para lixar mais os portugueses do que o tenho feito ao longo do meu mandato, com ideias precisas e concisas para o efeito desejado, mas tive que esperar pelos restantes membros do Des) Governo.

Passado algum tempo lá foram chegando e iniciámos a reunião por volta das 10 horas. Estando todos presentes coube-me a mim dar o pontapé de saída na qualidade das funções que desempenho, iniciei a sessão elencando as medidas que tinha pensado par o novo Orçamento de Estado para 2015, gostaria que os impostos aumentassem para cobrir os desmandos da Atividade Privada, que se cortassem as despesas com a Defesa, Educação, Saúde, Segurança Social, Cultura, apesar de nesta já não ter expressão nenhuma gostava que ela desaparecesse completamente, há que acabar com os livros e com os idiotas que escrevem livros os cidadãos passam bem sem isso há que evitar desperdícios, Negócios Estrangeiros, Finanças, Administração Interna enfim excluem-se apenas os serviços que dependem de mim, a Presidência do Conselho de Ministros, por razões óbvias e a Assembleia da República, quero manifestar perante os presentes que já concertei estas posições com o Presidente da República que me deu total abertura para a implementação de medidas que conduzam à prossecução destes objetivos, por minhas senhoras meus senhoras está aberta a sessão e espero que cada um se pronuncie e dê os seus melhores contributos, aliás como sempre o fazem para que as linhas que apresentei sejam atingidas, peço em particular aos Senhores Ministros da Solidariedade Emprego e Segurança Social que me apresente uma forma para que as pensões fiquem congeladas até ao ano de 2020 e das Finanças para que os salários dos trabalhadores do Estado não cresçam nos próximos 50 anos e que as carreiras fiquem congeladas até 2050, não quero medidas que premeiem o mérito, quero redução dos efetivos para poder colocar os pedidos que tenho em carteira vindos do interior do Partido e de “amigos” meus que me pedem para arranjar empregos para os filhos, enteados, namoradas, namorados e quejantes.

Portanto meus senhores que face aos objetivos que delineei me apresentem propostas objectivas e concretas que a apresentação das medidas para a elaboração do Orçamento de Estado para 2015 têm que ser apresentadas até ao próximo dia 15 de outubro do corrente ano impreterivelmente.

Notei que ficaram amedrontados, mas o que tem que ser tem muita força, faço um compasso de espera e já são 11h30m e ninguém se atreve a iniciar os trabalhos, bem vou ter que espevitar os “rapazes”.

Bem já que ninguém toma a iniciativa, dou a palavra ao senhor Ministro da Defesa.

Bem senhor Primeiro-Ministro tendo em consideração as suas palavra eu já tinha uma proposta elaborada depois de ter reunido com o Chefe do Estado-maior e dos diferentes ramos das forças armadas, que me solicitaram a aquisição de algum equipamento militar para que os diferentes ramos estivessem devidamente apetrechados para que reúnam condições de prontidão para dar resposta a qualquer tentativa de sublevação, participar externamente em missões de paz decretadas pela NATO e para essencialmente se aprontarem em exercícios de rotina realizados regularmente, mas face ao que o senhor Primeiro Ministro acaba de dizer nem sequer me atrevo a propor nada, aliás estava até a pensar em reutilizar as munições, quero dizer depois de utilizadas ir recuperá-las e voltar a utilizá-las de novo, quanto à frota naval, aérea e terrestre face ao que expôs estou até em pensar em remendar toda a frota porque se meterem água, haverá sempre uma forma de estancar a entrada das águas abertas, se a frota terrestre parar os homens sempre podem ir a pé e abandonar no local da avaria as viaturas e os aviões esses não têm problema nenhum mais buraco menos buraco, não faz diferença antes pelo contrário o sistema de refrigeração até funciona melhor quanto mais circulação de ar melhor se caírem, não faz mal as aeronaves normalmente só levam o piloto e apenas morre uma pessoa. Mas as ideias que trazia eram outras mas face ao que disse só se me apontar estas medidas.

Resposta do Primeiro-ministro, Oh homem diga lá o que tinha para dizer depois de ter falado com os Chefes Militares.

Bem o que eu tinha para dizer e já que insiste é que necessitávamos de reequipar os três ramos das forças armadas quer em termos de equipamento, quer em termos de frota por forma a ficarmos mais perto deles em termos tecnológicos, já que em termos de homens temo-los e boa qualidade. Deste modo ficávamos mais próximos das forças armadas dos Países da União Europeia, para que possamos dar o nosso contributo nas missões em pé de igualdade com os representantes dos outros países presentes nessas missões, tendo em consideração que V.Exa., já declinou a hipótese de voltarmos a invadir a Guiné, Angola e Moçambique e reconquistarmos novamente os Países que no passado recente foram nossas Colónias e já agora resta-me acrescentar que em conjunto com o senhor Vice-Primeiro Ministro já entabulámos conversações com algumas empresas e pessoas ligadas ao negócio do armamento e já tenho em carteira algumas propostas vantajosas para o País e que não irá afetar em nada o Orçamento do País e em termos pessoais, tanto eu como o senhor Vice-Primeiro Ministro ganhamos apenas uns valores residuais e é tudo. Então e eu, pergunta o Primeiro-ministro, não ganho nada? Resposta pronta, o senhor começou por dizer que só queria cortes e reduções.

Bem vamos lá a ver o senhor Ministro da Defesa tem uma proposta fabulosa, esqueça lá o que disse inicialmente mas isto são influências da senhora Ministra das Finanças que está sempre a encher-me os ouvidos que temos que cortar na despesa, mas não é disso que se trata de acordo com a sua proposta a Despesa do Estado não aumenta e o País tem muito a ganhar com isso. Diga-me lá quanto é que eu recebo em troca, mas fica já avisado quanto à forma de receber estes beneficios só se forem pagos através de ajudas de custo ou de me outra forma qualquer que eu sei que o senhor Ministro da Defesa sabe como encontrar para que não se saiba nem sejam facilmente detetáveis pelas Finanças ou pelos ingratos que desempenham funções em organismos do Estado, anda uma pessoa aqui a fazer o melhor que pode e sabe, a sacrificar-se com o País e depois vêm com atoardas, recordo-lhe o caso da Tecnoforma, eu ainda hoje não me recordo se recebi alguma coisa e está à vista o senhor Ministro conhece bem este processo de intenções e eu não gostava que se repetisse, não é que eu tenha nada a temer, porque sei que a Justiça neste País não funciona e não me acontece nada. Então senhor Ministro da Defesa ponha em prática as suas ideias não se esqueça de mim e mantenha-me informado, fica registado que na área da Defesa se irá proceder de acordo com a proposta efetuada da pelo senhor Ministro da referida pasta.

Bem minhas senhoras meus senhoras com isto tudo estamos perto da hora do almoço temos que acelerar o passo, senhor Ministro da Educação faz favor.

Bem senhor Primeiro Ministro em primeiro lugar quero pedir desculpas de na colocação de professores terem ocorrido situações como a de professores terem ficado colocados em 75 escolas, mas sabe foi mais um erro de cálculo e eu convencido que sabia de Matemática, mas sabe são os serviços do Ministério que não funcionam. Oh homem - deixe lá isso, eu até tenho uma crítica a fazer-lhe sobre isso os professores deveriam ter ficado colocados em todas as escolas e depois logo se veria, os alunos até agradecem assim têm mais furos e sempre se podem colocar a outras atividades que não o estudo e a aprendizagem, nós não queremos pessoas cultas, quanto mais ignorantes melhor.

Então o que tenho para lhe propor é a evolução na continuidade, quero dizer mais do mesmo.

Muito bem senhor Ministro da Educação é isto que eu pretendo capacidade de síntese, estão a ver senhores Ministros isto é que de capacidade de síntese.

Entretanto o telemóvel do Primeiro-ministro toca ele vê que é. É a mulher tem que atender, pergunta-lhe ela então PP, está muito demorado, é assim que se tratam na intimidade, é eu que eu hoje estou desejosa de si não sei o que sinto mas apetece-me que venha para casa para fazermos amor, resposta Oh minha querida como sabe não posso sair já, veja lá que esta reunião era para ter começado Às 9 horas só começou Às 10 horas e ainda só se pronunciaram dois Ministros o da Defesa e o da Educação isto vai demorar, vai ter que esperar, do outro lado responde mas eu não aguento muito mais tempo querido vai demorar muito, oh querida por mim ia já mas os superiores interesses da Nação estão em primeiro lugar, olhe porque é que não fala com o nosso vizinho pode ser que ele esteja disponível e entretanto eu devo chegar, ou prefere que lhe mande o motorista que você conhece aí a casa, eu vou tentar despachar isto o mais rapidamente possível.

Senhora Ministra da Justiça faça o favor, desculpe esta interrupção mas era a minha mulher e a senhora Ministra sabe como são as mulheres, mas faça o favor e diga-nos o que tem para propor.

Senhor Primeiro-ministro, não tem nada que pedir desculpas eu sei bem o que são essas coisas, eu própria coloquei o telemóvel no silêncio, mas o meu companheiro aquele que é irmão do Secretário de Estado da Justiça do então Ministro da Justiça no Governo do Partido Socialista, está farto de me ligar e enviar mensagens a dizer que tem saudades minhas e que acabou de receber uma caixa com garrafas de whisky Mantin’s de 30 anos, a pedir-me que vá para casa rapidamente eu sei que esta vida é muito dura e que exige sacríficos, eu sei muito bem do que fala senhor Primeiro-ministro e por favor não me peça desculpas que eu entendo muito bem estas situações.

Então sendo breve e curta, continuarei na senda do que foi feito em anos anteriores a Justiça jamais funcionará convenientemente, e fique V.Exa., descansado que ninguém o incomodará quanto a verbas que venha a receber em qualquer negócio que envolva. O CITIUS, continuará a não funcionar ou melhor terá sintomas que funciona mas irá abaixo a meio de qualquer processo que seja mais melindroso para este Des) Governo ou qualquer amigo ou figura emblemática da nossa sociedade, a juntar a isto continuarei a reduzir o número de Tribunais até chegar muito próximo da sua extinção, para que o setor privado veja nesta atividade uma janela de oportunidade a redução dos funcionários judiciais continuará com o mesmo ritmo, há que dar continuidade ao trabalho desenvolvido em anos anteriores, poderá V.Exa., ficar descansado que não me demitirei e acompanhá-lo-ei até ao fim.

Muito obrigado senhora Ministra agradeço os seus contributos, estamos já em cima da hora do almoço, mas antes de irmos almoçar gostaria de ouvir a senhora Ministra da Agricultura, faz favor.

Bem senhor Primeiro-ministro eu partilho das suas preocupações o meu marido está farto de me ligar para ir para casa para o pé dele o homem está desaustinado eu que fui mãe há pouco tempo e o homem não me larga, mas indo é que faz que estejamos reunidos aqui hoje também eu proponho que se continue a desmantelar a nossa agricultura porque é que havemos de apostar num setor de atividade em que existem Países a produzir mais barato do que nós basta-nos que vamos comprar ao exterior e temos o problema resolvido, defendo que devemos continuar com a ausência de politica para este sector como temos feito em anos anteriores e se o senhor Primeiro-ministro não vir nenhum inconveniente a seguir a esta minha intervenção eu retirava-me para ir para casa para o pé do meu marido que está carente de mim.

Muito obrigada senhora Ministra pela sua intervenção fico-lhe grato com a clareza que fez a sua exposição e por favor vá para casa que o seu marido precisará mais da senhora por certo do que nós, também eu gostaria de poder fazer o mesmo mas por dever de oficio não o devo fazer, mas sim senhora Ministra faça o favor.

Bem meus senhores são 14 horas, tempo para irmos almoçar se nada têm a opor retomamos os trabalhos 1 hora depois, isto é por volta das 15 horas.

Vice Primeiro-ministro, senhor Primeiro-Ministro se não levar a mal eu não poderei almoçar com V.Exas., tenho um assunto particular a tratar e não almoçaria com V.Exas.

Com certeza senhor vice-primeiro-ministro esteja à sua vontade não obrigo ninguém a nada.

Bem minhas senhoras meus senhores estamos na hora do almoço desejo um bom almoço a todos.

Para o restaurante onde almocei, fui a pé, acompanhado por alguns dos Ministros que tiveram a gentileza de me acompanhar mas sempre a pensar o que andará a minha mulher a fazer e simultaneamente empenhado em naquele dia acolher as propostas de todos os Ministros, ainda dizem que esta vida é fácil.

Não foi às 15 horas mas com uma tolerância de 30 minutos iniciámos de novo os trabalhos.

Pensei vou deixar par o fim o Ministro da Economia e das Finanças, avancemos, senhor Ministro da Administração Interna faça o favor.

Bem senhor Primeiro-ministro para não destoar dos meus colegas de Governo o que tenho a propor é mais do mesmo, quero dizer as forças policiais continuarão a ser tratadas como têm sido até agora, porque o País encontra-se dentro da normalidade desejada e não há introduzir novas medidas para não estragar o trabalho que vem sido desenvolvido e que tem dado as respostas pretendidas dentro da normalidade desejada, a redução de esquadras continuará, bem como a redução de custos associados a estas formas, iremos fazer mais com menos dinheiro, como o senhor Primeiro-ministro sabe temos que rentabilizar uma das características inatas do povo português e eu estou certo que os Homens que compõem estas forças militarizadas desenvolverão esta características em prol do bom funcionamento das instituições e manutenção do status-quo no País.

Muito bem muito obrigado senhor Ministro, senhor Ministro da Solidariedade Emprego e Segurança Social faça o favor.

Muito obrigado senhor Primeiro-ministro, as minhas propostas vão no sentido do que o Ministério que tutelo, veem desenvolvido, o desemprego irá aumentar, a sustentabilidade da Segurança Social não será assegurada, as medidas ativas para a criação de emprego continuarão a ser utilizadas sem que disso acha registo, as convenções coletivas e os contratos coletivos de trabalho continuarão a ser desrespeitados, independentemente de terem merecido a nossa concordância e depositados na Autoridade para as Condições de Trabalho e vamos com certeza continuar a reduzir as despesas com os trabalhadores do Ministério que tutelo, muito obrigado mas é o que tenho a propor. Peço desculpa faltou-me dizer que o Programa de Estágios concedidos pelo Governo, continuará a não funcionar em 2015, apenas surgirão alguns estágios no setor privado para que a mão-de-obra barata e qualificada possa ser utilizada no setor privado em proveito dos detentores do capital.

Muito obrigado senhor Ministro, faz favor senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros e simultaneamente Vice Primeiro-Ministro.

Muito obrigado senhor Primeiro Ministro, mas acabei de almoçar com a minha mãe e o que ela me disse para propor é o que passarei a dizer. Vamos continuar com a atribuição dos vistos GOLD, venham eles de onde vierem o que interessa é que as pessoas que se propõem reúnam as condições que estabelecemos agora a forma como obtiveram o dinheiro não nos importa desde que seja gasto em Portugal, proponho que a zona do Algarve seja destinada apenas aos reformados dos outros Países que têm reformas que lhes permitam ter uma vida condigna no ALLGARVE, dando continuidade à politica do anterior Des) Governo, no que concerne à politica externa vamos esperar o que nos digam o devemos fazer seja a NATO, o União Europeia, temos que nos manter fiéis aos nossos aliados, não há nada para inovar, vamos continuar na senda do que temos desenvolvido em termos de politica externa. Se me permite a minha mãezinha também me disse para dizer ao senhor Primeiro-ministro que reduza a taxa de contribuição especial de impostos aos reformados e aqui senhor Primeiro-ministro, irei bater-me até às últimas consequências, mas foi a que a minha mãe me disse para fazer e vou fazê-lo.

Oh senhor Vice Primeiro-ministro não esperava isto de si, então o senhor não sabe que ainda não estamos em condições de reduzir os impostos, o senhor não ouviu as declarações do Comissário da Troika que este em Portugal a elaborar o Programa de Estabilidade e Crescimento, não esperava ima coisa destas de si, por amor de Deus.

Peço as minhas desculpas senhor Primeiro-ministro, não pretendo criar embaraços ao Des) Governo, mas foi a minha mãe que me mandou dizer isto e eu sou muito bem-mandado e não vou abdicar disto.

Oh, senhor Vice Primeiro-ministro o senhor sabe muito bem que não o podemos fazer, mas muito bem continuemos e veremos.

Senhor Ministro da Saúde faça o favor.

Bem, senhor Primeiro-ministro, na Saúde entendo que se deva continuar com as políticas de saúde tomadas até ao momento, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), está praticamente desmantelado e praticamente os hospitais estão entregues ao setor privado, as campanhas de vacinação devem continuar a ser estendidas a todos mesmo que não queiram afinal quem é que manda, já que comprámos vacinas não as vamos deitar fora, não vamos desperdiçar dinheiro gasto em prol de uma melhor saúde dos portugueses, na minha opinião a Saúde deverá continuar a ser gerida como tem sido até agora quem tem dinheiro tem direito à saúde quem não tem dinheiro sujeita-se à caridadezinha. No que respeita aos profissionais que trabalham para a Saúde ou se sujeitam ou que impomos ou mudem-se emigrem, a situação do País não se compadece de novas medidas de implementação de medidas de saúde as que foram implementadas estão a dar resultado não deslumbro motivos para alterar as medidas de politica implementadas até à presente data.

No que diz respeito aos cuidados paliativos de saúde estamos a fazer o que é possível não vejo razões para alterar o percurso delineado.

Muito obrigado senhor Ministro, passo agora a palavra ao Senhor Ministro da Economia.

Muito obrigado senhor Primeiro-ministro mas o que tenho para dizer é muito pouco porque entendo que as políticas tenho desenvolvido na área da pasta que me foi atribuída, devem ser prosseguidas dando oportunidades ao sector privado em detrimento do sector público criando condições e aí o Estado deverá criar condições para atrair o investimento estrangeiro, a contenção de custos do meu Ministério terá tendencialmente as mesmas reduções verificadas até à presente data. Termino solicitando a minha liberação par me deslocar às empresas onde exerci funções, pois a minha presença é solicitada e com o n.º de horas que estamos aqui completamente a seco já me apetece uma cervejinha fresca.

Muito bem tem toda a razão senhor Ministro ainda bem que fez esse reparo por que já estamos aqui há 13 horas e compreendo perfeitamente o que me disse, imagina o que tenho passado com a minha mulher a ligar-me constantemente para o telemóvel a chamar por mim, para o que lhe havia de dar hoje, já lá mandei o meu motorista, o vizinho já a atendeu, mas ela insiste comigo para que eu vá para casa, nem sei o que me espera mas agradeço a sua chamada de atenção para o n.º de horas que permanecemos aqui, assim sendo e para que esta reunião termine com a maior brevidade possível vou dar a palavra à senhora Ministra das Finanças, e o senhor Ministro está liberado e desejo-lhe umas boas noites.

Faça o favor senhora Ministra.

Muito obrigado senhor Primeiro-ministro, ouvi com muita atenção tudo o que os meus colegas de Des) Governo disseram tomei as devidas notas, já que me cabe a mim apresentar o documento final, agradeço os excelentes contributos que os meus colegas me deram e que me vão facilitar em delinear as Grandes Opções para a Elaboração do Estado para o ano de 2015, mas na minha opinião as medidas recessivas devem continuar, não concordo que se abrande a carga fiscal, para que consigamos alcançarmos as metas que nos propusemos e que acordámos com a Troika temos que honrar os nossos compromissos, deste modo proponho que as medidas implementadas até à presente data continuem. Já agora em complemento ao que o Senhor Primeiro-ministro falou e outros membros do Des) Governo disseram também o meu telemóvel tem recebido vários SMS do meu marido, também não sei o que é que lhe deu, mas ele conhece bem as medidas de austeridade que lhe tracei, que espere se quiser.

Bem, parece-me que chegámos ao fim, há não apercebo-me que estão ali os senhores Secretários de Estado da Cultura e do Ambiente que querem dizer qualquer coisa.

Senhor Secretário de Estado da Cultura faça o favor.

Bem eu só queria dizer que vou continuar a dar cabo da cultura neste País, mas há uma coisa que não consigo é acabar que as pessoas escrevam, mas é minha intenção fechar as livrarias e todos os espaços onde possam acontecer laivos de cultura, era só isto e mais nada, muito obrigado.

Muito bem senhor Secretário de Estado, está no bom caminho, senhor Secretário de Estado do Ambiente faça o favor.

Muito obrigado senhor Primeiro-ministro, é só para dizer que os sacos de plástico devem ser taxados e aquela ideia que tive da criação do imposto verde deve ser considerada por este Des) Governo, dado a considero uma ideia inovadora e que poderá render uns milhões de euros, muito obrigado.

Meus senhores devido ao adiantado da hora dou por terminada a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, agradecer a vossa disponibilidade pelas longas horas que aqui passámos, os excelentes contributos que nos deram e agradeço à senhora Ministra das Finanças, que compile todas as ideias aqui expostas e elabore o documento orientador para a elaboração do Orçamento de Estado para o ano de 2015.

Muito obrigado a todas e todos,

Lisboa, 11 de outubro de 2014
Henrique Pratas

 

 

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