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Gouveia e Melo?

08-10-2021 - Cândido Ferreira

- Encerrada uma missão singular, milhões de portugueses veem no Vice-Almirante um novo Dom Sebastião…

Atento aos ventos que sopravam da China, ainda as autoridades portuguesas não enxergavam a pandemia e eu já prenunciava cenários que por inteiro se confirmaram.

Por justas e claras razões, denunciei graves falhas, erros e omissões em dezenas de textos críticos, de que não retiro uma vírgula. Num “resumo” de 340 páginas, hoje no prelo, intitulado Covid-19 - A Tempestade Perfeita – História Clínica da Pandemia, entendi tecer um especial agradecimento a Gouveia e Melo.

Não se pense que se trata dum reconhecimento tardio e de conveniência. Uma semana depois do Vice-Almirante ter assumido o leme no combate à pandemia, e em seu reforço, terei sido o primeiro português a registar que, finalmente, já estava a navegar uma traquitana que transportava demasiada tralha no porão e ainda era servida por muita marinhagem que usava astrolábios.

Consta hoje que ao fim de uma “longa” reunião de sete minutos, e “posta em sentido” muita gente importante, e que nunca assentará os tacões em qualquer convés, os portugueses puderam assistir ao desenrolar de um processo de vacinação que excedeu todas as expetativas. E uma certeza confirmámos: Se bem dirigido, Portugal pode jogar entre os melhores do mundo.

Sabendo do desconforto do conjunto da classe política, perante desempenhos que ameaçam lançar forte perturbação num sistema em profunda crise, escrevi há dias que a DGS e o MS se preparavam para, “discretamente”, descartar Gouveia e Melo. Uma previsão falhada porque, “embarcadiços” impreparados e que não respeitam nenhuma regra ou convenção, os estrategas do Governo decidiram afundar o submarino do Vice-Almirante.

Melhor explicando, eram três os objetivos a atingir com a estrondosa troca e baldroca que entenderam anunciar ao país: vencer uma agenda mediática desfavorável, porque centrada em recuos autárquicos; desviar as atenções sobre a execução de orçamentos bilionários e à mercê de corporações insaciáveis e insustentáveis; e, por fim, torpedear a imagem pública do Vice-Almirante e dividir os militares. E foi assim, caindo na própria armadilha, que a governação transformou uma “batalha naval”, aparentemente fácil, em mais um “trinta-e-um-da-armada”.

Sem outras derivas pelas turvas águas da política, rumemos à questão que hoje desponta em milhões de portugueses que, em Gouveia e Melo, entreveem o “homem do leme” capaz de ressuscitar a identidade nacional e interromper o ciclo de decadência em que vegeta um povo glorioso, com uma História que marcou o mundo.

Uma questão que, serenamente, terá de ser decomposta em três equações: desde logo, a vontade do próprio porque, e nem outra coisa seria de esperar de alguém com bom senso, sempre o Vice-Almirante declinou ser um novo Dom Sebastião; a que acresce a sua capacidade para evitar os “torpedos” que, sobre o seu “submarino”, nunca deixarão de ser lançados; e, fundamental, a capacidade da “sociedade civil” se unir em torno de uma candidatura credível, capaz de pôr mão no atual descalabro das Instituições.

A primeira premissa, talvez a mais complicada, lança a Gouveia e Melo um desafio terrível: Será que alguém, com a sua fibra, pode recusar uma missão que será um imperativo patriótico, se for essa a firme determinação dum povo que, conduzido a uma das piores crises de sempre, desespera por uma mudança?

A segunda questão, se ultrapassada a primeira, e por já reconhecida a sua capacidade de gestão política, consiste em que defina as causas a abraçar, e são tantas, e mais os “conselheiros” de que se poderá rodear… e são tão poucos. Napoleão defendia que não se construíam novas repúblicas com velhos aristocratas. Nesse registo, alertaria “apenas” para a abundância de aristocratas falhados, que por aí espreitam todas as oportunidades para piratear qualquer navio.

Por fim, vem a questão de um povo que desespera por um futuro decente e que pretende encontrar alguém que o dirija a porto seguro. Reúna o Vice-Almirante as duas primeiras condições e, morra o Homem e fique a sua História, tenho a certeza de que, firmes na parada e no momento certo, milhões de portugueses irão responder:

- PRESENTE!

Cândido Ferreira - Cidadão e escrito

 

 

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