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Aumento do salário mínimo nacional

10-10-2010 - Henrique Pratas

A propósito do recente aumento do salário mínimo nacional e tendo em consideração o diploma que aprova este aumento, decreto-lei n.º 144/2014 de 30 de setembro, que anexarei a este texto, não quero deixar de chamar à atenção para o ponto 2 do artigo 1 – Objecto, onde se encontra escrito e transcrevo na integra “ A actualização do valor da retribuição mínima mensal garantida efectuada pelo presente decreto-lei vigora entre 1 de outro de 2014 e 31 de dezembro de 2015.”

Não foi por acaso que apenas a UGT (União Geral de Trabalhadores) e os Patrões assinaram este acordo, a CGTP - Intersindical (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) se colocou de fora e na minha opinião e bem, porque este Des) Governo, não oferece condições de confiança a ninguém e porque o incremento agora realizado não satisfaz as legitimas expectativas dos trabalhadores portugueses e porque de facto este incremento e os consequentemente aumentos não defendem minimamente as condições de vida dos trabalhadores portugueses, nem respeita os mais princípios básicos da negociação, porque neste suposto acordo, não se negociou nada, porque nada havia para negociar, havia apenas que dar uma legitimidade democrática ao desejo do Governo e do Patronato, ou seja o aumento para os 505,00 € e a UGT que se presta a estes fretes e a todos que os diferentes Governos pretendem aplicar para dar um ar democrático à decisão previamente tomada e legitimada sempre por falsos representantes dos trabalhadores, que se vendem por um prato de lentilhas ou por um saco de fuba, como dizem os africanos, a troco de benefícios próprios que nem todos conhecem, mas que a suposta organização representativa dos trabalhadores (UGT) usufrui.

Trata-se mais uma vez de um conto do vigário este incremento do salário mínimo apenas vigora até 31 de dezembro de 2015, a partir daí ninguém sabe o que se segue. Chamo à atenção para o facto de o ano de 2015 ser ano de eleições e é com papas e bolos que se apanham os tolos, por isso vos escrevo não se deixem enganar.

Concomitantemente com esta medida reparem que são anunciadas mas não especificadas outras medidas de não agravamento dos impostos e de outros benefícios, até aqui não possíveis, mas já realizáveis em 2015, a ideia com que fico é que este Governo andou a “amealhar” com o esforço financeiro imposto aos trabalhadores para em processo de campanha leitoral, abrir a válvula, tudo isto se me afigura como pouco credível e de promessas que não são passíveis de concretizar, ou com consequências desastrosas se os mesmos partidos que compõem o actual Governo vierem a vencer as eleições no ano de 2015.

Por isso vos escrevo não se deixem enganar, nem empenhem o vosso futuro estas promessas são todas muito pouco credíveis e de desconfiança total, estejam atentos e não se deixem enganar, porque a história repete-se se ganharem as eleições os actuais partidos que compõem o Governo ressuscitarão, provavelmente com mais gravidade e danos colaterais.

Henrique Pratas

 

 

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